Capítulo Bônus ✔

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OIOIII eu de novo.

Esse é a minha forma de agradecimento por vocês terem me ajudado com o vídeo que pedi, porque EU TIREI 9,0 NAQUELA MERDA!!!!!!

Comemorações a parte, quero deixar claro que esse aqui é pequenininho, porque é um bônus e não obrigatoriamente importante para a história. São os pensamentos de Louis, e isso está acontecendo entre o último capítulo postado, o 25 e o de terça, 26.

O capítulo pode parecer confuso, mas essa foi a intenção, tá? O personagem, - e qualquer um nessa situação, imagino - não está pensando claramente bem.

Enfim, leiam, e não se esqueçam daquele votinho, por favor, porque isso me ajuda muito ❤;)

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Mary não demorou nada para adormecer. Mas, em sua situação atual, eu realmente duvido que alguém conseguiria aguentar.

Ela foi forte durante esses dias, penso. Resistiu as provocações e joguinhos psicológicos de Mason, sendo constantemente abusada. Não digo abusada no sentido literal, mas ele tirava proveito dela, de qualquer maneira. Só que, diferentemente do que imaginam, Mary resistiu, e ainda mais, lutou contra isso quase sem medo, e eu a admiro por isso.

A morena estava em meu colo, praticamente sendo embalada por mim. Coloco uma de suas mechas de cabelo para o lado, pois a mesma estava cobrindo seu rosto. Ela parecia tão serena, que qualquer pessoa que a visse, não saberia pelo que ela passou.

Minha mente deveria estar trabalhando num jeito de fugirmos, mas tudo o que eu consigo pensar é nas coisas que eu e Mary passamos juntos.

Antes de eu fazer a pior escolha da vida, nós éramos amigos. De verdade, nós literalmente gostávamos da companhia um do outro, nós poderíamos até ser chamados de - quase - melhores amigos. Mas aí Mason me contou que gostava dela.

Tudo desandou a partir desse momento, porque eu tinha medo de que falando com ela, eu perderia meu melhor amigo. Uma total besteira, eu vejo isso agora, mas na época fazia sentido, porque eu prezava demais a amizade dele.

Por dois anos - dois anos inteiros - eu tive que arranjar maneiras de a irritar, de fazer com que Mary não gostasse de mim, porém não me odiasse completamente. Não, odiar não, isso eu não aguentaria.

Eu fiz de tudo. Me afastei, ignorei uma das pessoas que mais me importavam na época - e que ainda importam. Abri mão de uma "paixãozinha" que hoje, eu finalmente admito, continua, para ver meu amigo feliz, e para que ele continuasse sendo meu amigo. E no final, ouço o quê? Que o idiota havia desistido dela por popularidade.

Dois anos gastados em vão, dois anos perdendo uma amizade que eu quero recuperar até hoje, para Mason me dizer que preferia ficar com uma garota popular e que o traria status, do que esperar por Mary.

Se ao menos eu pudesse dizer isso à ela. Explicar como tudo aconteceu. Dizer que não, eu nunca a odiei, ou a quis mal. Finalmente a contar o que senti naquela época, e o que sinto agora. Prometê-la que eu faria Mason pagar por tudo o que ele já tenha feito contra ela, mesmo sem o seu conhecimento.

Mas não posso. Não posso, porque tenho que nos tirar daqui primeiro. Não posso porque a segurança dela é mais importante que tudo isso, é mais importante que qualquer coisa que eu esteja sentindo agora.

Tudo isso, o sequestro, o medo constante de Mary ser machucada por uma pessoa que eu já chamei de amigo, fez algo crescer dentro de mim. A vontade de a proteger superou qualquer medo, ou raiva temporária de Mason, que eu teria na hora.

Isso também serviu para me mostrar o que a maioria já sabia. Eu me importo com ela. Mary faz parte da minha vida, e dessa vez eu não a abandonaria como fiz antes.

Claro que as situações nem podem ser comparadas, de tão distantes e diferentes que são, mas não cometerei o mesmo erro novamente. Nem que com isso ela nunca saiba de sua importância para mim.

Importância... É isso!

Mason, no seu jeito macabro e totalmente psicopata, se importa com ela, e eu poderia usar isso como um plano...

Era estranho pensar nisso como um jeito de fugir, afinal eu estava fugindo de Mason Campbell, o garoto que cresceu comigo. Faz um tempo que não nos damos bem, isso é fato, mas eu sempre confiei nele, e o tive como um irmão.

Mary se mexe, e logo solta um gemido de dor. Ela fica agitada, provavelmente sonhando com algo, e chega até a acordar. Mas não totalmente.

- Mary, ei, tá tudo bem. - falo baixinho. - Pode voltar a dormir.

Ela assente, sonolenta, e volta para a posição que estava quando adormeceu. Com o sono que estava, a morena provavelmente não irá se lembrar disso quando acordar.

Ao se ajeitar, eu percebo as marcas que Mason deixou nela. Pequenas, porém roxas e com certeza doloridas. Mary, do jeito que é, nem as perceberá até sairmos daqui, mas eu sim. E não iria deixar Mason sair impune.

Depois disso, não poderia dizer por quanto tempo minha mente vagou em possíveis oportunidades para escaparmos, mas poderia dizer que eu estava mais que determinado a fazer isso. Por Mary. Por mim.

Opposites || L.T.Onde histórias criam vida. Descubra agora