Acordei cedo, e Manoela ainda dormia.
E acho que demoraria, pelos remédios que havia tomado.Levantei, fui até o banheiro, lavei o meu rosto, e fiz minhas higienes.
Caminhei até o refeitório, e me servi com um copo de café forte, como eu gostava, não amargo, mas nem tão doce. E um misto quente.
Sentei em uma das mesas para comer.
Liguei para minha mãe, para que ela não ficasse preocupada.
- Okay mãe, tchau. - Falei logo encerrando a chamada.
Olhei para frente, e vi que Murilo passara. Mas ele não parece ter me visto.
Levantei, terminando de tomar café.
Cheguei próxima a porta que estava aberta. E pude ver Murilo brincando com as crianças. Sorri com a cena.
Quando derrepente ele me olha, percebendo que eu estava ali os observando.
- Ana Lú. - Fala e vem até mim.
- Entre. - Fala e eu entro.
No mesmo momento Katherine vem até mim me abraçando forte, e eu retribuo.
- Você V-e-i-o - Diz com um pouco de dificuldade.
- Eu disse que viria. Amigas não é? - Estendi minha mão a ela. E a mesma à apertou, em concordância.
Sentei na cama ao lado de Kath, enquanto ria do Murilo com as outras crianças.
...
- Você tá linda com isso aqui. - Murilo diz apontando pro meu rosto.
- Nossa, o que é isso em mim? - Começo a rir. - Acho que um adesivo.
- Você tá cheia de purpurina no cabelo. E com o rosto todo borrado de maquiagem. Tá linda - Riu de mim.
- Palhaço. - Falei balançando meu cabelo, para tirar um pouco do excesso de purpurina que estava nele.
- Sou mesmo. - Rimos.
- Nossa, bem que você disse que eu estava linda. - Falo irônica olhando em um espelho, e ele ri.
- Sabia que não ia dar certo essa oficina de maquiagem que você inventou. - Fala e ri de mim, enquanto lavo meu rosto.
- Eu só não sabia, que EU seria a cobaia - Falei dando ênfase.
Ele ri.
- Por que você tirou? Tava tão linda daquele jeito. Sério mesmo prefiro você daquele jeito. Assim tá feio. - Fala sério, e eu me faço de brava.
- Aah você acha mesmo? Tenho que sair daquele jeito mais vezes. - Falo rindo sarcástica.
- É que você é linda de qualquer jeito. - Diz e sorri olhando nos meus olhos. Sorrio de volta envergonhada.
- O que você ia me dizer outro dia mesmo? - Pergunta, e eu me lembro.
- Aah sim...É que...
- Senhorita Miller. - Alguém me chama, me interrompendo.
- Sim, sou eu. - Falo olhando para o Doutor Thiago-Gato. Mais conhecido assim nos meus pensamentos.
Cadê a Sanidade? Espera. Sumiu.
- Você que está acompanhando a Manoela, não é? - Pergunta. E balanço a cabeça em concordância.
- Aonde estão os responsáveis dela? - Pergunta e eu me calo, olhando para o Murilo.
- An...Estão viajando. Só o irmão dela, mais velho que está aqui. - Falo tentando mentir.
- É que logo ela terá alta, mas ela precisará ficar em repouso.
- Ah sim, claro, completo repouso. - Concordo.
- MANOELA?! - Grito entrando no quarto.
- Calma amiga, estamos no hospital, não na balada. Não vou fugir não. - Fala e ri. Reviro os olhos.
- É sério. Olha o médico disse que quando sair daqui, você precisa ficar em repouso...
- Ah, é isso? Adoro ficar em repouso, fico em repouso quase todos os dias. - Me interrompe, e ri em seguida.
- Posso continuar? Okay. Como você vai ficar sem ir a aula? As aulas já vão recomeçar. - Pergunto.
- Doente de novo? Ou, e se, a minha amiga, rolou da escada, quebrou a perna, os braços, não aguenta andar. E os pais dela não estão em casa?
- Aah. Não Manoela, não quebrei as pernas, nem os braços, e nem vou quebrar. Acho que seus pais vão descobrir mais cedo, ou mais tarde. - Falo.
- Não, não Ana Lú! Mil vezes não. Ela não pode nem sonhar com isso. - Fala se levantando.
- Calma, calma. - Falo deitando a mesma.
- Eu digo pelo Matheus. Você sabe, não é? Vai ter que fazer tudo pra ele de hoje em diante. Senão...
- Aah não acredito.
- Isso, ou ele conta. - Falo rindo.
- Tá rindo né.
- Parei. Quer alguma coisa? Da cantina? - Pergunto.
- Não, não. Estou bem. - Fala.
- Okay. Vou buscar um refrigerante. - Falo saindo.
- Um refrigerante por favor. - Falo pra mulher fumando escondida debaixo da bancada.
Ela se levanta sem jeito, tossindo, e guarda o cigarro novamente.
Tira o refrigerante da maquina e me entrega.
- Não diga nada Okay?
Me sinto naqueles filmes de mafiosos. Como se eu tivesse o poder todo em minhas mãos.
Cadê a música de fundo?
- Okay.
Eu, e meus desvaneios.
Abro a porta do quarto e vejo Manoela com um buquê de rosas vermelhas nas mãos. Que lindas eram.
- Nossa, admirador secreto é? Ui. - Falo e ela ri.
- Admirador secreto, acho que sim. Mas não é pra mim.
(...)
Então, quem mandou o buquê? Haha, adivinhem...
Bjs♡
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Ironia Do Destino
Teen Fiction⚠LIVRO NÃO REVISADO⚠ É sempre assim que a história começa. A gente sempre acha que ama a pessoa, e que esse "tal amor" durará para sempre, mas nem sempre isso acontece. Não é verdade? Ana Lúcia foi traída pelo namorado e de repente percebe que o seu...