Capítulo 34 ✔

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Mary: Louis?

Louis: Oi.

Louis: Fala.

Louis: Ah, que lindo, me chama e vai embora...

Mary: Desculpa, minha mãe me chamou.

Louis: Tudo bem, mas o que queria falar?

Mary: Na verdade, era perguntar...

Mary: Mas, enfim.

Mary: Como vai ser amanhã na escola? Digo, nós vamos ficar juntos?

Louis: Não sei, você quer?

Mary: Não sei.

Mary: Quer dizer, as pessoas ficariam surpresas.

Louis: Agora minha vez de perguntar.

Louis: Você liga pra isso?

Mary: Se eu disser que sempre fui "foda-se" para a opinião dos outros, eu estaria mentindo.

Mary: Mas agora isso me afeta bem menos do que antes.

Louis: Então pronto.

Louis: Já consegui minha permissão para te beijar no meio do pátio.

Mary: Pode beijar.

Louis: Sério? Eu estava brincando.

Mary: É sério. Vai ser legal ver a reação das pessoas.

Louis: Pensarão que estamos loucos.

Mary: E quem disse que não estamos?

Sorrio com o que mandei por último e boqueio o celular. O deixo para carregar e me deito na cama, pensando em como será amanhã.

Eu não sabia como as pessoas reagiriam a isso, e pela primeira vez, eu não ligava. Se alguém gostasse, ótimo. Se não, que se dane, meus amigos gostam.

[ ... ]

Acordo, ouvindo um barulho a mais vindo da cozinha. Me arrumo rápido, colocando uma calça escura e um tênis qualquer. Prendo meus cabelos, e antes de descer olho no espelho.

Eu tinha marcas no pescoço, por causa de Mason, e na primeira semana eu quase não prendia o cabelo por isso, ou passava quilos de base para esconde-las. Agora, as marcas já estavam sumindo, e nem doíam mais, o que me deixou confiante para finalmente mostrá-las.

Como minha mochila já estava arrumada, apenas a pego e desço as escadas. Coloco-a em cima do sofá, e vou tomar café. Eu estava sorrindo quando ia em direção à cozinha, mas ao chegar lá tenho uma surpresa.

Meu pai estava aqui. Comendo, do lado de minha mãe. E sorrindo. Sorrindo.

- Ah, bom dia querida. - minha mãe diz logo que me percebe ali. Papai apenas sorri, por estar de boca cheia.

- Bom dia. - sorrio, e dou um beijo nos dois. Prefiro não comentar isso com ela agora, porque já prevejo o óbvio. " Eu e seu pai não podemos mais tomar café juntos?" Sua resposta seria definitivamente essa, e logo depois ela fugiria do assunto, para não me contar o motivo de seu enorme sorriso.

Bom, contanto que ela não pergunte o motivo do meu, nós estamos quites.

Sento, percebendo que estava há muito tempo de pé, e começo a comer. Nós três conversávamos de vez em quando, e sempre que eles olhavam um para o outro, eu sorria.

Opposites || L.T.Onde histórias criam vida. Descubra agora