O Divino Uivo Da Meia Noite - Amor Proibido-

Tentação Pt. 2

...continuação...

Um segundo depois ;

A barra de meu vestido simples e preto subiu pelas minhas pernas e meus sapatos de salto de domingo até que ficaram bem sexy no apoio da moto.
O motor roncou de novo, e a moto voou. Joguei meus braços em volta da cintura de Lauren.

O ar gelado batia no meu rosto, roubando lágrimas dos meus olhos.

Escondi meu rosto nas costas de Lauren e senti uma mistura de cheiros familiares - amêndoas, tinta a óleo, terra e um toque de verniz. Nem me perguntei por que estava naquela moto.
Eu só sabia que tinha que estar ali, com ela.

Fomos direto para o centro da cidade. Os ombros de Lauren estavam tensos e tremiam como se mal pudesse esperar para correr mais rápido mas, estivesse apertado o freio por minha causa.

O sol se afogava em um carmesim por trás da linha do horizonte da cidade quando finalmente paramos em um beco deserto em uma parte que para mim parecia desconhecida.

Lauren desligou o motor. E o silêncio fez meus ouvidos latejarem.

-Quero te mostrar uma coisa, camz. - ela disse animada, enquanto descia da moto com facilidade para a guia e saiu andando.

Uma dor chocante subiu pelas minhas pernas congeladas quando coloquei os pés no chão. Eu cambaleei ao andar como se não houvesse chão sólido. E Lauren desapareceu atrás de uma esquina.

-Lauren, espera! - Gritei, tentando ajeitar meu cabelo mais do que bagunçado pelo vento.

-Não é longe. - ouvi a voz dela lá na frente.

Dobrei a esquina e entrei em um beco escuro e estreito.
Lauren estava no final do beco em frente a dois pilares de tijolos e um portão de ferro que bloqueava o seu caminho.

-Este é o meu santuário. - Ela agarrou uma das barras do portão. Uma placa de alumínio presa a um dos pilares dizia: Memorial da família Escaybrava.

-Um cemitério?
Lauren, você vem passear em... Um cemitério? - Vacilei ao me aproximar do portão.

-A maioria dos meus amigos cultua vampiros. - Lauren deu de ombros.
-E depois eu também já freqüentei lugares bem estranhos.

Fiquei olhando para ela, boquiaberta. E Lauren riu.

-Isso aqui é um Memorial, e não um cemitério. Não tem túmulos, nem gente morta.
A não ser que o segurança nos descubra. Mas, essa é a entrada dos fundos então, provavelmente não vamos encontrar ele.

-Então... Isso quer dizer que não deveríamos esta aqui? - disse, fitando-a.

-Claro que não. - ela soltou uma arfada de ar, e um barulho estranho ecoou na rua atrás da gente.

Lauren pegou meu braço e me puxou para um canto sombrio na parede do prédio ao lado. Seus braços ficaram em volta da minha cintura, e minhas mãos se acolheram no peito dela.

-Eles trancam o portão à noite por causa dos vândalos. - ela sussurrou.

O rosto dela estava tão perto do meu que senti sua respiração quente na minha bochecha. O frio que eu sentia foi embora e um calor percorreu meu corpo todo.

-Vamos ter que pular o portão e ficar longe dos postes de luz.
-Lauren olhou de lado para ver se o caminho estava livre.

-Lauren, não! - me aproximei de novo ao lado da parede. Dessa vez congelando mais do que nunca.

-Você sabe que eu não gosto dessas coisas.
Não entro em lugares proibidos nem quebro regras; mesmo as pequenas
- pelo menos eu tentava - não vou fazer isso. - Falei baixo temendo ser ouvida pelos seguranças.