Músicas do capítulo:
Wake Owl - Wild Country
Howard - Religion
Depois de receberem a mensagem e do susto ter passado, Erin, Catherine e Sam concluíram que aquilo era uma brincadeira estúpida de quem gosta de brincar com a dor dos outros. Resolvendo ignorar todos os tipos de comunicação desconhecidos destinada a elas, elas excluíram de seus celulares a mensagem ameaçadora e foram cada uma para suas respectivas salas.
Erin confundiu-se com seu horário no caminho e por isso, chegou ao laboratório de química faltando exatamente um minuto para a professora fechar a porta. A mulher podia até ser nova, mas já se comportava como uma velha ranzinza e não aceitava desculpas. Os atrasos tornavam-se intoleráveis e ela deixava essa regra bem clara de ser pontual quando mandava todos os atrasados para a detenção.
— Detenção logo no primeiro dia de aula, Erin?
— Não vai acontecer de novo.
A Sra. Smith analisou Erin por cima dos óculos e acabou dando um passo para o lado, apenas o suficiente para que a morena passasse e caminhasse para os fundos da sala, onde havia apenas uma bancada disponível com dois lugares vazios.
A professora fechou a porta e voltou-se para o quadro negro, parando no meio dele. Como era comum em todos os primeiros dias de aula, apresentou-se e começou falando um pouco da matéria que iriam estudar naquele ano.
Erin até tentou prestar atenção, mas sua mente ficava trabalhando como uma máquina tentando compreender a origem daquela mensagem. Ela não era inteligente e tirava nota máxima em todas as provas como Sam, entretanto se esforçava para conseguir entrar em uma faculdade e estava tentando achar uma resposta quando Peter, que estava fazendo dupla com um asiático estranho na bancada da frente, virou-se para trás e estralou os dedos bem na cara da morena.
— Oi, você está bem? — ele perguntou ajeitando os óculos de grau no rosto. Ela piscou com força, concentrando-se nas palavras do rapaz.
Erin não respondeu nada e apenas balançou a cabeça, abaixando-se para pegar seu livro em sua mochila. Assim que o achou, jogou-o na bancada de granito com tanta força que Peter quase se arrependeu de fazer a pergunta.
— McCarthy! Por acaso há algum problema entre você e o senhor Thomas? — A Sra. Smith gritou e os dois imediatamente olharam para frente.
Erin engoliu em seco, Peter viu o nervosismo da morena pelo canto do olho e pigarreou antes de tomar iniciativa:
— Não, senhora, foi absolutamente tudo culpa minha. — Peter disse de um modo tão sincero que pareceu convencer a mulher. Ela assentiu e voltou a explicar sobre uma reação química que os alunos teriam que fazer naquela primeira aula experimental do ano.
Peter não aguentou e novamente virou-se para trás.
— Que droga, Peter, o que você quer? — Erin sussurrou irritada quando ele cutucou seu braço enquanto ela tentava acompanhar a explicação.
— Você ontem saiu mais cedo do trabalho depois que o detetive apareceu e me prometeu que iria voltar e cobrir o meu turno, mas não veio e me abandonou para morrer naquela espelunca que chamamos de trabalho. Sabia que Frank e Mark não largaram do meu pé um minuto?
Erin olhou para o amigo e revirou os olhos. Sabia que ele não iria parar de perguntar até conseguir respostas e sentiu remorso, não podia culpá-lo por ser um bom amigo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Cold Blood
Teen FictionO que era apenas uma brincadeira inocente entre melhores amigas acabou resultando no desaparecimento de Alexia Grimes. Um ano depois, enquanto suas amigas tentam reconstruir suas vidas em Santa Kennedy, o corpo de uma garota é encontrado. Antes de s...