Capítulo XXII

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OI, MOZAMORES!! Tudo bem com vocês??? Espero que sim. Eu sempre acho chato falar antes de começar o cap, mas eu só queria avisar que fiz um trailer pra fic (isso mesmo, minha gente! Quem não arrisca, não petisca).

Link do trailer: http://youtu.be/1CbDlebQecs
Twitter pra virarmos amiguinhos: @heycincoaga
Ask (não façam perguntas indecentes, hein): ask.fm/heycincoaga

BOA LEITURA, BRAZEL!!

***

POV Lauren.

Palavras. São tantas as palavras que estão à nossa disposição, mas, ao mesmo tempo, tão poucas. Quais são as palavras certas que eu devo usar? Como é que eu me traduzo? Como eu posso traduzir o humano em mim? É impressionante como muitas vezes eu falho ao verbalizar os meus medos, como não sei reagir diante de uma grosseria, como eu não sei dar voz à criança que ainda sou. Tudo nessa vida possui um som: a tristeza, a dor, a excitação, a respiração, a dor. Entretanto, nós insistimos em usar as palavras, em sermos mais eloquentes do que o próprio silêncio. Mas é imperativo se comunicar, não é mesmo? E lá vamos nós, sendo impulsionados por expressões que vêm à nossa mente sem nenhuma rigorosidade, sem nenhum toque de poesia, muitas vezes até sem sentido algum. Pobre de nós. Como não obter falhas diante das nossas tentativas de oralidade?

Afundei ao máximo na banheira. Mais um centímetro e meu nariz ficaria submerso. Gemi em meio à água quente, deixando que as ondas de relaxamento me inundassem. Os dedos de Ally massageavam as solas dos meus pés com habilidade de expert.

— Você tem certeza que não está com falta de ar? — ela pergunta preocupada.

— Tenho, Ally. Uma hora sem aquele tubo no meu nariz e eu não me sinto nem um pouco ofegante.

— Isso é bom! — ela afirma e sorri — Os seus remédios estão suspensos essa semana, apenas para vermos como o seu corpo reage, mas isso não significa que você já pode encher a cara, ok?

— Allycat, eu estou indo encontrar Camila no laboratório, não numa boate — digo e uma gargalhada.

— Não importa, olhos cor de erva. Preciso te alertar, você sabe, por precaução — ela fala e eu reviro os olhos — Mas, falando sério agora, semana que vem voltarei para Minneapolis.

— Devo perguntar o por quê?

— Surgiram algumas propostas de projetos para mim. Mas, se você precisar da minha humilde presença, sabe que volto correndo.

— Ah, tudo bem. Podemos jantar em comemoração a isso antes de você ir — ela afirma com a cabeça — E o Troy?

— Ainda está na reabilitação. Nos falamos no telefone todos os dias agora. Ele parece melhor.

Dessa vez o sorriso dela, em relação a ele, não era forçado. Ally parecia estar lidando com a situação melhor do que antes, o que me deixou feliz.

— Isso é ótimo, Allycat! Espero que ele seja liberado logo!

— Eu também. Mas e você?

— O que tem eu? — arqueio as sobrancelhas ligeiramente.

— Ansiosa para essa conversa com a Camila?

— Um pouco — confesso e saio da banheira, o que faz com que Ally me estenda a toalha rapidamente — Temos passado por bastantes momentos difíceis. Ela quer sempre fazer as coisas do jeito dela, não ouve ninguém.

— Que bom que vocês têm mais alguma coisa em comum — ela diz sarcasticamente.

— Muito engraçada! — jogo a tolha em seu rosto após vestir a calça jeans acompanhada de uma blusa branca básica.

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