Transfusão De Sangue

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- Mas, infelizmente é dessa forma que agem, Ana Lú, esperam por um tempo, e quando não aparece ninguém, a criança é mandada para um orfanato.

- E ela já sabe sobre isso? - Sussurrei para que Kath não escutasse.

- Ainda não.

- E como vai o estágio?

- Eu vou viajar mês que vem para o Paraná. Vou fazer um estágio lá, é muito importante...E...

- Estágio? Por quanto tempo?

- Alguns meses. Ainda não sei muito bem.

Engoli em seco e olhei para o outro lado.

- Mas, e aí, como você está? - Disse ele após alguns minutos tentando mudar de assunto.

- Estou bem, e você como está, com a sua "peguete"? - Perguntei e ele me olha assustado.

- Peguete?

- É, Nathália, eu vi vocês juntos. Sabe? Na sua casa. - Falo e ele começa a gargalhar. - Do que está rindo? - Pergunto não entendendo.

- Nathália é minha prima, Ana. - Diz em risos.

- Prima?! - Pergunto arregalando os olhos.

- É...Ela...

- KATH! - Grito interrompendo Murilo, vendo Kath desmaiada perto do escorregador.

- Kath? Kath? - Murilo tenta acorda - lá.

- Murilo, faz alguma coisa por favor. - Falo para ele nervosa.

- Vamos leva - lá.

Saímos as pressas para o hospital.
Murilo dirigia enquanto eu estava no banco de trás com Kath no meu colo.

- Ana-Ana...

- Kath! Calma, não fala. Só respira Kath. - Falei enquanto tentava acalma - lá.

Kath respirava com dificuldade, e os olhos que olhavam para mim e voltavam a se fechar com pouca força.

Entramos no hospital rapidamente e levamos Kath, para a sala cirúrgica.

Sentei-me no banco da sala de espera sem poder entrar.

- Ela precisa de uma transfusão de sangue. - Ouvi uma das enfermeiras dizer para Murilo.

- Você ouviu? - Disse ele se aproximando.

- Sim, ouvi. Ela já tem doador?

- Parece que sim. Eles estavam deixando para fazer a transfusão quando ela estivesse um pouco mais forte, mas acho que agora é a hora mais apropriada.

- Ela vai ficar bem Murilo?

- Vai, acredite.

- Ela não tem ninguém. - Falei colocando minhas mãos sobre meu rosto.

- Tem sim. Tem a você. E você, tem a mim. - Murilo disse se sentando ao meu lado e segurou minha mão.

- Tenho sim. - Sorri e ele me abraçou.

Ali ficamos abraçados por horas juntos, a espera de respostas.
Enquanto ele alisava meus cabelos.

- Murilo? - Derrepente ouvimos o doutor chamar. Me levantei quando já estava quase a dormir em seu colo.

- Sim.

- Deu tudo certo. - Disse ele.
Eu e Murilo nos entre olhamos, sorrimos, e ele me abraçou.

- Podemos vê - la? - Perguntei.

- Sim, mas apenas dois minutinhos, ela precisa descansar.

Entramos no quarto e Kath estava deitada.

- Dormindo? - Perguntei baixinho.

- Não, estou acordada.

- Tudo bem agora. - Falei para ela.

- Sim. - Sorriu. - Desculpe por ter estragado tudo, e ter feito você ficar preocupada e se envolver nisso.

- Oras, não precisa se desculpar Kath. - Sorri.

- Eei, a moçinha precisa descansar. - Disse Dr. Thiago entrando no quarto.

- Mas já deram os dois minutos? - Perguntou Murilo e sorriu.

- Okay, já estamos indo. - Falei. - Até mais Kath. - Falei me despedindo dela e saímos.

- Preciso ir agora Murilo. - Falei e sorri pegando minha bolsa que estava sobre os bancos.

- Eu te vejo depois então?

- Vê sim. - Sorri e sai, indo embora para casa.

Ironia Do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora