Promessas, Promessas

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No dia seguinte, Quarta aula;

Minha mãe tinha uma regra esquisita para segredos.

Quando eu tinha sete anos, ela me explico que eu nunca deveria ter um segredo. Minutos Depois, cheguei perto de Dinah e contei que meus pais tinham comprado um castelo de LEGO com princesas para o aniversário dela.

Ela começou a chorar, e minha mãe me chamou de novo e explicou que todo mundo descobre uma surpresa mas, segredo ninguém deveria descobrir.

Ela me olhou bem nos olhos e disse em um tom muito sério que ter segredo era errado e que ninguém tinha o direito de me pedir para guardar algum.

Queria que ela tivesse estabelecido a mesma regra para promessas.
O problema da promessa é que, assim que você faz a promessa, é claro que será quebrada.

É como uma regra cósmica que ninguém comenta. Se seu pai diz: "Promete que não vai chegar tarde em casa", é claro que o carro vai quebrar, ou o relógio vai parar por mágica, e seus pais não vão te dar um celular, então não dá pra ligar para eles e dizer que você está atrasada.

É sério, ninguém deveria ter o direito de pedir que se cumpra uma promessa - principalmente se nem todos os fatos são levados em consideração.

Dinah não foi justa em me fazer prometer que não falaria com Lauren. Ela não levou em consideração o fato de Lauren ter voltado para a escola.

Não tinha as mesmas lembranças que eu. Eu não pretendia falar com Lauren de novo mas, o único problema era - e por que Dinah me fez prometer - que eu já estava com medo do que estava para acontecer.

Fiquei sem ar enquanto esperava à porta da sala de artes.
A palma da minha mão estava tão suada que escorregou na maçaneta quando tentei abrir a porta. Acabei empurrando a porta e olhei para a mesa na primeira fileira.

-Oi, Mila - alguém disse.
Era Normani. Ela estava sentada na carteira ao lado da minha. Mascava chiclete enquanto tirava o giz pastel da caixa.

- Você viu o documentário que tínhamos que assistir sobre Edward Hopper? Meu DVD quebrou.

- Não. Esqueci. - olhei ao redor para ver se Lauren estava lá.

Taylor estava sentada na última fileira, fofocando com Selena. A professora Adele estava em sua mesa, trabalhando com a sua mais nova escultura "pré-reciclagem", e alguns alunos entravam nas sala antes do sinal.

-Ai, que saco. Você acha que vai ter alguma prova? - Normani perguntou.

- É aula de artes. A gente pinta enquanto ouve música clássica - dei uma olhada na sala mais uma vez. -Duvido que tenha prova.

- Que mau humor é esse?

- Desculpa - peguei meu material e fui me sentar perto dela. - É que estou de cabeça cheia!

Meu desenho da árvore estava sobre meu porta-lápis. Eu queria odiar aquele desenho. Eu queria rasgar tudo e jogar no lixo. Mas, em vez disso, peguei o desenho e copiei aquelas linhas perfeitas, com todo cuidado para não manchar o carvão.

-Não entendo por que você se importa com ela. - Normani disse pela sexta vez desde ontem.

- pensei que tinha falado que essa tal Lauren era gatinha.
Fiquei olhando para o desenho.

-Mas ela era.
O último sinal tocou. Alguns segundos depois a porta abriu de vagar.

Olhei e esperava ver Lauren. Do mesmo jeito que esperava me encontrar com ela no shopping ou em qualquer esquina no centro da cidade depois que ela desapareceu.
Mas foi Shawn Mendes quem entrou. Era auxiliar da secretaria. Shawn acenou para nós duas e entregou um bilhete para a professora Adele.

O Divino Uivo Da Meia Noite - Amor Proibido-Onde histórias criam vida. Descubra agora