Reich

Atividades

Mais um dia no colégio Iezzi, já haviam se passado três dias, o desenvolvimento dos alunos ainda era relativamente baixo, talvez o medo do contato com outras raças. Os professores e responsáveis do colégio, resolveram então fazer uma atividade cujo objetivo era fazê-los se enturmar. Haviam trinta alunos na turma de Blume, quais foram divididos em cinco grupos de seis pessoas.
Todos então se organizaram nos espaços da sala, alguns nas pontas, outros nos meios, e mais uns no começo, mas então, os professores puderam notar algo, estavam divididos em grupos, grupos de suas raças, grupos de culturas, provavelmente deixá-los juntos as suas raças não iria ajudar muito, seria um desafio para a Sra. Lear. Então ela misturou todos os grupos, fazendo com que ambos se misturassem. Após a divisão dos grupos, ela então mandou todos reunirem suas carteiras, e fazerem silêncio:
- Pois bem meus alunos, pude perceber que vocês ainda estão um pouco retraídos uns com os outros e precisamos saber que estamos aqui para nos ajudar, e que se as turmas estão juntas é pra um propósito, a tarefa de hoje é a seguinte, dividi você em seis grupos, com cinco pessoas cada um, grupos aleatórios, e a tarefa é simples, vocês irão de reunir, e debater sobre algo que os representa, apenas um desenho para cada grupo, que possa representar os cinco, e para que haja uma conclusão harmoniosa, todos devem participar, certo?

Todos concordaram com as cabeças.

- Pois bem, mãos à obra.

Então, mesmo que aos poucos, os grupos acabaram interagindo entre si, alguns conversavam menos, outros já estavam rindo e gargalhando. O primeiro grupo discutia freneticamente:

- Que tal uma flor? Ou um ursinho, ele pode ser selvagem, e também fofinho.
- Porque não um peixe? Ou apenas nós mesmos? Estamos no topo da cadeia alimentar.
- É algo pra nos representar, não para nos mostrar à frente de outros.

O segundo ainda estava um pouco calado, as sugestões eram poucas, mas estavam fluindo.

O terceiro já estava terminando, eles haviam feito mais rápido que o esperado. Enquanto isso, fora do colégio, ambas raças se preparavam para a chegada do próximo mês, que estava sempre repleto de cores, e fascinava aos próprios moradores.

Siars estavam bordando suas roupas com as algas, eram sempre muito coloridas, e bonitas, chamando atenção do sexo oposto das raças, falavam com olhares, e eram ótimas em técnicas de sedução, um sorriso e o destino do pobre cavalheiro haveria chegado ao fim. A primavera se aproximava, uma das épocas mais bonitas do ano, onde todos se reuniam e a rainha Éris se apresentava diante de todo o reino para falar com seu povo, e comunicá-los de algum evento que ela planejasse ao longo do ano.

Voltando a atividade da Sra. Lear, os alunos ainda pareciam bem empolgados, nos corredores do colégio não se ouvia um barulho sequer, as aulas eram silenciosas, e os corredores enormes e extensos, quase impossíveis de se ouvir qualquer barulho de dentro das salas. A água correndo pela cascata, e os pássaros adentravam o colégio para beber sua água.

O sinal para o intervalo então tocou, uma águia passava deixando uma pedra em cima de uma pequena balança que havia perto do sino, fazendo com que ele tocasse, então os alunos se arrumavam, faziam uma fila e saiam em direção ao jardim, alguns guardas passavam pelo local durante tal momento, para fiscalizar se algum aluno iria sair, dois guardas que passavam ali por perto então conversavam:

- Você ouviu os ruídos ontem a noite?

- Não, que ruídos?

- Uns barulhos estranhos, e encontraram algumas árvores quase sem folhas a norte do colégio.

- Muito estranho!

Enquanto isso, alguns alunos jogavam alguns jogos no pátio. Blume estava sentada perto da árvore, comendo os biscoitos que sua mãe fazia, e que ela particularmente adorava, com seu suco de groselha. Quando um garoto alto, pálido, e aparentemente forte se aproximava dela, não era da mesma raça, parecia estar observando-a por alguns minutos. Por sua boa inteligência, e pelos estudos sobre outras raças que havia feito com os livros de seus pais, deduziu ser um Grove.

- Oi, posso sentar aqui?

-An... Er... Claro.

- Então, me chamo Stärke Cullmann. Qual seu nome?

- Blu... Blume Hauke.

- Belo nome, está gostando do colégio? Você tem cabelos bonitos!

- Obrigada, sim, eu acho, você está? Afinal, porque a pergunta - Ela muda a expressão por alguns segundos.

- Sou um pouco curioso. Lembra do Drachen? Vamos lá dar uma olhada nele?

- Não quero, aquele homem que nos apresentou ao colégio aquele dia, cujo nome não me lembro, disse que era melhor não brincarmos com ele, porque pode ser perigoso, e não estou a procura de problemas. - Ela vira o rosto, e observa algumas rosas que estavam ainda por desabrochar.

- Mas vai ser divertido - Ela continua olhando para outro lugar - Certo, quando quiser me avise então. - Ele sorri e vai embora.

O sinal toca novamente dessa vez para que todos entrem e as atividades possam ser continuadas de acordo com o tempo previsto, as turmas estavam realmente empolgadas, mas os professores já estavam acostumados, afinal, era sempre assim. As turmas começavam cheias de alunos, e na maioria das vezes terminavam com a metade ou um pouco menos que a metade. Então, a metodologia de ensino, e formas de educação do colégio mudavam a cada ano, em busca de uma solução plausível.

As turmas já haviam terminado a atividade cuja professora havia passado, os desenhos seriam arquivados, e colocados em capsulas. A professora não pode ver nenhum deles, distribuiu as capsulas entre os alunos e mandou que os guardassem.

- Essa é uma "brincadeira" um tanto fantástica, acredito que seja a minha predileta durante todo o ano letivo. O desenho que vocês acabaram de fazer, peço que coloquem o nome de todos os integrantes, inclusive os que participaram de forma indireta, e nas capsulas que eu distribui, coloquem eles, ao final do ano iremos abrir, e faremos um debate baseado em tal desenho e em seu significado.

Os alunos prestavam muita atenção na professora, que agora entrava em um novo assunto, que segundo ela seria o assunto da próxima prova, no dia seguinte não haveria aula, pois o colégio teria que passar por um processo de inspeção, cujo colégio não revelou o motivo.