A Garota Misteriosa

Capítulo 35

Chegamos em casa e eu fui direto para o banheiro e tomei um banho. Logo depois que sai, vi minha mãe sentada na minha cama. Parecia que ela estava me esperando...

- Oi mãe! - digo.

- Oi filha. Onde vocês foram?

- Eu já falei.

- Você não explicou. E outra, eu quero saber todos os detalhes.

- Tá, ta. Hoje cedo eu, o gui e o Adrian fomos até a saída da cidade e... - ela me interrompe.

- O que? Vocês foram até lá pra quê?

- Calma, vou explicar... - E mais uma vez contei tudo o que tinha acontecido lá naquela enorme casa.

(...)

- Que perigo heim senhorita Isabella. Sabia que à essas horas você poderia estar morta? Sabia?

- Sim, sabia. Mas não estou. Eu estou viva aqui na sua frente.

- Nunca mais faz isso sem me avisar em.

- Tá bom mãe.

- Agora me conta, como você conseguiu fazê-lo mudar de idéia?

- Ah, eu só o ajudei a abrir os olhos e ver tudo o que ele estava fazendo.

- Ah filha, me dá um abraço aqui. - Nos abraçamos.

- O Gui e o Adrian também ajudaram.

- Vou dar os parabéns eles também. Agora me conta, você ainda gosta do Henrique?

- Ai mãe, eu amo ele. Estou com muita saudade.

- Foi o que eu pensei. Você já tentou escutar a versão dele?

- Não. - digo abaixando o olhar.

- Por quê vocês não conversam para saber o que realmente aconteceu? Eu conheço o Henrique e ele nunca faria isso, ainda mais com você.

- É, eu também achei estranho.

- Então, vai lá e conversa com ele.

- Mas... Agora?

- Sim. Não, espera... - ela foi até meu closet e pegou uma regata e uma calça jeans. - Pegue. Vista isso e vai.

- Tá bom.

- Boa sorte!

- Obrigada!

Ela desceu e eu me troquei e fui até a casa do Henrique. Cheguei na porta da casa dele e fiquei pensando se tocava a campanhia ou não. Depois de uns minutos pensando, eu decidi tocar. No segundo toque, a mãe do Henrique abriu a porta.

- Oi Isa! - ela diz.

- Oi. Pode parecer estranho mas, eu poderia conversar com o Rick?

- Você quer falar com ele? - ela pergunta espantada.

- Sim. Resolvi parar para escutar o lado dele, porque ele fez isso. Porque eu sei que ele não é do tipo de pessoa que trai a outra, quero saber o que realmente aconteceu. Acho que ninguém quis escutá-lo. Então... posso?

- Estou impressionada com você. E claro que você pode, entre. Ele está lá em cima no quarto. Pode subir.

- Obrigada.

- De nada.

Subi até o quarto dele e bati na porta de seu quarto.

- Entra! - ele respondeu.

Entrei devagar e o quarto estava todo bagunçado. Ele realmente não está bem. Vejo ele jogado na cama só de cueca e com a cara no travesseiro.

- O-oi. - digo.