Capítulo XIII

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GRANULOMATOSE DE WEGENER: É uma doença muito pouco frequente que, muitas vezes, começa com uma inflamação do revestimento das fossas nasais, dos seios paranasais, da gargante ou dos pulmões, e pode evoluir para uma inflamação dos vasos sanguíneos de todo o organismo ou para uma doença renal mortal.
CHURG-STRAUSS: É uma síndrome rara que afeta os vasos de pequeno e médio calibre e que se associa a granulomas eosinofílicos extravasculares, eosinofilia periférica e asma. É muito parecida com a Granulomatose de Wegener, exceto quando usada uma dosagem maior de ANCA (anticorpo citoplasmático anti-neutrófilo).

POV Lauren.

Curiosidade. Essa palavra sempre me remete ao ditado "a curiosidade matou o gato". Ser curioso é como viver um gerúndio: procurando, caçando, cavando, encontrando e, no fim, magoando. Por mais que, no fundo, a gente sinta que o resultado daquela busca pode não ser agradável, sempre continuamos. Parece até que gostamos de nos magoar. Mas, não... É tudo culpa da maldita curiosidade. Os curiosos são incansáveis e insistentes; nada parece estar em seu devido lugar até que suas dúvidas sejam sanadas. Entretanto, eles - os maiores possuintes da curiosidade - acabam se tornando frágeis, uma vez que tudo aquilo que alimenta o nosso instinto de buscar, também pode desnutrir o nosso coração. Afinal, o que mata não é a curiosidade, mas, sim, o que encontramos por causa dela.

Uma semana havia se passado desde que Brianna recebeu uma ligação de sua mãe adotiva dizendo que estava bem e que tinha arranjado um esconderijo para ela e Charlotte. Ela, obviamente, colocou uma mochila nas costas e foi na mesma hora. No início, achei arriscado, uma vez que alguém do IBCA pudesse segui-la. Mas Marie é mais inteligente do que pensamos e colocou umas pessoas para buscarem Brianna. Enquanto isso, eu e Camila gastávamos horas no instituto, organizando o nosso laboratório.

​- Ui, Dra. Cabello, olha só você entrando no escritório do Dr. Thomas quando quer - falei, pegando-a de surpresa.

​- Bom, só quando ele está fora. Mas ele vive fora e eu gosto daqui, então... - cumprimenta-me com um rápido beijo - Chegou mais cedo.

​- Não tinha nada para fazer, então resolvi ficar com você - sorrio para ela e vou em direção ao centro do escritório - Devíamos mexer na fazenda biológica dele - sugiro, rindo da minha própria ideia - Vou colocar uma enguia em um desses tubos e então ele vai dizer "Eu criei uma vida, Lauren! Isso não é incrível?" - gargalho.

​- Lauren.

​- O quê? - encaro-a, uma vez que a sua cara não era uma das melhores.

​- Venha aqui.

​- O que foi?

​- Acabei de descobrir uma coisa, você deveria ver.

​- Tudo bem - digo e aproximo-me da TV.

​Camila estava apreensiva, eu podia notar isso pela forma que ela segurava o controle remoto.

​O aparelho foi ligado e uma clone preencheu a tela, ajustando a câmera.

​- Quem é essa? - pergunto, chegando mais perto da TV.

​- Oi - a garota finalmente diz - Eu me chamo Alice Foster. Sou professora e treinadora de natação numa escola - ela se apoia na cama - Então, eles me pediram para fazer um diário porque encontraram pólipos nos meus pulmões. Eu estava com problemas respiratórios, então fiz uns exames e esses pólipos não foram encontrados.

​Pausa.

​- Ela foi a primeira a apresentar os sintomas, seis meses antes da alemã - Camila fala, cautelosamente, enquanto intercalava o olhar entre a televisão e eu - Temos várias gravações dessas.

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