Capítulo XII

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(Dave)

Para conhecer a Aubrey, é necessário ter uma mente aberta. O tempo corria, nunca pareceu passar tão rápido e só agora está me caindo a ficha de que durante essas duas semanas que se passaram, eu comecei a aprender detalhes maiores ainda, dos que eu conhecia da Jane.
Assim como eu, Aubrey também foi passando a me conhecer mais. Existe uma reciprocidade entre eu e ela que não há com ninguém. Como se tivéssemos conectados e pudéssemos ser transparentes um para o outro.
Eu gostava de ir colecionando cada parte dela aos poucos. Cada coisa, por mais pequeno que fosse, cada detalhe, por mais irrelevante que fosse, que ela me entregava ou que eu descobria. Detalhes da sua vida pessoal, coisas que ela gosta ou não, o que lhe chateia, aquilo que ela tem medo ou o que deseja. Sua fruta preferida é morango e é viciada em chocolate. Ela tem nojo irracional de minhocas, tem mania de roer unhas, gosta de usar roupas confortáveis e tem uma marca de nascença na virilha, que descobri numa quarta feira, foi o dia que finalmente ela conheceu o meu quarto.

- Sua mãe está? - Aubrey perguntou, quando chegamos em minha casa.

Me limitei a olhar para ela, porque não sabia se a minha mãe não estava. Fomos ao meu quarto e ficamos a ver algumas peças de filmes que nós gostaríamos de comentar um com o outro. Volta e meia a beijei enquanto segurava firme a sua cintura, entrelaçando nossas pernas, ela tremia ao meu lado e não pude deixar de notar o quão frágil ela parecia, tão meiga e macia. O nó na garganta aumentava enquanto tomava consciência daquilo " Você me deixa completamente louco" eu disse para e ela, e Aubrey apenas sorriu, escondendo a cara no meu peito.
As minhas mãos passeavam por baixo do tecido de algodão da sua camisola, sentido sua pele macia, beijando seu pescoço quando segurei os seios pequenos em meus dedos, ela se afastou ligeiramente com uma risada.

- Sua mão está gelada. - soltou uma lufada de ar.

Eu só sorri e a beijei de novo. Ela aproximou-se de mim e eu tentei afastar meu quadril para que não sentisse minha ereção. Não acho que ela se importou, já que se pressionou contra o meu corpo e eu contra o dela.
Ela respirava no meu rosto e a primeira vez que ouvi um gemido, algo pulsou lá em baixo de tão excitante que o gemido soou. Eu queria a ela, cada pedacinho, cada curva, cada arranhão...
Beijei a Aubrey com veemência, agarrando os cabelos dela enquanto ela me puxava pelo pescoço. Era como uma explosão acumulada, algo que estava muito longe de acontecer e finalmente, BOOM!
Nos beijavamos com tanta vontade e tanto desejo ou expectativa. De realmente querer estar ali e fazer aquilo. De não precisar me preocupar muito se ela iria gostar ou não. Lembrei que era a primeira vez a estarmos próximos depois do desastre que foi a primeira vez e tentei inutilmente desacelerar o ritmo.
A gente tirou a roupa, peça por peça, descobrindo aos poucos partes de nossos corpos que nem nós conhecíamos. Depois de tirar a blusa, ela ficou deitada a minha frente, muito envergonhada e muito linda. Tentou puxar uma almofada para esconder - se, mas não deixei. Fiquei por cima dela e envolvi a cintura fina da Aubrey com o meu braço esquerdo. Dei beijos no pescoço e voltei para beijar a boca dela.
Me beijava com vontade e desespero, a textura da língua era úmida, macia e quente que não parava de mexer-se.
Os mamilos ficavam endurecidos cada vez mais que tocavam levemente no meu peito. Ela respirava freneticamente, acho que tentava fazer pouco barulho, mas  começou a soltar-se quando dei beijos ao redor do mamilo e passeia a língua no mesmo já duro, enquanto isso apertava o outro seio com a minha mão, provoquei - a desse jeito por bastante tempo.
Dei alguns beijos na barriga e chupei o umbigo, ela tremia toda. Peguei na calcinha rosa, fiz uma simulação de estar a tirar, ela pegou a minha mão de imediato, aproximei - me e dei um beijo nela, para transmitir confiança. Tirei a calcinha, peguei a camisinha que estava na cabeceira e coloquei em mim. Me posicionei entre as pernas dela e dei uma estocada bem forte irracional. Todo corpo dela contraiu - se e senti me um animal.

- Te machuquei? - perguntei, com medo.

- Continua. - Ela respondeu, depois de respirar fundo com os olhos fechados.

Começamos a nos mover de forma desajeitada, mas muito melhor que a última vez, ela me apertando com as pernas e segurando meus braços com tanta força que doía. Nos abraçavamos sem saber direito o que fazer mas sem sentir vergonha por isso. Nossas peles suadas em cima de camadas de cobertores, deslizando um sobre o outro. Conseguia sentir a sua quentura em volta do meu ombro. Mordia meu lábio inferior com força depois  mordia o meu ombro, dando leves sucções.
A apertei com força tentando ficar o mais próximo possível dela, como se pudéssemos virar um só e ficar ali para sempre. Segurei sua cintura mantendo seu corpo imóvel enquanto escutava seus gemidos já incontroláveis no meu ouvido e saí de mim quando senti a intimidade dela me apertar foi o estímulo certo para libertar - me.
Quando tudo acabou, ficamos deitados na cama nos olhando nos olhos, constrangidos e sem conseguir tirar o sorriso bobo do rosto.
Ficamos abraçados por horas, sem precisar de trocar uma única palavra, só sentindo um ao outro.
Minha mãe bateu na porta e a Aubrey tomou um susto, eu agradeci eternamente porque o habitual é ela ir entrando.

- Fala mãe. - gritei encarando a Aubrey, ela tentava abafar um riso.

- O jantar está servido. - Minha mãe respondeu, logo em seguida ouvimos sons de passos que iam se distanciando.

- Vem cá , você . – Puxei a Aubrey para mim, dei um beijo casto. Enterrei a minha cabeça no  seu pescoço e fechei os olhos, só queria aproveitar aquele momento em silêncio. A muito tempo que ouvi várias historias sobre sexo e após sexo, nada do que ouvi se compara aquilo que sinto quando estou com a Aubrey.

Foi nesse momento em que decide que nunca mais irei ouvir o que os outros dizem à sério como levava, porque cada um fala de sua experiência, a forma como encaramos as experiencias que a vida nos proporciona varia de pessoa para pessoa, de personalidade para personalidade. As vezes, os nossos amigos contam histórias distorcidas, que foram contadas por pessoas que também foram contadas por pessoas que inventaram as histórias para enganar ou para enterter o pessoal.

Virgens Sedentos Onde histórias criam vida. Descubra agora