Socorro! O que eu falo agora?
Okay. Inspira, expira, respira, não pira.- Sim...An...Tudo bem?
- Tô bem, e você?
- An...Tô bem também. Não na verdade não. É que eu tô um pouco confusa. Recebi uma coisa, e eu não sei se devo perguntar, posso estar sendo meio patética agora, ou talvez não. Talvez você até saiba do que eu falo, não sei muito bem, mas acho que sim. Eu precisava saber, precisava não. Eu preciso. Mas estava meio sem coragem de falar com você. Entende, não é? Acho que sim... - Desparei a falar.
- An...Na verdade não entendi muito do que disse, mas okay. - Riu. - Mas, eu não sei do que você está falando, Ana.
Aqui é o Guilherme, primo do Murilo...Meu Deus. Morta. Morta estou.
- Ah sim. Esquece. Desculpe, desculpe, desculpe.
___Fim Da Ligação___
Agora eu só queria um buraco para enterrar minha cara envergonhada.
Eu acabava de dizer mil coisas a um garoto que eu, bem, nem conhecia.Mas, como ele sabia meu nome?
Ouvi um barulho vindo da sala de estar.
- Filha? E aí, me fala, ocorreu tudo bem?
- Sim, tá tudo bem.
- Oi Anãzinha. - Falei bagunçando o cabelo da minha irmã, após minha mãe sair.
- Eu sei de tudo. Sobre a Manoela. - Falou ela.
- Tudo o quê? Não existe nada para saber. - Falei.
- Que ela estava no hospital, e que estava... - Tapei a boca dela, antes de terminar.
- Se você contar para alguém, conto para a mamãe que você quebrou o quite de maquiagens dela.
Me olhou revirando os olhos e saiu. Até uma garotinha de sete anos queria me ameaçar.
- Vem aqui me ajudar, Ana. - Minha mãe chamou.
- Em quê...?
- Corta essas verduras ai.
- Aah mãe! Tô cansada.
- De quê?
Aquela pergunta! Revirei os olhos, fazendo o que ela havia mandado.
Cortei as verduras, e ajudei minha mãe a fazer o jantar.
(...)
A luz do sol entrou irradiando em meus olhos, pela janela.
Nem queria ter que me levantar.
Olhei na tela do meu celular. Exatamente 10:00.
Me levantei, e fiz minhas higienes, troquei de roupa, e desci para tomar café.
- MÃE? VOU NA CASA DA MANOELA. - Gritei.
- Não demore.
Caminhei até a casa dela, e toquei a campainha, na esperança que ela já estivesse acordada.
- Oie Lú.
Era Matheus.
- Ei, Matheus. A Manu está?
- Tá sim. Acho que acabou de acordar.
Amém. Que os anjos digam amém.
- Entre. - Disse e eu entrei.
- Espera. - Falou me segurando pelo braço enquanto eu entrava.
- Agora que tudo passou...Você vai me responder, não vai? - Perguntou.
- An, vou-vou-sim, Matheus. - Gaguejei. E soltei o meu braço.
- Agora vou lá ver como ela está. - Falei e me virei.
- Ufah... - Suspirei.
- Manoela? - Falei batendo na porta de seu quarto.
- Oooi. Entra Ana. - Disse e eu entrei.
- Milagre. Você, acordada a essa hora. Não é todo dia que isso acontece.
- Não se acostume tanto com essa mudança repentina. - Riu ela. - Mas na verdade...Eu não consigo parar de pensar, em tudo que aconteceu. Não consegui dormir tão bem.
- Sei como se sente. Mas, calma. Vai passar. Tudo sempre passa, não é?
- Pelo menos acho que sim. - Ela riu.
- Lembra do Diego? Aquele que mentiu pra você, cafajeste, dava em cima de outras garotas na sua frente. - Lembrei - à.
- Sim.
- Então. Você queria morrer, pensou que nunca mais ia gostar de alguém novamente, e blá blá blá. E olha, você agora. Nem fala mais dele, quase nem lembra mais quem foi Diego, e quando você vê ele, passa e finge que nem o viu.
- Verdade. - Concordou ela.
- Olha pra mim. O João...Eu gostava muito dele. Pensei que eu não seria capaz de me envolver emocionalmente com mais ninguém, nem seria capaz de confiar novamente, nem de gostar tanto assim, nem que eu gostaria de alguém que fosse além de tudo que eu já havia sentido pelo João.
- É, desilusões amorosas não são o fim do mundo. A gente sempre supera.
- O Ponto-final não significa apenas, o fim de algo. Mas o recomeço, mudanças, uma nova vida, novas oportunidades de tentar acertar, e de mesmo assim errar. É como pisar em terra nova, como uma viagem para um lugar que nunca foi, como andar de bicicleta pela primeira vez. Como renascer. - Falei e sorri.
- Você tem razão. Obrigada por estar aqui.
- Claro. Quando foi comigo, quem que foi me tirar da cama e me levar pra uma boate? Quem? Quem? Quem? - Gargalhei.
- Euu! - Gritou e gargalhamos.
Nos abraçamos.
- Acho que vou ver a Kath amanhã. Vamos comigo?
- Vamos. Aah, o Matheus me contou o que ele te disse.
- Sério?
- Sim. E aí...O que vai responder?
Meu celular vibrou.
- Quem é? - Perguntou Manoela.
- Uma mensagem...
- Me encontre onde tudo começou... 20:00. Preciso te dizer algo. - Li a mensagem em voz alta.
- Quem mandou?
- Não conheço o número. Vou ligar.
- Não Ana Lú!
- Como não? Quero saber quem é.
- Você só vai estragar com tudo.
- Estragar?
- É. Você vai nesse encontro.
- Mas, você é Louca? E se for um assassino, estrupador, maníaco...?
- Não acho que seja.
- Mas, "onde tudo começou", como vou saber onde tudo começou??
- Sem mais perguntas. Relaxa,Se arrume. Quem sabe, o que pode acontecer, não é?
Eu ri, não fazia muito sentido.
- Agora sei que você é mais louca do que pensei. - Ri.
- Nem um pouco. - Respondeu ela com um sorriso no rosto.
(...)
Heey gente.
Será que a Ana Lú, vai ou não vai no encontro?Beijos
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Ironia Do Destino
Teen Fiction⚠LIVRO NÃO REVISADO⚠ É sempre assim que a história começa. A gente sempre acha que ama a pessoa, e que esse "tal amor" durará para sempre, mas nem sempre isso acontece. Não é verdade? Ana Lúcia foi traída pelo namorado e de repente percebe que o seu...