Amigos?!

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Jack que agora já havia se livrado do corpo resolveu que esta noite iria sair para caçar, mas ele não contava com uma coisa, uma amiga sua aparecera para vê-lo só que acabou por tomar um susto ao ver a situação que ele se encontrava.

Casa revirada, comida estragada, um cheiro de podridão e ainda algumas marcas vermelhas espelhadas pelo quarto e pela sala.

- Meu Deus Jack, o que você tem feito aqui, parece até que sua casa fora invadida .

Disse a pobre inocente que estava limpando algumas panelas sem se importar de sujar suas belas luvas de seda ou seu belo vestido verde, que ainda por cima definia sua cintura e era de deixar qualquer homem babando, até mesmo Jack, que a tratava como uma irmã, ficava a babar por sua amiga quando ela se abaixava para pegar algo ou quando o abraçava.

Ela terminou de limpar aquela sujeira que ele chamava de cozinha, que agora estava a brilhar, então Jack viu ela ir até a sala e fez o mesmo de antes.

- Mas o que a trouxe aqui Ana?

Perguntou Jack vendo que sua amiga estava limpando tudo mas não falava nada, ele se levantou da cadeira que estava sentado e foi até ela, então agarrou em sua mão que estava em uma cômoda.

- Jack, o que você está querendo com isso? E o que tem feito esse tempo todo.

Perguntou Ana, preocupada com seu amigo que estava pálido, magro, e com algumas marcas vermelhas pela pele.

Jack sorriu e passou sua mão esquerda em uma bochecha de Ana, que ficou vermelha pela situação que se encontrava, ela gostava de Jack mas ao mesmo tempo era noiva do primo dele.

- Tudo bem, eu sei que o Tom não vai gostar disso mas mesmo assim eu quero você.

Disse Jack, que parecia estar bem, mesmo tendo algumas vozes que insistiam em voltar em momentos inapropriados, Ana sem saber como agir olhou para o quarto e viu que tinha algumas flores em cima de uma cama e perguntou para ele quais eram, numa tentativa falha de mudar de assunto pois Jack que estava incontrolável tirou uma mecha do cabelo de Ana da frente e lhe beijou com tanta intensidade que parecia que iria comer-lhe os lábios.

Ele a soltou, olhou em seus olhos e pediu desculpas, pois não queria comprometê-la, mas ela, que já era apaixonada por ele, só sentiu que não deveria pensar em mais nada, retribuiu o beijo. Jack, ao ver tudo a levantou no ar e levou-a para o quarto.

Ao chegar lá, ele rasgou o vestido dela e a jogou na cama, ela resmungou um pouco mas logo puxou-o pelo braço e começou a beija-lo, então ela que estava ali nua viu a máscara num canto, era algo pavoroso mas achou melhor não falar nada, e ele que agora estava nu se posicionou sobre ela e começou a penetrá-la

- Agora você é só minha.

Ele falou ofegante ao lado do ouvido dela, que estava gemendo baixinho, e ao ouvir isso soltou um grito de prazer e arranhou as costas dele.

Ele tentou conter seus gemidos mas não aguentou, aquele barulho o irritava um pouco e então as vozes voltaram com força máxima à sua cabeça.

"Ela não te ama, só está te usando pra aprender e depois fazer isso com seu primo."

"Ela deve morrer, mate-a e coma o coração. "

Disseram duas vozes em sua cabeça, mas ele tentou ignorar pois amava-a.

E então os dois acabaram por atingir o prazer ao mesmo tempo, ficaram ali deitados por um tempo. Ana se levantou, foi até o armário pegar uma roupa e disse que tinha que ir encontrar tom.

"Mate-a, ela não te ama, ela ta indo vê-lo."

Disse uma voz que finalmente vencera Jack, que desistiu de tentar resistir e foi até o armário onde pegou uma roupa preta, sua máscara e vestiu tudo.

Ana que já estava na cozinha não viu nada, até que algo atingiu sua cabeça e alguém começou a apertar seu pescoço com força, fazendo-a perder o ar até seus pulmões pararem e ela simplesmente não se mover mais.

Jack estava arrependido, com medo, raiva e ódio, mas mesmo assim continuou tudo levou-a até sua cama, pegou um bisturi e foi até ela.

Se posicionou sobre ela, que estava tão sem de mover, mas parecia tão angelical para ele mesmo agora, que estava morta, ele deu um último beijo em seus lábios e em um suspiro fraco abriu um corte no corpo dela que ia dos seios até o umbigo, ele viu que sua máscara estava com a parte dos olhos embaciada pois algumas lágrimas de arrependimento insistiam em sair de seus olhos que pareciam não ter mais o mesmo brilho de quando ela chegou, em cinco segundos ele meteu a mão no peito dela e puxou o coração para fora.
"Coma, você vai se sentir melhor se comer."

"Coma tudo e vai ficar mais forte para caçar depois."

Duas vozes falaram em sua cabeça mas ele ignorou, levou o coração até um pote com água e o botou lá, então pegou um papel de identificação e colou no pote.

(O coração da mulher única que já amei e que acabou destruindo o meu.)

Ele botou o pote mais ao fundo e ouviu umas vozes vindas da porta.

- Senhor Jack, viemos aqui pois tivemos uma denúncia de que o senhor foi o último a ver uma das empregadas do senhor Lázaro.

Jack se lembrou da mulher da noite passada e olhou para cama onde viu sua amada agora morta e pálida, jogou um cobertor por cima dela para fingir que ela estava dormindo, e então abriu a porta onde assustou os guardas por causa da sua máscara que esteve usando o tempo todo só que na função desligada e por isso que não estava tão psicótico, os guardas o encheram de perguntas e então foram embora, Jack trancou a porta e se deitou ao lado de sua amada.

- Você vai ser pra sempre minha, Ana.

Contos de um assassinoOnde histórias criam vida. Descubra agora