Ontem, graças a Deus que Jack não teve sua mania de sonambulismo. Dylan veio no meu quarto e o babaca não me chamou, fiquei puta da vida. Além disso, ele está fazendo chantagens.. bem ridículo da sua parte. Fui muito tola de pensar que ele poderia ser diferente de Paul. Eles dois deveriam ser irmãos.
Após sair do banheiro e me vestir. Pego os meus fones de ouvidos mais o celular e me deito novamente na cama. Jack logo se levanta de sua cama e vai ao banheiro e depois retorna com uma cara de raiva para mim. Ele falou algo mais não deu para ouvir, eu tirei os meus fones e resolvi perguntar:
– O-o que foi? Não consegui ouvir estava ouvindo música.
– Eu só quero saber o porquê de você ter deixado o banheiro n-nesse estado!
– Que estado? – ele logo me puxou pelo braço e fui até o toallet com ele.
– Nesse estado! – falou fazendo-me entrar com ele no chuveiro. – Eu fiz um trato com você e agora terei que estabelecer uma coisa: nunca mais deixe o chuveiro todo molhado assim ok?
– An? O que? Como assim seu doido? É natural que todos os chuveiros fiquem molhados após o banho.
– Ah você não entendeu. Estou querendo dizer, que eu, Jack, detesto me banhar com o piso todo molhado desse jeito!
– Ai.. mas quanta frescura hein!
– Vai pegar um rodo – mandou ele.
– Que? E-espera um pouco aí. Eu não sou sua empregada não! Se quiser um rodo pegue você mesmo!
– Acontece que estou mandando e você não tem o direito de reclamar. Tem que ser agora. É na área de serviço do colégio. Fica no primeiro andar atrás dos armários.
– Ah, mas não vou! – ele me interrompe:
– É melhor ir logo, ou contarei para toda escola a sua mentira.
– Você me irrita! – falei saindo com raiva.
Qual o problema dele? Sério.. Só porque agora descobriu meu segredo não significa que pode me transformar em sua escrava. Que menino mais abusado! Ai se ele tivesse noção de como eu o odeio!
Área de serviço... onde será? Ele falou que era no primeiro andar.. rapidamente desci as escadas. Entrei no corredor que dava acesso aos armários e procurei a porta da área de serviço. Assim que encontrei. Abri a porta. Que alívio, estava aberta. Peguei o rodo e um pano seco que estava organizado em uma cômoda e corri depressa.
De repente, sem saber, esbarrei em alguém e logo nós dois caímos. Quando vi, não acreditei. Estava em cima de Paul. Ele ficou parado me olhando por cinco segundos e me empurrou para o lado.
– O que pensa que está fazendo?
– N-nada. Foi sem querer, me desculpa.
– Não sabe nem olhar por onde anda! – gritou Paul.
– Ai. Eu já pedi desculpas tá? Agora só falta eu ficar de joelhos me humilhando outra vez pra você.
– Ter se humilhado foi muito pouco. Mas você ainda vai me pagar! Por aquilo e por isso também!
– Humpf. Eu já falei que foi sem querer vossa alteza. – falei imitando gestos.
– Espera só pra ver.. você me paga! – disse ele saindo com raiva.
Nossa. Por que Paul tem tanto ódio de mim? O que eu fiz pra esse garoto? Só tem gente louca aqui senhor..
Resolvi andar normalmente, agora com mais calma. Subi as escadas. Andei até o meu quarto e abri a porta.
Jack estava apenas de bermuda, não quis olhar diretamente para o seu corpo. Percebi que ele notou.
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De repente, menino
Roman pour AdolescentsAudrey é uma jovem garota que sempre se esforçou para ser a melhor no time de volleyball da escola. Um certo dia, sua mãe resolve se mudar de cidade. Porém, Audrey, recebe a notícia de que não há mais colégios com time de volley feminino. Exceto um...