Capítulo VI

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(Dave)

- Hei, tu. - Ronny chamou-me, fazendo parar de olhar a Aubrey que conversava com a Jane, perto da piscina. Olhei para os dois lados, notei que só falava comigo porque já não tinha mais ninguém naquela pequena sala de estar.

- Dave. - ele tinha esquecido meu nome, então repeti.

- Onde você conheceu a minha Lady? - perguntou com a voz rouca rastejante.

- Numa festa. - respondi, seriamente.

- Ela é bonita, não é? - Porque raios, ele me faz essa pergunta?

- O quê?

- Muito bonita, sabes? - sorriu e repetiu. - Muito...muito... Bonita.

- Sim. - Fixei os olhos no sofá e pensei nela com todos os detalhes. Cada vez mais, ele me provava que não merecia a Aubrey.

- Eu não costumo a sair com miúdas mais novas, mas esta... - falou, enquanto eu olhava para o quintal. - Está é diferente. Vou escrever uma música sobre ela... - Isto chamou - me atenção. - Sobre os joelhos da Aubrey. - Mas não por muito tempo. Franzi a testa e olhei bem para a cara de pau dele. - Nós vamos fazer sexo esta noite.

- Yeah.- respondi, para ele continuar a falar.

- Não vou te mentir, há muito tempo que espero este momento é finalmente vamos fazê-lo. - Eu começava a ficar nervoso e com raiva da Aubrey ter escolhido um homem desleixado, esfarrapado tirar lhe a virgindade.

- Então, onde será? - perguntei, não muito interessado, depois de soltar o ar que prendia já a muito tempo.

- Provavelmente, na minha van. - respondeu, um pouco envergonhado.

- Shit. - sussurrei, desapontado.

- Tenho que tirar aquela bateria de lá. - falou, um pouco preocupado.

- Ronny, isso soa inesquecível. - disse, ainda desapontado. - Muito inesquecível. - repeti com ironia. Ele levantou, com um olhar ameaçador sobre mim, coçou o nariz. Eu me manti calado e quieto, sentado no tapete.

- Eu vou agitar o meu pequeno Wayne. - Não me perguntem porque também não sei o que ele quis dizer. Depois dele sair da sala, levantei decidido a convencer a Aubrey a mudar de ideia. Procurei em todos os cantos, que podíamos entrar, da casa e não a encontrei em nenhum deles.
Eu devia ter pensado antes que ela é diferente de todas que estão aqui, então deve estar isolada num dos lugares que não podíamos ficar, segundo a amiga da Jane.

Encontrei ela numa sala bem espaçosa, sentada num piano, de lá saía um som melancólico que foi interrompido quando ela notou a minha presença.
Aproximei - me lentamente e esperei ela começar a falar.
Sempre que eu deixasse ela falar, com aqueles lábios carnudos e rosas que sempre fazem uma dança linda quando ela fala, quase que sentem cada palavra que sai da língua dela.
Era tão bom ouvi - lá, porque sempre me surpreendeu.
Sorri ao notar que ela tinha confessado sem perceber que gostava de mim. Já há muito tempo que eu não notava isto numa menina que eu acho muito bonita e muito meiga para gostar dum moço que nem eu.

- Não, não venha com esse sorriso. - ela disse, com as bochechas rosas de tão envergonha que estava.

- Você gosta de mim. - disse, a tentar conter meu sorriso.

- Não... Não.. - Negou, mais para ela mesma do que para mim. - Agora, você é o tipo convencido e garranhão? - berrou, muito nervosa.

- Eu acho. - respondi, a verdade. Porque eu me sentia assim naquele momento.

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