~~Dean~~
Eu adorei encontrar Sam, sério. Fiquei surpreendido ao vê-lo cantar, ainda mais com uma garota que eu pensei, por um mínimo tempo, nunca ter visto na vida. Mas agora com os olhares faiscantes de Gabriel, estou quase desejando não o ter encontrado. E persistindo com o desejo de jogar o arcanjo na frente de uma lâmina angelical.
- Então...
Sam levanta as sobrancelhas, esperando resposta da pergunta antes feita. Pigarreio.
- Claro... Mas deixei os papéis no quarto.
Ele afirma rapidamente. Gabriel se pronuncia por fim.
- Quer que eu pegue, Dean?
O arcanjo não olhava para Sam dês da saída de Ruby. Os olhos de Samuel se reviram.
- Pode ser... Eu acho.
O mesmo desaparece no ar e aparece de novo, com no mínimo seis segundos de intervalo. Estende os papéis com tudo que descobrimos para mim, e logo depois passo para Sam. Ele olha e depois bufa.
- Eu... Nao sei se é uma boa ideia ajudar. Vocês estavam bem sem mim, o caso é de vocês, afinal.
Levanto as sobrancelhas e sorrio irônico.
- Então está amarelando?
O mais alto revira os olhos de novo.
- Claro que não, apenas...
O estímulo a continuar e o mesmo olha para Gabriel, que estava ocupado conversando com Castiel.
Agora é a minha vez de revirar os olhos.
- Sério?
- Não é você que tem um arcanjo aparentemente furioso com algo insignificante.
O citado parece ouvir, pois revira os olhos e suspira. Afirmo lentamente e falo, já convencido.
- Então, fica ou vai?
Suspirando, parecendo pensar, fala.
- Droga. Somente vamos logo com isso.
Sorrio, vencedor. Mas no fundo, sinto algo ruim revirar o meu estômago.
Isso vai dar tão errado.
***
Depois de ler e contarmos tudo, Sam está a par do caso. Fomos dormir, e ele continuava no quarto que havia pegado quando saiu do bunker. Sozinho, meu estômago novamente se revira. Fala sério, eu já comi um hambúrguer gigantesco, não pode ser fome. Instinto? Ele nunca falhou, mas agora... Não posso dizer para Sam abandonar o caso. Contudo não parece se referir a isso, e sim a como vamos reagir a tal bruxa. Sinceramente, eu já a odeio.
***
Flashback
O silêncio no carro não me incomodava. Gabriel, no banco de trás, limpava a sua arma contra anjos. Nunca iria admitir, mas aquilo está me intimidando. Castiel ao meu lado, olhando pela janela com um olhar sonhador. Reviro os olhos internamente. Ele apenas esta olhando a janela. Nada demais.
- Então... - começo - agora iremos achar qualquer motel de beira de estrada e parar para descansar - eles me olham - Ok. Eu vou parar para descansar. Então, de manhã, faremos pesquisa de campo. Você sabe mostrar um distintivo, não é Gabriel?
O arcanjo revira os olhos.
- Pode não saber, mas eu sou muito inteligente. E eu vejo seriados policiais.Vou ficar quieto enquanto faz as perguntas. Irei irrita-lo quando sairmos da casa da vítima com a minha genialidade, nada de diferente, não acha?
Enquanto falava, balançava aquela maldita lâmina.
- Eu riria se isso tivesse graça. Mas primeiramente: Seriados policiais não ensinam nada do que é ser policial.
- Como se você fosse um - ele sussurra.
Bufo irritado. Respiro fundo e prossigo.
- Apenas, por favor, pare de balançar esse arma, ok?
Ele olha para o objeto, como se fosse a primeira vez que o visse, e dá de ombros. Logo após um tempo, pergunta:
- Falta muito?
Gabriel não vai fazer isso, não é? Diga que não.
- Nem tanto. Meia hora de viagem pelo menos.
Ele afirma. E começa a cantar. Alguma música de carro irritante, sobre uma família e como ele são idiotas por não raciocinar que não pode se colocar dez pessoas em um carro cheio de malas. Suspiro irritado.
- Dá para parar?
O arcanjo parece fingir não me ouvir. Vejo um sorriso surgir no rosto de Castiel. Ele fazia a batida da música, enquanto Gabriel cantava. Não parecia ligar para a minha raiva. Fecho os olhos por um momento, apertando o volante com força. Eles param finalmente, trazendo paz por míseros vinte segundos.
- Falta muito?
Então ele fazia assim. Cantava musicas, perguntava se faltava muito.
E eu, pela primeira vez na vida, queria chorar e gritar por causa daquele maldito arcanjo.
***
Desperto dos meus pensamentos e deito, cansado. Amanhã será um longo dia.
**
Acordar com batidas insistentes na sua porta era algo incômodo, talvez pior que um balde de água fria. Sam ou Castiel ouviriam algumas coisas por me acordarem assim. Levanto da cama e abro a porta ranzinza, aonde vejo Gabriel com uma cara não tão diferente da minha, mas que sorri irônico ao me ver.
- Parece que a Bela Adormecida acor...
Bato a porta na sua cara e bufo, apenas para me virar e o ver de braços cruzados.
-...dou. Seu pai não te deu educação?
Reviro os olhos.
- O que quer?
- Eu e Castiel viemos acordar vocês, precisamos fazer algumas coisas.
Franzo a testa.
- Por que não foi chamar Sam? Ele é seu namorado. Ou qualquer coisa que vocês sejam.
Gabriel parece tenso por um mínimo momento, mas volta a sua postura rude.
- Se eu fosse o chamar, demorariamos demais.
Arregalo os olhos. Ele ri e suspira.
- Eu iria conversar com ele sobre aquela vadia, apenas isso.
Reviro os olhos.
- Já me chamou, estou acordado e com uma imagem na mente do meu irmão com você que gostaria e apagar. Agora com licença, eu vou me vestir.
- Ficou educado agora?
Pego a lâmina angelical na bancada e aponto para o arcanjo.
- Não. Agora saia.
Gabriel bufa irritado e desaparece. Guardo a arma e me visto, logo passando pela porta dando de cara com todos me esperando. Sam de um lado, Castiel no meio e Gabriel muito afastado.
- Você demorou, Cinderela. Agora dá para irmos logo?
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Notas Finais.
Quem será que falou isso? *risos*. Eu amei essa fala, mesmo. Gabe e Dean tem os seus desentendimentos mas sabe como é *risos*. De qualquer maneira, faça uma autora feliz e deixe o seu voto e comentário! Me fazem continuar a escrever :)
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Você mal sabe
FanfictionLogo após tirar a Marca de Caim de Dean, não foi a Escuridão que voltou, e sim um grupo de seres mortos pelos irmãos e Castiel, ou os que deram a sua vida para salva-los. Uns raivosos, outros simplesmente felizes. Por sua vez, Gabriel estava no grup...