Somos Tão Jovens

Um fim para um começo

Saímos do banheiro com os cabelos ainda gotejando. Cada um usando um roupão negro e felpudo que Derek pegou de dentro de uma gaveta, de um pequeno armário que ficava debaixo da pia. O banho foi muito bom, mas eu estou exausto. Realmente, fodidamente exausto. Tenho quase certeza de que se eu me deitar naquela cama, e repousar minha cabeça sobre o meu travesseiro, vou dormir de imediato.

Derek ria de uma piada sobre sexo anal idiota enquanto andávamos, me fazendo rir também. Ao menos agora ele achava engraçado.

Meus olhos se voltaram a um dos porta-retratos sobre uma pequena mesa, enquanto seguíamos em direção a porta. Cora, Malia e Derek estavam na fotografia, ao lado do pai e de um outro homem, atlético e louro.

— Derek seu idiota, me diz que esse aqui não é o quarto do seu pai. — o fitei incrédulo. E pensar que no banheiro nos tentamos dar netos ao homem. Com muita vontade e empenho.

— eu digo que não é o quarto do meu pai. Já que você quer que eu diga. — Derek sorriu, se divertindo com a situação, enquanto dava de ombros.

Só ele mesmo para não ter medo de ter usado o banheiro do pai de motel. Vai que o Sr. Alexander chega e nos pegue... No ato.

— você é um idiota. — afirmei, antes que ele me beijasse novamente. — e quem... é aquele? — perguntei, entre o beijo, encarando a fotografia de soslaio, apontando para o loiro que sorria exibindo os dentes, enquanto o Hale mantinha uma feição mais séria. — um tio seu? — perguntei me aproximando da fotografia olhando-a melhor.

— não. — o moreno sorriu, negando com a cabeça. Derek me abraçou por trás, apoiando o seu queixo sobre o meu ombro. Um mania dele que eu estou adorando. — é o meu padrasto... Meu pai provavelmente está na casa dele. — murmurou baixinho, última parte. Passando a beijar o meu pescoço.

OK, acho que por essa eu não esperava. Tipo; não esperava mesmo!

Nem tive como fazer uma pergunta sobre, pois o moreno me puxou, me jogando em cima da cama. Me deixando sem qualquer reação pelo ato repentino. Derek se deitou ao meu lado, com o braço sobre o meu peito e a perna sobre as minhas coxas, tomando os meus lábios. Nossas línguas dançavam enquanto o moreno subia em mim, se sentando sobre as minhas coxas. Sorri entre o beijo, com as mãos já sobre o nó que lhe amarrava o roupão, tentando desata-lo esquecendo totalmente onde estávamos. Enquanto levava minha mão por entre as suas pernas e segura seu membro. Apertando-o, querendo deixá-lo pronto para mim.

Nem ouve tempo de eu pensar em desatar aquele nó, de dar mais lambidas naquela bunda gostosa. Ou pensarmos em usufruir de uma terceira rodada naquela noite. Pois uma voz grave cortou qualquer linha de raciocínio em mim e clima entre nós. E em Derek também, pois seus olhos só faltaram saltar das órbitas.

— Derek?!

Virei meu rosto em direção a porta tão assustado quanto Derek, que fez o mesmo. E lá estava ele, como uma previsão se tornando real; Alexander Hale vestido de forma casual, com uma feição de espanto e surpresa no rosto. Ao seu lado estava o cara da foto, o padrasto de Derek, com a mão na boca segurando, o que eu acho que seria, o riso.

— papai... — o moreno se apressou em se levantar, com uma “pequena ” elevação no roupão, que ele não pareceu se importar, ou apenas resolveu ignorar no momento. Nem mesmo eu soube ao certo dizer como me levantei e me apressei em me colocar atrás do moreno, tentando esconder a minha animação...

— pode me explicar que significa isso, rapaz? — o homem deu três passos a frente, com as grossas sobrancelhas negras arqueadas e os braços se cruzando rente ao peito.

O loiro permaneceu encostado no hall da porta, mantendo um sorriso divertido... Divertido só para ele, porque as minhas pernas estavam tremendo mais do que bambu num vendaval.