TRANQUILLITYITE

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Eis que meu corpo se desintegra,
em meio às tuas palavras frias.
E nossas rimas se perdem em meio a tantas vogais
Enclausuradas em um papel qualquer

Minha frase favorita é enterrada em teu coração
Junto as lembranças que nunca aconteceram
Se eu olhar pra trás, a verei se decompondo
cercada de vermes no caixão vermelho

Tudo isso acontece sob a luz da lua.
Em meio ao teu olhar aquático
Em que os peixes iriam preferir morrer sem oxigênio.
Ao ter que nadar nesse falso mar.

No fundo eu sei que você irá se tornar
apenas uma dor a mais na minha coleção
Esquecida em uma gaveta qualquer
Junto aos destroços de uma casa sem morador

Dizem por aí que é preciso de tempo
que ele vai curar todas minha feridas
Mas nessa rua o tempo é o único que não passa
E eu vivo procurando alguém que fique

Desastre: Poesia e TristezaOnde histórias criam vida. Descubra agora