17. A PARTE EM QUE EU TE BEIJO

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Eu enlouqueço me perguntando onde Christian pretende me levar, mas quando


ele aparece no meu armário depois da escola no dia seguinte, parte de


mim hesita. Eu não sei por que. Talvez por causa da forma firme que ele está me


olhando agora, com quentes manchas douradas em seus olhos.


- Você está pronta? - ele pergunta.


Eu aceno. Nós saímos para o sol. Não há nem mesmo um sussurro de Samjeeza


aqui. Papai deve tê-lo afugentado permanentemente, porque de repente mamãe


está totalmente bem com Jeffrey e eu deixando a segurança do solo santificado.


Christian destrava sua caminhonete e eu subo dentro. Eu tento não verificar os


arredores por Tucker enquanto fazemos nosso caminho para fora do


estacionamento. Ele me ligou na noite passada e tentamos conversar sobre o meu


pai, mas nenhum de nós tinha muito a dizer. Eu não podia chegar e contar a ele que


meu pai é um anjo, mesmo que ele provavelmente já tenha adivinhado.


Seria muito perigoso para ele, saber disso, um boato que Samjeeza apenas amaria


arrancar de sua cabeça. Quanto menos ele saiba, mais seguro ele está, eu percebi, e


mesmo assim, ele não deveria estar aqui , ele tem uma competição de rodeio amanhã e deixou a escola mais cedo do que de costume hoje para ter algumas horas extras de


prática. Ele estavaapreensivo. Ele não me perguntou o que eu ia fazer e eu não


compartilhei.


Christian dobra em uma estrada de terra que se enrosca na montanha por trás


da cidade. Eu localizo um sinal, levanto meu pescoço para ler o que diz.


CEMITÉRIO DE ASPEN HILL.


De uma só vez parece que tudo dentro de mim se transforma em pedra. -


Christian...


- Está tudo bem, Clara. - Ele encosta ao lado da estrada, aciona o freio de mão


da caminhonete. Ele abre a porta, balança para baixo, e se vira para olhar para mim. -


Confie em mim. - Ele estende a mão.


Eu sinto como se estivesse me movendo em câmera lenta enquanto coloco minha


mão na sua, deixo-o me tirar da caminhonete do seu lado.


É lindo aqui. Árvores verdes, álamos sussurrando, uma vista das montanhas


distantes.


Eu não esperava que fosse tão lindo.


Christian me conduz pra fora da estrada dentro da floresta. Pisamos em torno


de túmulos, a maioria deles peças padrões de mármore, nada extravagantes,


simples inscrições com nomes e datas. Então estamos em um conjunto de degraus de


concreto, degraus no meio da floresta, com uma barra de metal longa e pintada de


preto de um lado.


Meu coração pula para a minha garganta quando eu os vejo, um campo de

Sobrenatural 2 Solo ConsagradoOnde histórias criam vida. Descubra agora