Essa dor que está dentro de mim não passa, cada segundo parece uma pedra atingindo meu coração. Não sei se vou aguentar fica longe de Tobias, dos seus toques, dos beijos, do seu cheiro que me leva a loucuras, e o principal do seu amor.
Eu vou até a cozinha para observar Tobias, ele estava com um olhar amedrontado, parecia ter visto um fantasma. Isso me levou ao fundo do poço. O quê eu mais odiava era não poder chorar, não poder expressar a raiva que sentia.
Segundos depois, Tobias vai em direção ao quarto e abre o seu guarda roupa para puxar uma toalha Algo se enroscou nela, uma roupa. Ele se abaixa para tirar a roupa do chão e uma nostalgia toma conta de seu corpo. A roupa com a qual ele me conheceu. Por que ele não queima essa lembrança inútil? Sinto suas lembranças ressurgindo.
Uma menina caindo na cama elástica - vejo seus pensamentos quanto a ela - uma careta, como ele. Ele se espanta. Não teria a coragem de ser o primeiro a pular.
- Como se chama? - ouço ele perguntar. As palavras ecoam em meu cérebro.
- Hmm... Bea. - minha voz.
- Pode escolher um nome novo, mas tem que ser bom.
Lembro de minha indecisão na situação. Era muita pressão. Minha cabeça vasculhava em seu banco de dados algum nome que service.
- Tris - digo, mesmo não sentindo estar neste corpo. Nessa hora, Tobias olha para mim. Todas as sensações voltam...
Tudo desaparece em uma imensidão branca. Tobias está ofegante e lacrimejando, percebe que estava se lembrando de mim, dos nossos momentos.
Ele resolve tomar um banho depois de tudo isso. A roupa é deixada em cima da cama. Eu tento tocá-la para levar esse objeto idiota a um lugar seguro. Minhas mãos não conseguem agarra-lá e me frusto. Continuo tentando queimar aquela mandinga, mas nada resolve a minha impotência.
Tobias sai do banho e me observa. Ele não pode me ver e tenho que aceitar que ele está observando o nada. Ele deita na cama e eu deito ao seu lado. Fico observando cada feição de seu rosto. Seus olhos, a volta de seu nariz, seus lábios esculpidos. Me aproximo e tento beijá-lo mesmo sabendo que isso seria impossível.
Eu o beijava com tanto amor, mas ele não correspondia. Me afastei dele. Minha presença só iria atrapalhá-lho. Acho que devo ir, andar um pouco lá fora talvez. Mas antes precisava falar uma coisa a Tobias, por mais que ele não possa me escutar.
- Sempre estarei do seu lado. Nunca deixarei que alguém te machuque, nem mesmo eu. Eu te amo, Quatro. - Tobias demonstrou alguma reação. Parecia ouvir o que eu dizia agora.
- Eu devo estar maluco. - disse ele com sua voz grave que me fazia perder o chão. Ele podia me ouvir.
- Você pode me ouvir? - perguntei, mesmo achando impossível.
- Caleb, me deixe em paz! Pare me irritar. - Tobias caminhou até a porta de entrada do apartamento. Ele abriu a porta com força e observou o nada. - O danado deve ter colocado algum tipo de gravador aqui dentro. - ele começou a revirar a casa em busca do gravador fantasma.
- Sou eu, Tobias, sou eu! - ele se frustou mais ainda.
- Não seja infantil, Caleb! Tris está morta, pare de brincar com isso!. - ele gritou. Tobias pegou duas almofadas e as colocou nos ouvidos.
- Tudo bem. - sussurrei conformada.- Só quero te dizer que... Eu te amo, sempre te amarei.
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Autores: Letícia Alves/ Ana Lopes (Sagnatica)
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