O taxi estava a demorar no trânsito e Louis estava num estado de ansiedade sem explicação.
- Falta muito ? - Louis perguntou, inclinando-se para o motorista.
- Não! Chegando no fundo da avenida, é só virar á esquerda e depois á direita.
Louis entendeu e batucava as mãos nas pernas, olhando para ambas as janelas que ladeavam o banco traseiro do taxi onde seguia. Via muitas pessoas, o sol estava alto e muito quente, ele não tinha dormido rigorosamente nada, foi um filme de terror arranjar a passagem para o Brasil mesmo em cima da hora, a ansiedade mata-o e tem receio do que Va lhe poderá contar, e se ela o quererá ver...
O trânsito abrandou, e Louis pode ver o seu taxi rumar solto pela avenida e fazer o trajecto que o taxista disse.
Pediu que parasse mesmo em frente á porta principal. Pagou e pegando na mala, saiu do taxi e este voltou para a sua rotina.
Louis olhava para todos os lados para ver se via Va logo ali, imediatamente, até que algum alvoroço na porta lhe despertou a atenção.
Encostou-se a um carro que estava parado em frente, tendo uma vista privilegiada da entrada da revista. As portas em vidro deixavam ver algumas mulheres, aliás, raparigas, que riam e falavam na direção de uma apenas.
Colocou os óculos escuros e observou melhor, mais á vontade.
- É ela... - falou baixo e para si - é a Va...
Louis via Va a sorrir entre todas aquelas pessoas, tinha sacos de presente numa das mãos e no outro braço livre, carregava ramos e Ramos de flores, que a cobriam quase por completo.
- Porquê tantos presentes, flores? O aniversário dela ainda está longe...
Entao, Va despede-se com abraços e abrem a porta para que ela saia.
Como ela está linda! O cabelo escuro, o sorriso contagiante, parece vender alegria. Mas Katt disse que ela estava triste, um trapo...não entendo... - Louis pensou.
Quando Va saiu pela porta, e começou a descer os degraus da entrada, Louis ficou pasmado.
Agora Va já não estava tapada com os ramos de flores e exibia uma barriga enorme. Louis sentiu-se tonto e gelado, mesmo naquela temperatura alta.
Desencostou-se do carro e aproximou-se devagar.
Va encaminhava-se para um carro verde (louco, diga-se de passagem!), e ele apressou o passo.
Va apercebeu-se de alguém no seu encalço, e quando olhou...
Abismou e apressou o passo.
- Espera! - Louis gritou - Va, espera por mim!
Ela diminuiu o passo e abriu a porta de trás para colocar a flores e os presentes no banco traseiro e preparava-se para entrar para o banco do condutor, quando Louis abriu a porta do carona e se sentou.
Va e Louis estavam agora lado a lado, depois de tanto tempo, tantas saudades, tanto sofrimento, tanto amor.
Va olhava para a frente, com as mãos no volante e Louis não tirava os olhos dela e da sua barriga.
- Antes que perguntes - Va começou, sem olhar para Louis - sim, este bebé é nosso e é um menino! - Va disse e sem dar hipótese a Louis de dizer qualquer coisa em resposta, ligou o carro e começou a tomar o rumo de casa.
- Nosso? - Louis perguntava, baixinho - um filho? Eu? Pai? Eu? - Louis falava sozinho e Va quase riu.
- Vamos até minha casa, ok? - Va arranjou coragem e forças para este desafio desde que viu Louis no estacionamento, e desconfia que foi Katt que a tramou.
- Aquela menina vai ter de se ver comigo, ai vai! - Va dizia alto e entre dentes, mas Louis percebeu.
- A Katt não contou nada voluntariamente, ela estava arrasada e foi dormir lá em casa e Harry conseguiu arrancar-lhe a verdade, pois estava muito preocupado com ela e eu ouvi a conversa sem querer. Eles nem sonham onde estou... - Louis explicou.
Va apenas assentiu com a cabeça e num instante chegou a sua casa.
- Não é um palacete, mas é o meu cantinho, quer dizer, o nosso cantinho... - disse, acariciando a barriga.
Louis olhava-a doce.
Ela encaminhu-o até a porta de casa e tremia que nem caras verdes. Aquilo que mais temera estava a acontecer, Louis estava ali e queria uma explicação.
Preferiu não pensar nisso e agarrar a fera pela cabeça.
Ela colocou as flores na bancada da cozinha e Louis colocava os saquinhos em cima do sofá, pois fez questão de a ajudar.
Em silêncio, Va colocou as flores numa jarra enorme, misturou-as todas e ficou lindo! Entretanto, Louis juntou-se a ela na cozinha. Va bebia uma água e ofereceu a Louis que aceitou. Ele bebia com calma, nunca afastando o seu olhar dela.
Depois, colocou o copo sobre a pia e aproximou-se devagar de Va.
- Posso? - perguntou, apontando para a barriga.
Va assentiu e sentiu imediatamente os olhos rasos de água.
Louis baixou-se á altura da barriga e encostou a cabeça, enquanto que com a mão , acariciava a barriga de Va, de olhos fechados.
- Bebé... - sussurrou, e Lucas pontapeou Va com força e Louis olhou-a feliz e surpreso.
- Ele...ele... - Louis gaguejava feliz.
- Ele adorou a tua voz! - Va falou carinhosa e cheia de vontade de o agarrar, abraçar, beijar e pedir colo.
Ela está carente, e grávida e essas duas coisas juntas são uma bomba de emoções que ela tem de domar ali, com ele á sua frente.
Louis sentia-se da mesma forma. Só queria poder agarra-la e beija-la e nunca mais a largar! Mas será que ela aceitaria? Ele está tão feliz! O seu filho, sim, o seu filho, reagiu á sua voz! Ele
Não duvida sequer que aquele bebé é dele pois além de que a barriga da Va denúncia o tempo que estão separados, ele sabe que ela nunca o trairia.
- Va...
- Lou... - ambos falaram ao mesmo tempo e sorriram com isso.
- Tu primeiro, por favor... - Louis pediu.
Va olhou-o profundamente para arranjar coragem e bufou com força.
Louis encorajava-a com o olhar. Ela sentia-o tranquilo, julgou que estaria furioso quando o encontrasse, mas talvez Lucas, mesmo antes de nascer, tenha acalmado o pai e que ele esteja disposto a ouvir o que tem para dizer, vai contar tudo.
- Lou... - Louis sorriu - queres a verdade, não é? - Va perguntava e Louis acenou devagar a cabeça- então vou contar-te tudinho, o que aconteceu, as minhas razões, os
Meus medos...depois de ouvires o que tenho para te dizer, podes fazer o teu julgamento...
- Por favor, Va, conta-me tudo... - Louis quase implorava.
- Então, foi assim: quando vocês embarcaram para o Japão...
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What happens in Vegas...leaves Vegas? Terminada
Fanfiction- Chega! Só me tornarás a ver os dentes quando cresceres e provares que és um homem, e não um puto mimado, armado em engraçadinho! - Va gritava. - Sabes que estava a brincar, deixa-te de tretas, Va! - Louis não dava caso á fúria da 'pseudo namorada'...