Capítulo 3

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Henry: Claro que você sabe! Se não, não saberia que aquilo ia acontecer. Me fala agora o que era aquilo Maya, por favor!
Maya: Henry eu...
Jeff: Maya! - Ouvi meu pai gritando no outro lado da rua. Henry me soltou e eu peguei o skate. Meu pai veio até onde estávamos e parecia irritado. -
Maya: Pai, não é nada do que você tá pensando!
Jeff: Ah não?! É o que veremos! E você rapaz, nunca mais chegue perto da minha filha!
Maya: Pai! O Henry é meu amigo!
Jeff: Você não precisa de amigos assim!

Ele puxou meu braço e saiu me arrastando até em casa. Ao chegarmos, ele me empurrou pra dentro fechando a porta bruscamente. Dessa vez estava chorando de verdade, minha mãe me abraçou por trás preocupada comigo.

Maya: Não precisava agir daquela maneira! A gente só estava conversando!
Jeff: Eu vi o tipo de conversa de vocês! Quero longe dele, e quer saber? Eu devia fazer  com aquele garoto o mesmo que eu fiz com os outros!
Maya: Não! - Gritei me soltando dos braços da minha mãe -  Você não vai fazer nada pra ele! A gente não tava fazendo nada de errado!
Jeff: Não me importa! Não fará diferença! Ele vai morrer do mesmo jeito!
Maya: Mais que droga! Eu só quero ser uma pessoa normal e você faz o favor de estragar minha vida, sempre que eu consigo um amigo você o mata e nunca me deixa sair a noite! Se eu pudesse escolher, você nunca seria meu pai! Você é doente! Louco! E infelizmente eu herdei isso de você! Some da minha vida! Não preciso de você nem da sua proteção!

Corri para o quarto, minha mãe tentou conversar comigo, mais eu bati a porta com toda a força. Agarrei uma bonequinha de pano me deitando na cama. Desandei a chorar loucamente. Eu estava com raiva, com muita raiva! Passei o dia naquele quarto, deitada na cama e chorando rios de lágrimas, o travesseiro já estava encharcado. Logo ouvi a porta se abrir, continuei deitada de costas para a porta.

Jeff: Maya...

Ignorei o chamado. Meu pai apareceu na minha frente e se ajoelhou no chão me olhando. Desviei o olhar pra qualquer lugar que não fosse para  ele.

Jeff: Maya, não queria que ficasse assim. Eu fiquei com raiva só de pensar que minha menina tá crescendo. Sabe o que vai acontecer se você se envolver com alguém. Slender estar com raiva da gente e com certeza ele vai querer afetar a mim e a você, eu me preocupo demais com seus sentimentos, não quero que sofra por alguém quando esse alguém for morto pelo Slender. Eu não vou matar aquele garoto mais não se aproxime dele. Se Slender descobrir, irá matá-lo. E você sabe disso.
Maya: Então eu vou ficar sozinha pro resto da vida? Eu só queria alguém pra conversar, fazer brincadeiras a toa, nada sério. Eu só queria um amigo em que eu pudesse confiar, e o Henry era essa pessoa ele me ajudou quando precisei. E na praça eu que estava o ajudando. Mais Você estragou tudo! Não precisa se preocupar. Henry não vai mais se aproximar de mim com um pai como você!
Jeff: eu sinto muito filha... Mais eu só quero o seu bem. Só isso.

Ele me abraçou e eu continuava chorando. Parecia que as lágrimas eram infinitas, eu não conseguia controlar. Ele me abraçou mais forte e eu correspondi ao abraço.

Jeff: Desculpa filha... Não gosto de te ver assim.

Fiquei calada enquanto ele me abraçava. Logo meu pai me soltou passando a mão no meu rosto. Enxugou minhas lágrimas, que caiam cada vez mais.

Jeff: Não chora querida... Não quero te ver assim. Vem jantar.
Maya: To sem fome. - Falei fechando a cara e parando totalmente de chorar, é incrível como eu mudava de expressão rapidamente. Meu pai não questionou, saiu do quarto me deixando sozinha. Olhei a boneca de pano e apertei ela com toda a força, agora eu estava com raiva! Com muita raiva! Nem se eu matasse milhões de pessoas, iria me acalmar. Peguei um canivete que estava na cabeceira da cama e comecei a enfiar na boneca, perfurei ela completamente, tentei aliviar minha raiva, mais era inútil, eu estava com raiva e não era pouco. Arremessei a boneca na parede e cravei o canivete na cômoda. Depois de um tempo adormeci.
No dia seguinte acordei meio tarde, minha mãe me obrigou a ir a escola, não soltei uma palavra, Nem questionei, acho que eu queria ficar mesmo longe daquela casa por um tempo. Vesti uma calça jeans escura e uma camisa de manga longa preta, calcei a mesma bota de ontem e fiz a mesma maquiagem preta. Tentei esconder as olheiras o máximo possível. Deixei meu cabelo solto. Mal penteei ele. Tava meio bagunçado. Passei direto pela sala. Não dei beijo nem nada nos meus pais. Não tava com cabeça pra isso, cheguei na segunda aula.

Jeff The Killer - Um Amor Proibido.Onde histórias criam vida. Descubra agora