Capítulo VIII

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(Dave)

- O negócio é o seguinte... - A Aubrey começou a falar, mal atendi o telefone. - Meus pais foram à uma festa.

- Isso é bom. - disse.

- Você deveria vir aqui. - disse, depois de uma respiração pesada.

- Sério? - Sooei bastante empolgado para o meu gosto, então limpei a garganta e repeti: - Sério?

- Quer dizer, se você quiser. - falou, apreensiva. - Você quer? - perguntou.

- Sim. Eu acho certo. - Gaguejei a ansiedade já me dominava. - Quando?

- Daqui à 45 minutos? - perguntou, mais calma.

- Está bom para mim. - respondi.

- Tchau. - despediu e encerrou a chamada.

Corri para o banheiro, queria estar com a pele fresca e muito suave porque eu pretendia dar muitos beijos na Aubrey e poderia acontecer mais que isso.

Será que eu deveria levar camisinha?

Não. Ela iria pensar que eu já tinha planos de fazer sexo, tão cedo, nem um mês juntos tínhamos. Não seria digno dela, muito menos do seu órgão genital.
Por outro lado, eu posso dizer que ando sempre com preservativo mas não estaria a ser verdadeiro porque não sou esse tipo de cara.
Sai do banho ainda com esta dúvida a martelar a minha cabeça, vesti uma camisa cinzenta e calças pretas com sapatilhas cor - de - vinho da Superga, pensei os meus cabelos curtos para cima, me dava um ar mais rebelde. Encontrei me a olhar - me no espelho, confuso com meus pensamentos que não devia ter surgido.

- Não - disse para o meu reflexo, tentando afugentar os pensamentos obscenos. - Não, você não é assim. Você não é o tipo de cara que anda com a camisinha. - dei uma pausa e encarei o preservativo em cima da cómoda. - Você não é assim. - repeti.

Vá lá Dave, é só uma camisinha.

Peguei no preservativo e meti no bolso, muito confiante com a minha decisão, soltei o ar e ergui os ombros. Afinal de contas, poderia não acontecer o que eu estava a pensar e ela nunca saberia que levei o preservativo naquela noite.
Estava muito seguro com a minha decisão até chegar a varanda e mudar de ideia drasticamente. Voltei para o quarto frustrado por perceber que não tenho instintos de um pegador e decepcionado por não ter coragem de tentar ser algo que não era, nunca fui.

Eu faria uma surpresa melhor que preparei naquela tarde de domingo, para ela ter certeza que me importo com ela e que se quiser ficar comigo, não terá que se preocupar pois eu estou totalmente aberto para ter uma relação com ela.

Abriu a porta despreocupada, mas quando me viu com a caixa que eu tinha nas mãos, as rugas na testa se formaram em um segundo. Entrei a porta a dentro, subi pelas escadas correndo porque a caixa estava a me escapar pelas mãos e fui até ao quarto da garota que me seguia.
Pousei a caixa no carpete favorito da Aubrey e me dei a oportunidade de olhar para aquela menina deslumbrante à minha frente. Estava linda com os olhos azuis brilhantes e curiosos, o cabelo amarelo estendido pelos ombros, vestia uma blusa leve que dava oportunidade os mamilos fazerem uma saliência e calções bem curtos e meio rasgados que dava para ver o bolso. Eu estava louco para tocar - lhe aquela pele que...

- O você tem aí? - perguntou com um olhar desconfiado, me tirando do meu devaneio.

- owh - pigarriei - Eu te trouxe uma coisa... - fiz uma pausa quando notei que ela criava expectativas. - Não é grande coisa, é apenas como flores, mas eu não te daria flores porque sei que você não gosta de romantismo. - expliquei, convencido.

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