Opposites || L.T.

Capítulo 7 ✔

Outubro chegara, e com ele o outono se intensificou. Não dava para sair de casa sem pelo menos um casaco. Ou dois, se fossem finos.

Porém, essa época era a minha favorita, assim como a primavera. Pense bem: no outono, todas as folhas das árvores ficam alaranjadas e até mesmo amarelas, esperando que o vento as derrubem. A cidade fica colorida.

E na primavera, as árvores também têm diversas cores, por causa das flores. Árvores inteiramente roxas, rosa, até amarelas e vermelhas. Então sim, se me perguntarem, gosto das duas estações por serem as mais coloridas, cada uma no seu jeito.

Minha mãe trabalha como gerente de uma loja no shopping principal de Doncaster, então sempre que pode, ela me leva lá para escolher algumas roupas novas. Até ajudo na arrumação dos setores da loja. No caso, a partir desse mês, roupas de frio, casacos e botas ficam mais à frente, e camisetas e sandálias mais abertas, no fim da loja. Desde que sugeri isso, as vendas ficaram mais fáceis.

Acabo de colocar o casaco cinza com detalhes em dourado que ela me deixou levar ontem por cima da blusa do colégio, e vou tomar café.

- Mas já? Você pegou esse ontem. E cinza pode, filha? - tinha certeza que ela iria perguntar.

- Sim, eu sei que é novo, mas ele é tão macio e quente. Eu adorei. E pode mãe, peças cinza, preto e azul escuro eles deixam usar por cima do uniforme.

- Tudo bem, então. Mas senta logo e toma café, se não você se atrasa.

[ ... ]

Depois de receber a nota pelos meus trabalhos da semana passada e surpreendentemente um 8,5 por aquele que fiz com Louis, sigo para a aula de inglês, uma das únicas que não tenho junto com minhas amigas, apenas com Justin.

- Bom dia, bom dia. - O professor diz entrando na sala. - Gente, eu tenho uma proposta para vocês hoje.

- Não é trabalho não, né professor?! - um garoto diz.

- Posso terminar? Obrigado. - a sala ri do modo como ele fala. - Mas sim, Michael, é um trabalho.

E mais uma vez a sala está reclamando, e admito que estou junto. Poxa, a semana de trabalhos já acabou, ninguém merece mais um.

- Calma gente, me deixem terminar. Tenho certeza que irão gostar. - opa, claro que vamos - Enfim, o resumo que irão me entregar será de um clássico que não adianta falar o nome por que vocês não conhecem. - é, apesar de tudo, ele é o professor mais engraçado. - E esse trabalho irá completar a nota de vocês na prova. Ou seja, façam um bom resumo, pois já aviso que a prova está difícil.

Até aí tudo bem, resumo de um clássico era fácil. O problema é que ele inventou de fazer grupos. - "Antes de passar o nome, vou dividi-los em trios ou duplas, para ficar mais fácil."

Nem preciso falar como foi. É impressionante, parece que o papel com meu nome é colado com o dele, já que nos dois únicos trabalhos em grupo que os integrantes foram sorteados, nós caímos juntos. E, como fomos sorteados no final, seremos uma dupla apenas.

Dou uma risada baixa porém sarcástica, e nem me dou ao trabalho de reclamar, pois não vai adiantar. Mas Louis não faz o mesmo.

- Sério Sr. Brandson?! Eu realmente não posso ir com mais ninguém? - eu também quero, penso. Mas a resposta dele é que me surpreende.

- Sr. Tomlinson, creio que isso não é possível. Mas, veja bem, para o senhor não reclamar pelo resto da aula, vou te dar uma opção. Aliás, irei dá-la para a sala inteira. O livro possuí algumas adaptações cinematográficas, e duas em especial são bem fiéis. Vocês preferem fazer o resumo com base no livro, ou nos filmes?