The ORDER.

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00h00

Andamos por uns 10 minutos. Não dirigimos a palavra um ao outro. Não sabia para onde me estava a levar. Não percebia porque é que tratava tão mal o irmão, e muito menos percebia o porquê de me tratar mal mas ter-me salvo na mesma. Ele parou e fez sinal com a mão para eu parasse com ele.

-Onde estás meu? Já chegamos. -Disse em chamada com alguém.

Olhei para ele enquanto fazia pressão com as mãos nos braços pois estava com imenso frio.

-Tudo bem, despachem-se.-Concluiu desligando a chamada.

-Vamos para onde?-Perguntei com dificuldade devido à temperatura baixa que estava.

-Não faças perguntas, vês quando lá chegares. -Respondeu sem me olhar.

Sentei-me no passeio enquanto aguardava por alguém que supostamente ia chegar e nos ia levar para algum lado, pelo que entendi pela chamada que ele fez.

Olhei para o meu lado direito e vi um carro preto chegar. Na verdade, não era só um carro preto, era um valente carro preto. Parou mesmo à nossa frente. O Philip fez sinal para que eu me levantasse e o seguisse até ao carro.

Levantei-me e fui atrás dele. Ele abriu-me a porta de trás do carro e eu entrei. Vi dois tipos nos lugares da frente. O que ia a conduzir tinha o cabelo loiro pelos ombros e um piercing no lábio, o outro, do lado do condutor, tinha o cabelo castanho claro e um enorme peitoril. O Philip sentou-se ao meu lado no banco de trás.

-Arranca.-Disse.

-Estou impressionado, há anos que não te vejo com uma aquisição como a que tens aí ao teu lado, Philip. -Disse o loiro, rindo.

-Cala-te imbecil, já não te chega trazeres o meu carro sem pedir autorização, que ainda tens de mandar bocas? -Respondeu.

-Emil, deixa-o, antes que fique mais amudinho. -Disse o matulão do lado.

O Philip olhou-o de canto, depois de ouvir a indirecta.

Olhei pelo vidro. Parecia que nos estava-mos a distanciar do centro da cidade. O movimento na estrada era pouco, muito pouco agora. Estava com medo. Poderia ter fugido quando ele apareceu mas não me ia adiantar, ele ia apanhar-me. E, por muito que ele me tratasse mal, ele salvou-me, e algo me fazia sentir segura ao pé dele, não anulando o medo que sentia obviamente. Ele olhou para mim e voltou a virar a cara.

1h00

Pararam o carro. Saí e deparei-me com um grande edifício isolado do mundo. Que mansão. Era medonho.

-Vem. -Disse-me o Philip.

Acompanhei os três. Fomos para o elevador. Descemos dois pisos. Os outros dois entraram numa sala assim que saíram do elevador, enquanto o Philip continuou a percorrer o imenso corredor comigo a segui-lo.

Viramos à esquerda e entramos numa sala muito bem decorada com mobílias incríveis. Estavam três raparigas sentadas num dos sofás brancos. Duas tinham tatuagens, a outra não.

-Tratem dela e ponham-na à vontade, volto mais tarde para ver como estão as coisas. -Disse-lhes Philip.

Vi-o a sair e fiquei sem saber o que fazer.

-Senta-te aqui querida. -Disse uma delas.

Fiz o que ela me pediu e sentei-me.

-Como te sentes? -Disse uma delas.

-Quem são vocês? Eu nem sei porque é que vim até aqui, poderia ter fugido dele mas vim, porquê? O que é este sitio? O que é que vocês fazem aqui e porque é que as tatuagens dele desaparecem? -Perguntei.

Surgiu um ar de lamentação nas caras delas.

-Primeiro, deixa que nos apresentemos. Sou a Caroline, esta é a Bonnie e a Rebekah.

A Bonnie  era a morena, a Rebekah e a Caroline eram loiras. Pareciam queridas.

-Sou a Haylie. -Disse.

A Caroline levantou-se e trouxe-me uma chávena de chá quente, e uma manta. Agradeci enquanto ela se voltava a sentar.

-Onde é que conheceste o Philip? -Perguntou-me.

-Na rua, suponho. Inicialmente pensei que tinha sonhado quando o vi na rua e as tatuagens dele desapareceram, mas depois, ele apareceu de novo e aí eu percebi que ele era real. Ontem ia sendo atacada por uns tipos e ele protegeu-me. Não percebo, ele protege-me, mas trata-me mal, mesmo mal. Apareceu um carro preto com um tipo loiro e outro muito forte que nos trouxeram até aqui.

-Ah, sim, o Emil e o Damon -Disse ela.

-Expliquem-me o que se está a passar por favor. -Suplico.

-Vamos explicar-te querida. -Disse Bonnie, sentando-se ao pé de mim, pegando na minha mão.

-Este lugar chama-se 'Ordem'. É uma espécie de sociedade longe de tudo a que estás habituada. Somos apenas três raparigas aqui, quarto agora contigo. Temos 7 machos. O Philip, o Klaus, o Emil, o Damon, o Elijah, o Tyler e o Stefan. Eu e a Caroline estamos aqui à mais tempo, eu há 3 anos, ela há 4. A Rebekah chegou o ano passado. O Klaus é o mais antigo.

-Todas as tatuagens deles desaparecem ou são só as do Philip? -Perguntei.

-As tatuagens de um membro da ORDEM aparecem e desaparecem consoante as acções deles, podem até desaparecer todas de uma vez. Em vez de desaparecerem, podem também surgir consoante o estado de espírito, entendes? Sempre que um membro mata alguém, ou tortura, a tatuagem fica fixa como se fosse uma maldição, ou seja, o número de tatuagens fixas que cada membro tem, significa algo mau. A intensidade da cor com que a tatuagem surge, significa a intensidade com que o membro está a viver a situação. Está a ser confuso para ti?- Perguntou.

-N-não, podes continuar. -Respondi.

-Agora mantém-te calma. -Disse Rebekah.

-Sim.-Respondi.

-A ORDEM tem um objectivo. Em primeiro, não somos a única ordem existente no mundo. Somos várias. Nós somos a ordem pertencente a esta zona. O objectivo da ORDEM é só um apenas. Eliminar todos os membros pertencentes aos AVENGERS, um grupo de "guerreiros" espalhados por todo o mundo que quer acabar com a ORDEM.

Estava a ser tudo tão confuso para mim.

-Como é que vou avisar os meus pais que estou aqui? E os meus amigos, e o Chris, o irmão do Philip, como é que eles vão saber? É tardíssimo, os meus pais devem estar preocupados comigo. -Perguntei aflita.

-Não te preocupes, já mandei um deles tratar do assunto. -Disse Philip entrando pela porta.

-Vem comigo, vou levar-te ao teu quarto. -Continuou.

Levantei-me e sorri minimamente para elas.

-Alguma coisa que precises anda falar connosco querida. -Disse Bonnie.

Agradeci e segui o Philip.

-Como estás?- Perguntou-me.

-Mal. -Respondi.

-Precisamos de conversar, vem comigo. -Disse-me.

Fui.









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