Será que Ainda Está Em Tempo?

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Depois de alguns dias que a Manoela estava em minha casa, seus pais chegariam.

- Ana Lúcia o que eu vou fazer? E se eu passar mal? E se ela me perguntar o que eu tenho? - Manoela fala aflita.

- Diz que você comeu alguma coisa estragada aqui na minha casa, sei lá, inventa alguma coisa. - Falo tentando ajudar.

- Você sabe que vai ter que ir a um médico não é?

- Médico? Como assim?

- Claro Manoela, quer ir hoje? Eu vou com você, antes que seus pais cheguem.

- Eu tô com muito medo, mas vamos. - Fala, pego minha bolsa e saímos.

- Onde vocês estão indo? - Matheus fala aparecendo derrepente.

- Hãm...Tomar um sorvete. - Falo olhando pra Manoela.

- É tomar um sorvete, claro. - Fala dando força na mentira.

- Mas em dia de chuva? Nesse frio? - Matheus pergunta desconfiado.

- Sim, o que é quem tem? - Manoela fala.

- Hum, nossos pais chegam a noite tá Manoela? Tchau pra vocês. - Fala, saindo e nós suspiramos aliviadas.

- Vamos logo.

Após uma hora voltamos, e estava tudo bem.

- Olha Ana Lú, acho melhor eu ir pra casa, mais tarde a minha mãe chega. - Manoela fala.

- Você quem sabe, eu passo lá mais tarde na sua casa, ok?

- Tá bom. - Fala e entra na sua casa.

- Ana Lúcia? - Minha mãe me chama.

- Oie mãe. - Respondo.

- Tá tudo bem com a Manoela? - Pergunta desconfiada.

- Sim, claro, tá tudo ótimo, por que mãe?

- Você acha que não percebi como ela estava?

- Você sabe?

- Já desconfiava. - Fala e eu balanço a cabeça negativamente.

Tomo um banho e coloco uma roupa qualquer.
Janto, e em seguida assisto um pouco de televisão com minha irmã.

- Mãe? Vou na Manoela tá? - Falo me agasalhando um pouco mais.

- Tá bem filha.

Saí indo a caminho da casa da Manu, bato na porta e grito pela mesma.

- MANOELA?

- Oie amiga, entra.

- Oie Ana Lúcia, tudo bem? - A mãe da Manu fala me comprimentando.

- Oie tia, tô bem.

- Oie Lú. - Matheus me comprimentando com um sorriso.

- Oie Matheus - Respondo retribuindo o sorriso.

- Ana Lúcia, janta com a gente? - A mãe de Manu pergunta e eu fico corada de tanta vergonha.

- É...É...Sim... - Respondo gaguejando.

- Espera só um minuto que eu vou tomar banho, porque tô imunda. - Fala e ri.

- Aar "Raimunda Sugismunda" - Falo e rimos.

- Isso é Matheus me derrubando no chão, me ama, não me deixa em paz.

- Que amor. - Falo e rimos

Manoela entra no banheiro e eu continuo em pé mesma na porta.

Matheus estava sentado em um sofá, e em outro os pais de Manoela.

- Senta aqui Lú - Matheus fala dando espaço em seu lado.

- Não, não, fico aqui mesmo, não precisa se encomodar. - Falo sorrindo sem graça.

- Você vai ficar aí parada? Tem certeza? De qualquer jeito você vai ter que se sentar, ou vai comer em pé?! - Fala rindo.

Por que é que Manoela tinha que ir tomar banho logo agora e me deixar aqui sozinha?!

Me sento do lado dele, dura como tijolo, nem me mexo.

Os pais de Manoela sai indo pra cozinha e eu fico com mais vergonha ainda.

MANOELA APARECE PELO AMOR! - Suplico em pensamentos

- E ai Lú, por que não estava vindo aqui? - Matheus pergunta.

- Nada não, estudando muito sabe. - Falo sorrindo nervosa.

- Mas seus professores não entraram em greve, e vocês estão sem aula?

- É sim, mas eu continuo estudando sabe. - Falo.

- Terminei - Manu diz saindo do banheiro.

- Oh glória. - Sussuro baixinho.

- O que Lú? - Matheus pergunta.

- Nada não Matheus.

- Manoela sabe de uma coisa? Eu acabei de me lembrar que eu já jantei. Olha que engraçado. Ando esquecendo as coisas. Deixa pra uma próxima então. - Falo, inventando uma mentira claro.

- Sério Ana Lú? Aar, então amanhã você janta com a gente, pode ser? - Manoela pergunta.

- Sim, claro. Vou embora minha mãe está precisando de mim, pra fazer uma coisa lá na minha casa sabe. - Falo.

Eu concerteza não era nada boa em mentiras.
Só a Manoela que caía nelas mesmo.

- Tá bom, te acompanho até a porta. - Diz e eu suspiro aliviada.

Meu plano era: Fugir e fugir do Matheus até quando eu pudesse.

Atravesso a rua indo pra minha casa, e começo a me lembrar de algumas coisas.

A semanas eu não via o Murilo, desde do dia que eu disse aquilo pra ele na escola na verdade.

Vejo agora que fiz tudo errado, uma burrada atrás da outra.

Parece que cada vez que tento concertar as coisas, acabo deixando tudo mais complicado.

Talvez eu devesse falar com ele. não! não! Atrás dele eu não vou.
Mas a culpa foi minha. Não, deixa as coisas assim como estão!

Um dia desses minha mente me mata!

Chego em casa e escuto minha mãe falar com alguém.

Aquela voz, quem seria?

Caminho devagarinho até a sala, podia sentir meu coração acelerar.

Será?

...

Heey Pessoas

Será que ainda está em tempo de voltar atrás?

Até o próximo capítulo♡

Ironia Do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora