Capítulo III - A ideia

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Acordei com o som dos pássaros na minha janela. Ontem a noite não parava de pensar em Ben. Eu estou com algum problema sério. Entretanto, tenho que me preocupar no momento, sobre as aulas, que estão prestes a começar e ainda não arranjei uma escola. Principalmente, pelo volley. Eu sempre sonhei em derrotar os Bolts. É um time masculino de grande destaque em Boston. Eu quero algum dia me tornar como eles. Mas, infelizmente seria impossível derrotá-los contra um time feminino. O que eu estou pensando? São apenas delírios da minha cabeça.

Me levantei. Tomei um banho. Escovei meus dentes. Fiz minhas necessidades. Logo depois, desci para tomar café, e ouvi um celular tocando. Será o meu? Mas quem seria? Eu troquei de celular e número. Corri até o meu quarto e atendi.

- Alô. Quem é? – perguntei.

- Oi Audrey. Aqui é a Delilah. Como você está? Ainda bem que está acordada. Gostaria de poder falar com você pessoalmente agora...

- Oh. Delilah. Eu estou bem... Por acaso está na casa dos seus avós agora? – perguntei.

- Sim. Eu posso te buscar de carro. Nós vamos dar uma volta para você conhecer a cidade. Que tal? – disse Delilah.

- O-ok. Tudo bem. Vou me arrumar. Estarei na porta te esperando. – respondi.

- Certo! – falou ela desligando.

Estranho. O que será que ela quer falar comigo? Conhecer a cidade? O que será que tem mais para descobrir nesse lugar?.
Quando os meus pais vinham pra cá, eu passava o tempo todo na casa dos meus avós. Mal pisava na rua para brincar com as outras crianças. Era um tédio total!

Depois de estar arrumada. Desci as escadas e esperei Delilah. Após alguns minutos, ela chegou. Fui até o carro e entrei.

- Olá. Bom dia. – disse ela sorrindo.

- Bom dia. – respondi.

- Então. Vamos? – perguntou.

Respondi com a cabeça positivamente, e seguimos rumo ao nosso destino.

- Ei, Audrey. Está vendo? Ali é a padaria. Logo depois em frente, está o supermercado. O lugar que eu mais gosto daqui é um fliperama que inauguraram já na próxima esquina. Ah, e sim! Há também uma loja que conserta eletrônicos virando a direita. Em frente, nós temos o terror das dietas. O fast food mais famoso de Montpelier. Apesar de que eu mal como essas coisas. Bom, às vezes... Logo virando a esquerda nós temos uma creche. Em seguida um restaurante. Vamos seguir em frente agora.

Delilah estava animada. Ela com certeza queria me mostrar alguma coisa. Desde manhã achei aquele telefonema demasiado estranho. Bom, e aqui estou eu no carro dela, um pouco desconfortável diria. Até porque, ela nunca tinha me convidado para um passeio antes. Eu me recordo que nós brincávamos pouco. Ela enjoava fácil das brincadeiras. Não tinha uma que durasse mais que 5 minutos. Além disso, sempre foi muito desprezada pelos pais. Entretanto, a pouco tempo, seu pai pediu o divórcio e a sua guarda, contudo, ela preferiu ficar com seus avós.

Pois bem. Nós passamos por lugares variados. Lugares que eu jamais tinha conhecido ou nem sabia que existia. Era algo inacreditável. Pergunto-me como nessa cidadezinha haveria coisas que poucas cidades dos EUA poderiam ter. Delilah me mostrava tudo com muito detalhe. Não escapava nada dos meu olhos. Até que, paramos em um lugar onde se encontrava um enorme portão. Era parecido como se houvesse um castelo, ou talvez um esconderijo ali. Vai saber...

De repente, meninoOnde histórias criam vida. Descubra agora