A Garota Misteriosa

Capítulo 32

Guilherme on

Eu estava observando tudo no corredor e imaginando à quantos anos aquela casa foi construída e como ela ainda não caiu. Assim como na entrada, tinha poeira em todo o lugar. Essa poeira não era uma qualquer, na verdade nunca vi uma poeira desse tipo. Ela igual a todas, mas o cheiro é de ferro misturado com prata, sujeira e outra coisa que não consegui identificar. Olho involuntariamente para as paredes e percebo em uma delas um quadro de um homem muito bem vestido, com um monóculo no olho esquerdo, e no seu rosto aparentava tristeza. Fiquei observando aquele quadro durante alguns minutos até que parece que ouço alguém gritando. Olho para os lados e nada. Os gritos começam de novo. É a Isa! Corro até a sala, onde ela está.

- Gui!!! - ela me grita.

- O que? - Pergunto entrando na sala. Ela aponta o dedo para cima.  pude perceber que ela não conseguia dizer nada e no seu rosto, o medo e o nervosismo estava estampado. Me assustei porque a Isa não é de ter medo de alguma coisa, então eu olho para cima e descubro o porquê de ela estar assim. Fico muito assustado e tenho que admitir, estou com medo. Na verdade, qualquer um ficaria.

Olho para cima e vejo uma garota que aparentava ter uns 12 anos com o pescoço em uma corda. Isso não tem como ser um suicídio porque os pés da garota estava à muitos metros do chão. O telhado da casa era muito alto e ela não iria conseguir subir lá. Por perto não tinha nenhuma escada ou algum meio que ela poderia ter subido ali. Olho para a Isa e ela parece estar paralisada. Novamente olho para a garota enforcada e percebo uma coisa que não tinha percebido antes. Ela estava pingando sangue. Uma enorme possa de sangue no centro da sala.

O sangue parecia estar fresco, o que quer dizer que ainda vem pessoas aqui e foram essas pessoas que mataram a garota.

Mas por que fizeram isso? Por que mataram aquela garota? O que eles iriam fazer ali? Matar as pessoas? Pra quê? E em quê que eles usam as árvores que cortam? São muitas perguntas sem respostas. Pelo visto, é bem mais sério e mais perigoso do que pensamos.

- Isa! Isa! Isaa!! - digo balançando as mãos na frente do rosto dela.

- Ah, ér... Oi.

- Você está bem? - Pergunto.

- S-sim. A-acho que s-sim.

- Acho melhor a gente ir embora é manhã a gente volta, pode ser? - Pergunto.

- Não gui. É melhor a gente seguir adiante.

- Ai Isa. Vai pensar no que essa gente pode fazer!

- A gente dá um jeito.

- Tenho outra escolha?

- Não. Vamos logo.

Seguimos até o corredor que eu estava à uns minutos antes e passávamos em frente à várias portas. Olhamos em todas elas e eram apenas alguns quartos e salas que não havia nada e nem ninguém.

Depois de andar um tempo por aquele corredor enorme que parecia não ter fim, chegamos ao final dele. Tinham duas portas e uma pequena mesinha entre elas.

- Olha gui! Tem alguma coisa em cima dessa mesa. - A Isa fala.

Cheguei mais perto e vi um bilhete. A Isa o pegou e leu em seu pensamento. Assim que ela terminou de ler ela ficou com uma cara de apavorada e disse enquanto me entregava o bilhete:

- Gui, lê esse bilhete aí. Olha que estranho.

Peguei o bilhete e nele estava escrito:

  " Considere essas duas portas finais como seus piores pesadelos. Ninguém mandou vocês virem aqui e sofrerão as consequências. Viram a garota na sala? Pois bem. Ela era uma garota enxerida assim como vocês, e veio aqui para "explorar" a casa. Um aviso: nunca desafie espíritos. Eles são ótimos em matar pessoas. Se vocês tiverem coragem o suficiente para ver a morte em 3D, fiquem à vontade e entrem nessas portas. Nas duas terão ajudas para vocês descobrirem mais coisas sobre alguma coisa, mas um deles estarão mentindo. Se vocês forem espertos o bastante para descobrir a verdade, sairão vivos daqui, caso contrário, o fim de vocês estará próximo. Tenho boas notícias para vocês. Se quiserem desistir do que estão fazendo, desista agora ou irão se arrepender para sempre. Isso se tiver o 'para sempre'... "

- Será verdade? - pergunto.

- Não sei. Mas é bem assustador. Em qual porta iremos entrar? E quem ou o quê vai nos ajudar? E quem está mentindo e quem está falando a verdade? Isso 3 muito difícil. - diz a Isa.

- Bom, você quer desistir? Aproveita que ainda temos chance.

- Não. Eu tenho que falar com esse tal de Alfredo. - Ela responde.

- Tudo por causa das árvores? - pergunto.

- Não. Não mais. - Ela responde. - Agora é por causa disso tudo que está acontecendo aqui. Por causa da menina, por causa desse bilhete, tudo...

- Ai, ai. Só você mesma Isa.

- Vamos em qual porta primeiro? - ela pergunta.

- Não sei porque, mas algo me diz para a gente entrar primeiro na porta da esquerda.

- Ok então. Vamos na esquerda.

Entramos pela porta da esquerda e assim que entramos, eu vejo um tipo de sala com várias coisas do passado como: figuras de dinossauros de toda as raças nas paredes, uma pilha de gravetos num canto da sala, uma caverna no outro canto e várias coisas que existiram à milhares de anos atrás. Logo vejo também, um homem idoso vestido com umas roupas estranhas, tipo aquelas que os homens das cavernas usavam. Fomos até ele e antes que pudéssemos dizer alguma coisa ele disse:

" Meninos burros. Não deveriam seguir até aqui. É muito perigoso. Vocês não sabem com quem estão lidando. Ele é muito perigoso. Muito malvado. Ele não tem pena de ninguém. Ele mata sem querer saber se é inocente ou não, não liga se é criança, adulto ou idoso. Ele não tem pena! Ele merece ser morto! Ele está morto! Ele já morreu! Agora que vocês estão aqui, matem-o. Matem sem nenhuma pena, sem nenhum medo. Ninguém vai saber o que vocês fizeram e se saber, não serão prejudicados! Matem-o sem medo ou pena! Apenas matem ele! "

Olho para Isa com uma cara de " Você entendeu? " e ela me devolve uma cara de "Não".

- Ele quem? - Pergunta a Isa ao homem.

Eu e ela ficamos encarando ele por uns minutos e parece que ele não ouviu.

- De quem o senhor está se referindo? Ele quem? - A Isa pergunta novamente e agora parece que ele ouviu.