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Acordei com uma forte dor de cabeça. A luz que escapava pelas frechas da persiana castigava meus olhos, que ainda permaneciam fechados. Por um tempo recusei a me levantar. Reunindo forças. Antes de, com muita esforço, seguir para o banheiro.

Agora de frente para o espelho, encarando meu reflexo, pude constatar o estado deplorável que eu me encontrava. Os olhos estavam um pouco fundos e as olheiras se faziam presentes, mesmo de forma sútil. Um presentinho, além da ressaca, da noite anterior, mal dormida.

— Estou acabado.

Declarei a mim. Caminhando até o box, me posicionando abaixo do chuveiro.

Soltei um suspiro com o toque morno da água. Que descia livre por todo o meu corpo, relaxando toda a minha musculatura. Fechei meus olhos e logo flashes da noite anterior vieram a minha mente. Disparadas e incessantes. Uma em especial deixava meu corpo quente.

Toquei meus lábios com as pontas dos dedos. Focando na lembrança que me atormentava, o beijo. 

O beijo do Derek, Meu beijo, nosso. Me lembrava perfeitamente de como era quente e como sua língua parecia dançar em minha boca, junto a minha. Com a lembrança do beijo meu membro ganhou vida, da mesma forma como acontecera durante o ato.

Mordi o lábio inferior. Cedendo aos caprichos hormonais. O jeito era me aliviar. Segurei minha ereção e comecei a fazer movimentos rápidos e firmes, querendo acabar de uma vez. Chegar no ápice. Enquanto sonhava com a boca do moreno no lugar da sua mão, engolindo todo o meu pau.

Quando senti que já estava prestes a gozar, comecei a fazer movimentos mais lentos passando o polegar na glande inchada imaginando ser a língua dele.

"Ah Derek" gemi baixinho. Sentindo um formigamento percorrer todo o meu corpo. Senti todo o líquido ser expelido em jatos fortes e espessos. "esse cara ainda me mata." Pensei, observando a agua levar todo o meu prazer de encontro ao ralo.

Peguei a toalha e me enxuguei o mais rápido consegui. Pesquei uma cueca na gaveta e um short. Fui até a cômoda, onde se encontrava o meu celular. Queria ver as horas.

— Nove e meia, ainda? — Balbuciou, semicerrando os olhos.

Sentei na cama, ignorando a dor de cabeça, observando as notificações que ignorei.

Estava refletindo sobre a brilhante ideia de voltar a dormir. Mas a minha barriga possuía um plano bem melhor.

Deixei o celular na cama e me dirigi até a porta. Assim que pus os pés para fora do quarto um aroma delicioso de panquecas e café invadiu minhas narinas, me atingindo como um tapa. Minha barriga roncou alto, parecia que um urso morava ali. Eu estava com muita fome, não comi nada na noite anterior. Desci as escadas o mais rápido que consegui, dando de cara com meu pai colocando as panquecas já prontas em um prato, falando:

— Bom dia filho.

Disse ao me dar um abraço apertado. Típico de um pai coruja como era. Tendo um pouco de dificuldade em depositar um beijo no topo da minha cabeça.

— Se divertiu muito? — Ele quis saber. Pegando uma xícara com café, tomando um pouco do líquido amargo.

— Com certeza.

Confirmei, sentando-me a mesa. Não demorei em pegar um prato com panquecas e colocar uma quantidade exagerada de calda de chocolate por cima.

— Muito. — emendei. Pegando um copo de suco de laranja.

John assentiu brevemente. E ergueu as sobrancelhas ao lembrar-se de um detalhe.

— Soube que você beijou o primo da Malia, o Derek!

Somos Tão JovensOnde histórias criam vida. Descubra agora