Já havia se passado uma semana que eu estava aqui é toda a esperança de que o Harry ou qualquer um que fosse viesse me busca estava sumindo com o passar do tempo . Tom estava me deixando trancada no porão sem falar comigo e era muito raro às vezes que ele descia para me trazer comida . Eu ficava muitas horas do dia sem comer e sem ver a luz do dia, a pequena janela que tinha no canto do porão era alta de mais e quase não trazia claridade de dia .
Agora Tom estava no porão, e como sempre estava tudo escuro, tinha a pequena janela pivotante que refletia uma pequena luz mas ainda tudo era escuro . Tinha pilastras nos cantos e no meio do porão, eu estava no chão amarrada a uma delas pilastras, Tom estava parado na minha frente de costas para mim, ele estava mexendo em algo dava para ouvir o leve rugido de ação passando um no outro .
Tom virou-se para mim dando plena visão de duas santoku em suas mãos, ele me olhava fixamente, ele andava até mim em passos largos em pouco tempo já estava parado a minha frente se ajoelhando ficando a minha altura .
- Senti tanta falta disso -ele aproximou a faca tirando a mexa de cabelo que estava caída no meu rosto, ele deslizou a faca até minha bochecha, eu já sentia o suor frio escorre pelo meu rosto . Ele continuava descendo a faca até meu pescoço e parou com ela ali - Você é uma vadia, ficou naquela casa dando para cinco garotos, cria de vadia, vadia é -
Eu não aguentei ouvir aquelas palavras e por impulso cuspi em sua cara, tom retirou um lenço de seu bolso e limpou o rosto, seu cenho que antes estava calmo agora estava sombrio
- Eu tenho dó de pessoas como você , vocês não suporta ver ninguém bem ou feliz gostam de acabar com a mísera sobra de felicidades que nós temos é isso tudo porque ? Porque quando você era criança seus pais não te deram atenção, amor, carinho ? Eles não se importava com você te deixou sozinho no mundo e por isso você não suporta a alegria dos outros ? - Acabei falando tudo que pensava por mais que isso tenha sido ruim eu precisava falar, precisava expressar tudo aquilo que senti por anos .
Pessoas como ele não sentem nada além de raiva, ele tem raiva da vida e por isso desconta nas pessoas que são felizes ele acha que se todo mundo ser como ele as coisas iram melhorar para ele . Ele tirou oque eu mais me importava e mais amava como ele consegui dormi a noite com isso ?
Eu nunca vou esquecer o dia que eu cheguei em casa vi uma corda pendurada no teto uma cadeira e o corpo da minha mãe ao lado , eu não sabia se gritava ou corria fiquei paralisada as lágrimas escorriam pelo meu rosto foi aí que eu vi o Tom estava sentando em uma cadeira à frente do corpo com um copo de Uísque na mão, nesse momento não tive dúvida alguma de que ele sim matou minha mãe é que ele era perigoso .
Sai correndo de casa não sabia para aonde iria só sai andando sem rumo fiquei na rua até tomar coragem para voltar não foi uma das minha melhores escolha mas eu voltei, estava tudo tranquilo a casa estava limpa não tinha sinal de ninguém .
Lembrar disso me deixa pior do que eu já estava, durante esses dias eu só chorava ao lembrar de tudo que eu havia vivido com o Tom e tudo que ele fez comigo e minha mãe . Toda vez que eu chorava eu tentava pensar em algo bom, algo no qual me fizesse continuar aguentando isso, e a única coisa que eu conseguia pensar e no Zayn, em tudo que eu vivi com ele durante esse tempo é tudo que ele me fez sentir. Zayn era quem me dava forças para continuar aqui e ele ao menos havia se despedido, ele ao menos se importava comigo .
Sentir minha cabeça girar para o lado e minhas bochechas queimarem, a mão de Tom saia do meu rosto e ele voltava a se compor a minha frente, ele desfez o cenho e deu um sorriso sem mostrar os dentes.
- Sempre gostei de você calada ...-Ele voltou a faca ao meu pescoço mas agora fazendo presão -Sabia que se eu fizer um pequeno corte aqui, a veia jugular será atingida e você por ser uma garota esperta sabe o que ela comanda certo ? - seu sorriso se abria cada vez mais que pressionava a faca no meu pescoço, já podia sentir a faca corta o primeiro tecido do meu pescoço - Então pequena Mia irá ficar quieta e calada ?- Balancei a cabeça em sinal de concordância e ele levantou se afastando e voltando para a mesa com a faca .
Ele depositou a faca sobre a mesa foi até o canto do porão pegou uma cadeira e arrastou até minha frente sentou-se nela e ficou me olhando em silêncio por alguns minutos, ele abriu a boca diversas vezes mas sempre a fechava e não falava nada, isso já estava me afligindo eu não sei o que ele quer mas sei do que ele é capaz de fazer comigo .
Finalmente ele resolveu falar seu cenho era sereno sua voz saiu mais calma do que o normal e aquilo me assustava -Quanto eu te matar vou pulverizar seus dedos, queimar suas digitais, com isso seu corpo ficara irreconhecível e poderei fazer uma incisão no seu peito para que eu possa retirar seu coração e colocar junto do de sua mãe e por final é parte mais lamentável, terei que desfigurar esse lindo rostinho se eu estiver de bom humor coloco seu corpo junto com o de sua mãe - Ele parou por um segundo percorreu o olhar pelo porão, levantou e ficou andando de um lado para o outro até parar e voltar a me olhar - Ela nunca saiu daqui ela sempre vai está aqui com nós - sua risada ecoava pelo porão ele estava me assustando do que ele estava falando como assim ela estava com a gente .
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Caso vocês não entenda ou tenha ficado confuso, nesse capítulo já se passou uma semana que a Mia havia voltado a morar com o Tom e no próximo capítulo já vai ter passado mais uma semana, então será duas semanas que ela está morando com ele .

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Roman pour Adolescents" Quando está escuro E ninguém te ouve Quando chega a noite e você pode chorar Há uma luz no túnel dos desesperados Há um cais de Porto Para quem precisa chegar "