... Continuação...
Mais tarde ;
Não sabia quantas pessoas iriam se lembrar de Lauren Jauregui. Ela só tinha alguns amigos quando era criança, e tinha saído da escola antes do primeiro ano do ensino médio.
Mesmo assim, eu esperava que o retorno de alguém como Lauren fosse pelo menos gerar controvérsia e fofocas.
No entanto, já havia outro escândalo assolando os corredores da escola, deixando a volta de Lauren em segundo plano: a morte de Amilly Stewart, devota e professora de estudos da bíblia, babá da infância de muitos da escola e voluntária em quase todas as atividades escolares.
Senti uma turma me olhando de lado e cochichando enquanto andava pelo corredor. Eu estava acostumada a ter gente falando de mim, e me observando. Fazia parte de ser da família Estrabao.
Minha mãe sempre dizia para ter cuidado com as roupas que eu usava, para não ficar na rua até tarde ou escolher os filmes que assistia no cinema pois, as pessoas tinham como referência de comportamento o que os filhos do pastor podia fazer. É ridículo mas, acho que na verdade ela estava mais preocupada com as pessoas terem um motivo para falarem mal da filha do pastor.
Como as conversas que estavam rolando hoje.
A diferença é que era o nome do meu pai e da Dinah que aparecia nas conversas interrompidas quando eu me aproximava.Um monte de gente teve a decência de defender meu pai contra as acusações de Rosana Stewart de maus-tratos mas, as notícias se espalham depressa em uma cidade pequena.
Era inevitável que especulações malucas sobre o "envolvimento" da minha família na morte de Amilly aparecessem por toda a parte.
Um monte de baboseira do tipo "ouvi dizer que o pastor se recusou a levar Amilly ao médico e disse que ia expulsar ela da paróquia se ela não fosse ao médico..." ou essa que ouvi na entrada da quadra: "Eles falaram que a Dinah está tomando um tipo de remédio que a deixou meio doida quando a Amilly ficou doente..." - é, sinto dizer que tive que quebrar a regra que tinha estabelecido para Lauren de não falar palavrão na escola.
Embora estivesse triste e distraída como eu estava, só conseguia imaginar como Dinah estava se sentindo.
Normani foi a única pessoa gentil ou sem noção para falar comigo pessoalmente sobre tudo o que tinha acontecido nas últimas vinte e quatro horas.
-Beleza. - disse Normani, assim que me sentei ao lado dela na aula de arte.
-Primeiro: aonde é que você estava ontem à noite?
-Segundo: o que "ela" está fazendo aqui? - Normani apontou para Lauren que estava com os braços cruzados no peito, e os pés sobre uma mesa no fundo da sala.
-Terceiro: o que aconteceu com sua irmã, ela está bem?
-E quarto: é melhor que a primeira e a segunda resposta não tenha nada a ver uma com a outra! - ela apertou os olhos e cruzou os braços.
-Eu quero respostas amiga! - ela disse.
- Peraí, para começar, desculpa por não ter aparecido ontem a noite. Fiquei presa no trânsito. - ressaltei.
-Trânsito? Aqui? - Normani apontou para Lauren.
-Você foi até o centro da cidade, e estava com ela. - Normani disse baixinho.
-Não estava, não. - desvie o olhar.
-Eu sei que ela mora no centro da cidade porque a vi perto do ponto de ônibus hoje de manhã. - Normani sussurrou.
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O Divino Uivo Da Meia Noite - Amor Proibido-
FanfictionA filha pródiga. Um Amor perigoso. Um segredo mortal. Ao ver sua irmã adotiva Dinah chegar em casa coberta de sangue, Camila, filha do pastor local, soube que algo terrível havia acontecido. Na mesma noite, Lauren Jauregui, a jovem que morava pr...