Back to him.

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Eles ainda não tinham chegado à ORDEM. Confesso que estava um pouco preocupada com o Philip, afinal de contas , ele é tudo o que me resta agora. Sinto-me apegada a ele de um certo modo. Não sei se é suposto mas não desgosto desta vida. Eles são todos acolhedores e isso é reconfortante e sinto-me como se estivesse em casa , no entanto,  tenho a minha família e os meus amigos sempre em mente.

- Haylie, querida, estás bem? - Disse-me Caroline do outro lado do sofá.

-Um pouco preocupada mas eu acabo por me habituar. - Disse respondendo.

-Vais ver que eles vão chegar bem.

Assim que ela acaba de dizer esta frase , ouve - se os portões a serem abertos do lado de fora da ORDEM. Eles tinham acabado de chegar, falta saber se bem ou mal e se vinham todos inteiros.
Entraram pela sala e nao vi grandes ferimentos. 

Rebekah : Então ? Como correu ? Estávamos preocupadas.

Klaus: tivemos algumas surpresas , não fomos totalmente bem sucedidos mas estivemos bem. Não tivemos baixas.

Olhei para o Philip, ele estava minimamente bem. Notava-se que estava um pouco fraco visto ter sido baleado na missão anterior e ter ido de seguida combater em outra missão,  no entanto , mantinha a postura. 
Olhou para mim de volta e trocamos estes olhares durante uns 5 segundos. 

Klaus: houve uma descarga de humanos no cais. Não estávamos à espera. Apareceram apoios de Nova Iorque para nos ajudarem. Só conseguimos impedir que 50 humanos fossem transformados ou mortos, os outros 50 foram levados antes de atuarmos.

Bonnie: agora descansem por favor.  Estiveram em dois confrontos de seguida e não têm descansado minimamente.  Nós estamos bem como podem ver mas vocês precisam de alimentação e descanso.

Levantei - me.

- Bem, eu vou para o meu quarto, só estava à espera que vocês chegassem para me certificar que chegaram bem mas agora acho que vou subir. - Disse sorrindo um pouco. 

Eles desejaram - me boa noite.
Quando passei pelo Philip ele meteu o braço na minha frente impedindo - me de passar. Olhei para ele. Ele não disse nada durante segundos. 

- Vou já ter contigo.  - Disse-me baixo. 

- Tudo bem. - Respondi baixo. 

Subi para o meu quarto. Assim que lá entrei deitei - me e fechei os olhos na esperança de descansar um pouco. 
Alguns minutos depois ouvi passos no corredor, passos pesados. Era ele. Não me movi.

Bateu à porta.

-Sim ? - Respondi.

Philip: Posso entrar ? - perguntou. 

- Podes mas se me vens tratar mal ou amarrar - me com força podes ir embora e arranjar outra vítima que te dê gozo.

Ele entrou e não disse nada.
Olhei para ele e acompanhei o percurso dele desde a porta até ao sofá que se encontrava no fundo do meu quarto.

Philip: Como é que tu estás ?

- Estou normal. Melhor do que quando cheguei. Felizmente há pessoas aqui que me tentam ajudar e que não me magoam.

Philip: Não te consigo entender, tanto estás preocupada comigo como já não queres saber de mim para nada.

- Estou a fazer o que fazes comigo. 

Philip: Nunca deixei de me preocupar contigo.  Pode parecer , mas nunca o fiz.

-Então porque o dizes ? Estás aqui a falar bem comigo e se for preciso amanhã já me estás a tratar mal. Eu não quero isso para mim.

Philip: Não sabes o porquê. 

-Sinceramente não sei se quero saber Philip.   Eu só quero saber o que devo fazer aqui - Levantei - me - quero saber o que és para mim e o porquê de não gostar da maneira como me tratas mas mesmo assim não me conseguir afastar de ti.

Ele levanta - se. 

Philip: Não te habitues dessa maneira a mim por favor. Eu estou aqui como teu protector mas eu tenho medo que isto passe daqui. Tento ser rude contigo para impedir que aconteça algo, que eu erre e tente fazer com que sejas minha.

Engoli em seco e olhei para ele.

- Tens razão.  És apenas meu protector. , nada mais... é assim que tem que ser. - Disse sentindo as lágrimas a chegar ao meu rosto.

Ele dirigiu - se à porta.

Olhei-o. Ele amarrou no puxador da porta e abriu-o. As lágrimas escorreram pelo meu rosto.
Ele olhou para mim.

Philip: Amanhã deixo - te ir ver a tua família e os teus amigos. Eles estão numa espécie de dormência e pensam que estás a estudar fora. Faz o teu papel e assume uma personagem de quem realmente está a estudar fora. Não quero ter de entrar na mente deles de novo para convencê-los que agora vai ser raro ires a casa.

Olhei-o.

-Obrigada. - Respondi ainda com lágrimas.

Ele estranhamente sorri um pouco.

Philip : Não sou tão rude quanto pensas.

Após ter dito isto , fechou a porta levemente.

Não aguentei. Levantei - me , abri a porta, corri pelo corredor e abracei-o.
Apercebi-me que ele estava um pouco confuso e sem saber o que fazer.
Senti os braços pesados dele rodearem as minhas costas.

Olhamos um para o outro e descemos no elevador até à sala comum.

*

THE ORDER.Onde histórias criam vida. Descubra agora