Capítulo XXVII

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Olá, pessoas.
Um ano depois, olha quem reapareceu?
Então, sabe uma daquelas situações em que a gente se perde de si mesmo, mas no final sempre nos encontramos? Foi o que aconteceu. The Scientist faz parte da minha vida. Cada capítulo escrito foi um momento marcante da minha vida em que tentei expor tudo que sentia em palavras, principalmente nas introduções.
Achei injusto comigo e com vocês deixar essa história em aberto, pois se tem uma coisa que tenho aprendido desde o primeiro capítulo até hoje é que tudo sempre chega ao final. Se a alegria não é eterna, a tristeza também não durará para sempre. Assim são as histórias, que sempre possuem vírgulas, exclamações, interrogações e, principalmente, ponto final.
Pra vocês, duas coisas: desculpa – pela demora – e obrigada – por tudo!
Fiquem agora com o penúltimo capítulo de TS.
Boa leitura!
Twitter: @heycincoaga.

***

POV Lauren.

Escolhas. Você já parou para questionar todas as suas escolhas? Quando é que a gente escolhe que aquele sorriso assumido de canto, de um jeitinho sacana de quem sabe que nasceu para ser livre, leve, solto e dono das frequências cardíacas mais altas que nosso coração possa alcançar, é aquele que desejamos ver pelo resto da vida? Quando é que a gente escolhe que a pessoa que te magoou é a mesma capaz de te fazer feliz? Quando é que a gente escolhe - e consegue - perdoar? Quando é que o nosso coração escolhe a quem quer ser entregue e cuidado? Quando?

Aliás, venho me perguntando muito mais o "como" do que o "quando". Como é que Camila me ganhou ali? Como ela conseguiu enxergar a minha parte não-tão-segura-assim escondida por trás de muros que aprendi a construir em telas? Talvez por falta de pincel, talvez por falta de aquarela... A verdade é que eu me construí inteira numa redoma de vidro, mas quando eu decidi que ela seria a pessoa a quebrar?

Eu juro, juro mesmo, que daria tudo para entender essas minhas escolhas.

Estávamos prestes a decolar. Todas já haviam embarcado, só faltava eu. Mas, naquele exato momento, eu não conseguia me mexer. Camila me olhava com tanta intensidade, parecia travar uma luta consigo mesma.

​— Me desculpe — ela sussurrou.

​— Você não tem nada por quê se desculpar.

​— Você não deveria ter que lidar com isso.

​— Nem você, mas cá estamos.

​— Lo, você consegue entender que se eu lhe dissesse a verdade, quando tive a oportunidade, os riscos seriam maiores?

​— Talvez.

​— Não, sem "talvez". Hoje eu descobri que o IBCA estava grampeado, o que significa que se você soubesse, você contaria às meninas, e elas poderiam acabar comentando no laboratório entre elas.

​— No fim das contas, eles não já sabem a verdade sobre mim?

​— Sabem, mas descobriram recentemente, o que nos deu tempo de montar uma operação para pegá-los essa madrugada.

​Eu me estiquei para pegar a mão dela. Um toque simples e suficiente para nos lembrar de que ainda tínhamos uma a outra.

​— Por favor, não vá nessa missão.

​— Eu preciso terminar essa missão, meu amor — ela disse em um tom baixo e alisou o a minha bochecha com ternura.

​— A sua missão é me proteger.

​— Essa já é a missão da minha vida.

​As palavras dela me deixaram sem ar. Engoli em seco e puxei um inspiro instável.  Ela tirou o cabelo do meu rosto delicadamente. O carinho no gesto dela fez meu coração se contorcer.

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⏰ Última atualização: Oct 15, 2017 ⏰

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