A inspeção foi realizada, de acordo com os homens que realizaram a ação, foram encontradas algumas árvores quase sem folhas, buracos ao chão, e marcas em árvores, aparentemente tinham o formato de uma estrela. Era algo muito suspeito, mas as aulas continuaram normalmente, alguns locais do colégio porém foram proibidos, para também segurança dos alunos, haviam mais coisas estranhas acontecendo ali, nos últimos dias, Drachen parecia mais agitado que o normal, e a noite, era possível ver o fogo de cor violeta iluminando seus arredores.
Mais um dia se iniciava, desta vez foram comunicados a todos alunos para que se encontrassem no salão de festas, todos então se dirigiram até lá, junto com a ajuda de Jim.
- Então, vamos todos ao salão como foram instruídos ao microfone. Mas antes tenho que comunicá-los sobre algumas regras, primeira, não façam barulho, permaneçam em silêncio, principalmente nos arredores do colégio, segundo, nada de ir depois do salão, terceiro, fiquem todos juntos.
Todos então se dirigiram ao salão, que desta vez estava enfeitado por um tecido de um vermelho intenso, e um branco neve. Ao começo estava a Sra. Lear, aguardando o silêncio total para que pudesse dar início a seu comunicado.
Blume andava calmamente, prestando atenção as pessoas a sua frente, e ao chão, para que não corresse o risco de tropeçar, de repente, sente algo a fazê-la bambear para trás, e uma força um pouco maior a puxar seus cabelos, então, de forma sucessiva uma risada.
- Quem foi o idiota? - Diz ela controlando sua raiva.
- Oi Blume, lembra de mim? Do intervalo? Sou eu, Stärke! - Ela vê um garoto levantando a mão, mas lembra dele de forma vaga.
- Foi você? Isso poderia ter me machucado, seu idiota. - Diz ela e continua andando.
- Não, não fui eu, lamento, é que infelizmente algumas pessoas aqui tem um "senso de humor bem desenvolvido" para brincadeiras, confie em mim, não fique brava. - Ele fala um pouco confuso.
- Eu te conheci a pouco tempo, não seria viável confiar em você agora. - Ela diz num tom baixo, e então suspira - Tudo bem, enfim, vamos nos sentar, a Sra. Lear parece impaciente.
Blume e Stärke se falaram algumas vezes após o intervalo daquele dia, as vezes conversavam um pouco, mas nada mais que algumas frases, talvez ainda tivessem medo do questionamento e preconceito que ainda havia sobre a mistura de raças. Agora, todos estavam sentados, perto de Jim, estava uma garota que aparentava ser mais nova que os outros alunos, pequenina, frágil, deu um pequeno puxão a roupa de Jim.
- Jim, Jim, por que tem lugares proibidos aqui? - Ela expressa um olhar de curiosidade.
- Não sei querida, devem estar limpando... Olhe, olhe, a Sra. Lear vai começar a falar. - Ele então coloca os olhos nela.
- Queridos alunos do colégio do colégio Iezzi, comunico-lhes nesta tarde que daqui há dois dias faremos uma viagem para as cataratas de Mungrel, um dos lugares mais bonitos de nosso reino, comunicarei aos seus pais, mas para participarem, preciso da autorização deles, partiremos na Segunda-feira pela manhã, e voltaremos na quarta, lá faremos pesquisas, descobertas, testes, os professores também irão participar, e as aulas ocorrerão normalmente, ou pelo menos quase, tal tempo será suficiente para o início da primavera, que será exatamente no dia que vamos voltar, arrumem as bolsas, e levem o necessário, e comportem-se, amanhã passarei nas salas para recolher os comunicados, e passá-los as informações necessárias.
Alguns minutos após o silêncio de Sra. Lear, o salão se inundou em palavras, os alunos não paravam, desta vez, pareciam bem ansiosos, rindo, e falando de como poderia ser. As cataratas de Mungrel, é um dos lugares mais bonitos de Mungrel, lá são cultivadas as mais bonitas flores, e lá são encontradas as melhores ervas para poções de cura, entre outras. Algumas extintas, após a guerra das flores, onde raças disputavam de forma ardente pela posse do Reino.
Todos se dirigiram as salas e as aulas ocorriam normalmente, enquanto isso os responsáveis pela coordenação do colégio mandavam os comunicados aos pais, que eram entregues por alguns Dingofs, mas que pelo jeito rude, apenas batiam a porta dos pais dos alunos e entregavam os papéis, sem dizer uma sequer palavra, a não ser, que os pais do aluno o tivessem cativados de alguma maneira, a mais comum, eram tortas, então ao final do comunicado havia:
" Amanhã passaremos para buscar os comunicados, não perca-o. Atenciosamente, a coordenação. "
No colégio, faltavam alguns minutos para que os alunos fossem liberados para retornar a casa. Jim estava do lado de fora do colégio, brincando com o Drachen, afinal, Jim estava ali tempo suficiente para que pudesse conhecer o lado amoroso de Drachen, que por trás daquelas escamas negras, era cordial, brincou com ele até se cansar, Jim jogou algumas aves pequenas para que ele pudesse se alimentar, encheu seu pote de água, e partiu, tornou-se a voltar para dentro do colégio, ainda havia um dia inteiro pela frente, e as raças estavam muito ocupadas se preparando de forma quase incessante para a primavera, então, o sinal tocou. A euforia dos alunos para retornar a casa era notável, talvez estivessem cansados, ou simplesmente ansiosos para ajudar na decoração das casas, a chegada da primavera era um período muito animado, um dia antes, a neve se espalha pela cidade, deixando tudo totalmente branco, quando amanhecia no outro dia, por volta do entardecer, ela derretia, e então as cores eram ilustres, únicas, fantásticas se assim posso dizer.
Perto da fogueira, as crianças estavam reunidas, ouvindo a história de seus avós:
- O dia passou, a noite enfim havia chegado, perto de um rio estava um homem acompanhado por seu cavalo, provavelmente um Trotan a procura de aventura, cavalgava as margens do rio, quando a lua então estava refletida na água, que pintava de prata toda sua extensão. O cavaleiro ao olhar as águas, percebeu que se moviam, recuou para trás com seu cavalo, alguns segundos depois, foi possível ver uma mulher que saia de lá, subiu a superfície, com uma roupa perolada, cabelos negros como as trevas da noite, pele escura, como a terra que faz crescer as plantas, e olhos idênticos a cor da tanzanita azul, calafrios lhe percorreram o corpo, mas a mulher era encantadora, o cavalo estremeceu, e ficou indomável de tal forma, que o homem não aguentou, e foi de encontro ao chão, a moça sentou-se a beira do rio, sem dizer uma única palavra, mas seus olhos eram completamente fascinantes, o que o fez ir até ela, audacioso, e valente, foi em direção a tal moça, quando estava perto o bastante, a uma mínima distância de beijá-la, a mulher cravou seus dentes em seus lábios, injetando uma substância dormente, e o rapaz então adormeceu, a garota o levou as profundezas, onde ela morava, a refeição daquele dia, já tinha sido capturada.
As crianças olhavam assustadas, essa era uma das histórias mais contadas pela região, era um alerta as Siars, para tomarem cuidado por serem perigosas, ainda mais a noite, quando não tem total controle de si. Nas vilas era comum que algumas famílias se reunissem a noite para contar histórias, se divertir, e sorrir um pouco, a rotina costumava deixá-los estressados, então, a melhor hora para se distrair, era quando o sol se escondia.
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Reich
Ficção CientíficaReich é a historia de um reino cujo nome é Mungrel, onde a população é pacifica e quase não se ouve falar de brigas, pelo menos dentro dos limites das cidades, cujo poucos resolveram ultrapassar. A cidade é governada pela rainha Éris, uma linda garo...