Doce canção

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 Lento e calmo. Foi assim o início e o desenrolar do beijo. Curtíamos a sensação dos nossos lábios se encostando, movendo-se um sobre o outro. Derek me abraçou apertado e eu o abracei de volta. Logo sua língua pediu passagem que prontamente foi cedida por mim. Abri lentamente minha boca deixando que toda a sua língua entrasse, ela movia-se afoita. Causando uma leve cócega ao tocar no céu de minha boca. Seguro a vontade de rir.

Suas mãos estavam firmes na minha cintura, fazendo com que nossos corpos ficassem colados. Sentia o bater da água – em meu corpo – que se remexia calmamente ao nosso redor. Foi então que eu percebi. Eu estava praticamente imóvel. Eu dei início ao beijo... Eu! Eu deveria corresponde-lo. Me agarrei aos cabelos da parte de trás de sua cabeça – quase de forma desesperada, como se fosse uma boia salva-vidas – dando uma leve puxada. Aprofundando ainda mais o nosso beijo, invado a boca do moreno com a língua, começando a movimenta-la. Nossas línguas pareciam estar em um ringue, onde brigavam por espaço. O prêmio? A boca do adversário. Com a outra mão livre segurei sua cintura, a apertando.

Um sorriso de canto surgiu em seus lábios. Quando o beijo chegou ao fim. Olhávamos olho no olho. Estava odiando o ar por ter exigido entrar nos meus pulmões num momento tão impróprio.

Minha mente ainda flutuava em sua boca. Assim como meu corpo flutuava no mar

— esse foi melhor que o último. — Derek esticou os lábios num sorriso. Ainda se mantinha agregado a minha cintura.

A câimbra já havia passado. O suficiente para que eu conseguisse mover a perna sem travar. Mas eu poderia fingir né!?

— eu pego o jeito rápido. — afirmei. fazendo-o gargalhar.

— sempre tão engraçado Stilinski.

Derek balbuciou. Aproximando seu rosto do meu. Tão perto. Apertei sua cintura e nuca e ele fez o mesmo, ambos desejosos pelo contato.

Mas quando íamos nos beijar novamente. Escutamos um assovio ao longe. Derek bufou abaixando sua cabeça, repousando em meu ombro. Eu olhei em direção a praia – por cima de seu ombro – e um fino feixe de luz cortou minha visão. Virei meu rosto para o lado contrário.

Depois de alguns segundos – piscando incessantemente os olhos – direcionei minha atenção para a beira da praia. E lá estavam as duas loiras... Erica e Heather, bisbilhoteiras não é atoa que tem o mesmo sangue... Que merda preta é aquela no rosto da Heather?

— vem... Vamos voltar.

Derek avisou e com um suspiro de afastou. O observei subir e se deitar na prancha, enquanto segurava a corda que ligava meu tornozelo a minha prancha, a puxando com força desnecessária.

— cuidado. Puxa devagar.

Derek tentou me avisar mas foi em cima da hora. A prancha fez cosplay de mercúrio e veio como um raio em minha direção, deslizando veloz sobre a água. Acertando em cheio o meu ombro. Nossa como doeu.

— Mas que caralho. — Choraminguei, massageando o local atingido.

— você tá bem?

Derek perguntou “sério”. Olhando na direção contrária.

Claramente estava se segurando para não rir de mim. Até eu daria risada... Se não fosse eu na situação. Concordei com a cabeça afirmando que sim.

Subi em minha prancha assassina e remamos até a praia, encontrando apenas Heather ali. Erica havia voltado para o grupo.

— tem certeza que não está doendo? — Derek perguntou apontando para uma, agora evidente, mancha avermelhada em meu ombro.

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