Somos Tão Jovens

Quase Submersos

Como combinado, Danny foi conosco no carro de Derek.

E talvez não tenha sido uma boa ideia.

Digo... Era eu quem deveria estar ali no banco da frente, não ele. Na verdade, era eu ter feito exatamente isso, desde que pus os pés no veículo.

Não que eu esteja com ciúmes, claro.

Não! Bom... Isso não vem ao caso.

O negócio é o segundo que Derek voltou de Nova Iorque, eles trocaram poucas palavras. E olha que já se passaram seis meses. Eram somente coisas banais. "Oi, bom dia, boa tarde" esse tipo de cumprimento.

Mas olhando para eles agora, naquele momento, enquanto desatavam a conversar. Parecia que faziam isso sempre. Estavam tão tão entrosados. O assunto? Basquete... Meu ponto fraco. Se ao menos fosse beisebol ou lacrosse...

Se tem uma coisa que Derek Hale gosta - tipo muito mesmo - é. Depois de jogos é claro.

A aproximação repentina deles estava me irritando. Não sei o motivo. Cheios de sorrisinhos, cheios de piadinhas sobre os jogadores. Talvez... Eu disse 'talvez' eu esteja com um pouquinho de ciúmes mesmo.

Nota mental: pesquisar e absorver conteúdos sobre basquete.

Alguns perguntariam: E porque você não se sentou no banco da frente? Para início de conversa...

A resposta é simples! E quase óbvia!

Uma certa amiga me puxou com toda a "delicadeza " do mundo. E me jogou no banco detrás. Dizendo que queria conversar comigo.

A conversa em só não durou nem dois minutos. Pois logo o seu celular começou a vibrar. Nem precisei perguntar para saber que eram mensagens de Matt.

Só pra deixar claro: esses dois são um grude.

E lá estava ela com os fones de ouvido. Ignorando completamente a minha presença frustrada.

A qual é... Isso não se faz. Me puxa pra cá e me deixa sozinho assim.

Não aguentando mais a conversa sobre o grandioso assunto, basquete. Pego meu fone. E coloco no aleatório. A primeira música a tocar é; Talk Tonight da banda Oasis.

Sibilo a letra da música em um sussurro que só eu ouço. Enquanto observo a paisagem mudar para uma mais tropical.

Os coqueiros começaram a surgir. Dali dava para ver um pouco da areia ao longe. E tinha uma visão parcial do píer.

Sentindo a maresia tocar o meu rosto. Fechei os olhos curtindo aquela sensação gostosa. Enquanto cantarolava o refrão da música. Acabei por mais uma vez me lembrar do beijo que Derek me deu na noite anterior. Me perdi em meus pensamentos e nem ao menos notei que já havíamos chegado. Só percebi quando uma Malia exasperada passou a estalar os dedos na minha frente.

- Ei, sonhador acorda... Chegamos. - falou animada. Sacudindo meu ombro.

- eu não estava dormindo OK!? - falei saindo do carro. Aspirando o ar ao meu redor... era tão bom!

- pois parecia... no que estava pensando? - perguntou. Me puxando para longe do carro.

- em nada.

Murmurei distraído. Não ia falar que estava pensando no primo dela. Puxei a minha camisa e logo me despi da minha bermuda. Expondo ao mundo a minha supimpastica - e convidativa - sunga do Batman.

Que fique claro o tom irônico.

- a qual é, Stiles conta vai.

Malia insistiu, empurrando meus ombros.