12- Fenix

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Quando achei ter chegado ao fim, uma luz começou a clarear. Eu estava de volta a porta do club em que eu minhas amigas haviamos ido a uma festa a um tempo atrás.

Eu estou vendo o sol.

Estou completamente nua, cheia de cortes e feridas como se eu tivesse sido espancada nas ultimas horas.

Alguma coisa está errada, era para eu estar morta!

A policia chega me cobre com um coberto e me leva para a delegacia. Chegando na entrada da delegacia reconheço minha mãe, só que ela esta com cara de mais velha, como se viver este tempo sem mim a tivesse feito envelhecer uma vida.

Após um monte de papelada assinadas por minha mãe dois policiais me encaram e dizem que não estou em condição de dar depoimento e falam para minha mãe me trazer para um depoimento assim que eu estiver em condisões de falar claramente.

Sou levada para casa junto com minha mãe no carro de policia. Eu não a deixo tocar em mim, fico parada em um lado da janela e recusei todas as vezes que ela tentava se aproximar de mim.

Chegando em casa vou tomar um banho e depois sento no sofá da sala e encaro a televisão desligada.

- Você quer assitir querida? - Pergunta minha mãe ligando a televisão. - Voce passou muito tempo fora, achei que haviam te matado.

Eu queria que tivessem me matado. Eu acheu que tivessem me matado. Mas não falo nada.

- Filha, não quero te abandonar, mas eu estava no mercado na hora que a policia me ligou e agora preciso ir lá pegar o carro que está com sua amiga Marta!

O nome de Marta faz meu corpo tremer. Foi por causa dela que tudo isso começou. Culpa dela e das amigas dela e de minha mãe.

Não digo nada. Minha mãe sai com o celular na mão discando para alguem.

Começo a prestar atenção na televisão e percebo que está passando uma entrevista com duas pessoas que lançaram um livro sobre psicopatas. Quando olho para a televisão tenho a impresão que aqueles são tigre e coruja, suspeita que confirmo ao camera da um close nas mãos do homem, reconheço sua tatuagem de coruja e suas unhas pretas, tambem percebo as unhas de tigre e tenho certeza, são eles!

Eles que me sequestraram me humilharam me reduziram a pó. E agora estão em uma entrevista ao vivo na televisão.

Vou para a cozinha e pego uma faca. As facas aqui em casa sempre foram muito afiadas para evitar acidentes. Passo o fio da faca sobre meu braço e já não sinto dor, começo a beber meu sangue e entro em extase. Assim como aqueles monstros falavam, meu sangue era uma delicia. Eu bebi durante um bom tempo até minha mãe entrar pela porta da frente.

- Filha?

- Estou aqui na cozinha! - Minha voz soava fria e maligna assim como a do coruja.

Ouço os passos da minha mãe vindo, me mantenho de costas para ele e quando ela encosta sua mão em meu ombro viro e enfio a faca na altura do coração. Não houve tempo para gritos nem choro, ela morreu na hora.

Caida ali no chão eu abro o corpo dela e começo a comer os orgãos dela. Como tão intensamente e saboreio a carne maravilhosa que está a minha frente.

Depois de comer boa parte do tronco dela, me levanto e vou tomar banho para me limpar, coloco uma rouoa diacreta e vou saindo pela sala deixando o corpo da minha mãe jogado na cozinha.

Antes de sair olho para a televisão e o coruja está falando.

- Mentes psicopatas costumam brincar com suas vitimas como se elas não tivessem sentimento nem dor.

A frieza em sua voz é a mesma que sempre usara enquanto estive sob seus dominios.

- Agora chegou minha vez de brincar com você, coruja! Prepare-se para conhecer a fúria de Fenix!

Agora não vou mais ser tomada pelas mãos do medo. Agora irei jogar toda essa sociedade de humanos insolentes nas mãos do medo!

Nas Mãos Do MedoOnde histórias criam vida. Descubra agora