E Agora ?

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- Você não tem nada que se intrometer! Isso é assunto meu e dela! - Disse Lipe ainda me segurando.-

- Se você não soltá-la agora, vai desejar nunca ter nascido!

- Ah é ? E vai fazer o que ? Hein babaca ?!

- Quer mesmo saber ? - Disse Jeff se aproximando. Ele puxou Lipe pela camisa em seguida um soco no rosto. Percebi ele tirando a faca das costas então segurei sua mão antes de uma tragédia.

- Jeff! Não faz isso!

- Me solta Mieko! Eu não quero te machucar!

- E eu não quero que você machuque mais ninguém!

- É uma pena...

Jeff me empurrou fazendo eu sentar no banco, foi até Lipe e começou a dar facadas na barriga. Várias facadas! A última foi no coração, o matando de vez. E eu como sempre, desesperada, fui testemunha de mais uma morte e não podia falar nada. Jeff estava todo sujo com o sangue do Lipe, guardou a faca e veio até mim que virei o rosto com raiva.

- Ele não vai mais te incomodar.

- Vai ser assim ? Cada vez que uma pessoa me irritar você vai matar ?

- É o meu trabalho. E já falamos sobre isso.

- Jeff, você já matou dois colegas da minha turma! E eu fui testemunha de todos dois. E ainda tem a história da minha mãe que eu estou sem entender até agora!

- Eu sinto muito... Mais é para o seu próprio bem...

- Meu bem ? Matar as pessoas que amo ?! Então por que não se mata! Acha que se isso acontecer vai me fazer bem também ?!

Me levantei e saí andando, Jeff Segurou meu braço me entregando uma camisa, tinha até me esquecido o que Lipe tinha feito com minha blusa. Coloquei a camisa por cima e saí voltando para a sala. Dessa vez eu fui a primeira a entrar na sala. Deitei minha cabeça na mesa e fiquei lá enquanto os alunos não chegavam. Logo senti segurarem minhas mãos, olhei pra frente e era o Jeff ajoelhado na minha frente. Soltei minhas mãos e voltei a deitar na mesa virando o rosto, tentando segurar ao máximo as lágrimas que insistiam em cair.

- Eu sei que o que eu fiz foi errado. Mais ele também não agiu certo com você. E quando eu vi vocês dois juntos, eu fiquei com ódio, principalmente dele. Sei que não foi sua culpa, mais Mieko... Eu nunca senti nada por ninguém como eu sinto por você. Você deve achar que sou um assassino, sim, achou certo. Mais eu jamais faria algo que não fosse necessário, e quanto a sua mãe... Eu confesso que ainda estou zangado com ela. Só que... Isso não tem nada a ver com você. Então não fique brava comigo. Não entende que eu estou me arriscando pra ficar com você ? Se o Slender descobre, eu tô ferrado.

- ....

- Fala alguma coisa Mieko... Por favor...

- ....

Logo os alunos começaram a entrar e Jeff voltou pra sua cadeira. Continuei de cabeça abaixada até o final da aula. A professora não reclamou. No caminho eu fui junto com a Fê.

- Amiga, me explica uma coisinha.

- O que ?

- Eu vi quando eu entrei na sala. Aquele gato em frente a sua carteira. É sério o negócio ?

- Não tem negócio nenhum.

- Tá. Mais você nem participou da aula, ficou dormindo a hora toda.

- Eu não estava dormindo. Só não estava com cabeça pra aula.

- Sei.

- Mieko... - Dizia uma voz atrás de mim. Me virei e nada mais nada menos que Jeff. -

- O que você quer ?

- Conversar.

- Eu não tenho nada pra conversar com você. Vamos embora Fê.

Puxei ela pelo braço apressando o passo. Jeff puxou minha camisa me fazendo voltar.

- Eu disse, que temos que conversar! - Falou me olhando seriamente. -

- Hã... Amiga, eu... Hã... Nos falamos mais tarde, tchau gatinho cuida bem da minha amiga!

Fê saiu correndo enquanto Jeff ainda me segurava.

- Me solta.

- Não. Você nem se obrigou a me escutar na sala.

- Porque eu não quero ouvir nada que saia de você! Me esquece!

Tentei me soltar mais foi tentativas em vão.

- Jeff... Por favor.

- Tudo bem... Depois não diga que eu não avisei, eu tentei conversar civilizadamente, e você não quis.. Agora vá.

Estranhei aquele comentário mais fui embora. Voltei pra casa e minha mãe estava ajeitando o almoço na mesa.

- Oi filha. Vem almoçar. O prato hoje tá de se lamber os dedos.

- Não mãe... Eu não tô com fome.

Subi para o meu quarto e logo minha mãe entrou fechando a porta.

- Filha, agora eu quero que você me explique quem era aquele rapaz que eu encontrei aqui.

Suspirei por um bom tempo, peguei o boneco do Jeff e mostrei a ela.

- Ele.

- Mieko, eu não estou brincando! Quero a verdade.

- Mais essa é a verdade! Estou apaixonada por Jeff The Killer!

- Isso é loucura! Eu já vi esse cara nos seus filmes, mais com você ? Nada disso!

- Mãe lembra que quando a senhora o encontrou aqui ? Eu o chamei de Jeff. E a pele branca? Os olhos vermelhos... Isso não te lembra nada ?

- Bom... Mais... Ele... Não! Isso é loucura e se for verdade essa história. Você estar proibida de se encontrar com esse... Esse... Esse psicopata!

- Talvez seja o melhor... - Falei me deitando na cama e abraçando o boneco. -

- Filha, não fique assim... Eu... Não sei nem o que dizer pra te ajudar.

- Me deixe sozinha. Já uma enorme ajuda.

- Tá. Qualquer coisa estou no meu quarto.

- Ok...

Ela saiu fechando a porta. Fui para o banheiro e deixei a água do chuveiro cair sobre minha cabeça por uns vinte minutos. Saí e vesti o meu pijama, nem penteei o cabelo, apenas deitei na cama e comecei a chorar. A qualquer hora muitas pessoas estariam morrendo sem ter culpa de nada, mortas pelo cara que amo. O barulho novamente vindo do banheiro. Ignorei e fiquei deitada. Mais uma vez o barulho. Continuei deitada... Senti a respiração pesada e um sopro frio no meu ouvido.

"Go To Sleep"

- Vai embora Jeff... Ou melhor... Vai embora Jeff The Killer. Você não me assusta!

A risada macabra de sempre começou. Parecia estar bem próximo a mim. Continuei deitada sem mover um músculo, iria fazer de tudo para esquecê-lo. E eu iria conseguir isso. A risada ficou mais alta e ameaçadora. Respirei fundo agarrada ao travesseiro. Logo tudo silenciou. Mais foi aí que eu ouvi o grito da minha mãe. Desci as escadas correndo e fui até o quarto dela. Assim que entrei vi minha mãe caída no chão coberta de sangue. Seu pescoço estava cortado... Os braços... E um furo enorme na barriga. Fiquei em choque ao vê-la ali. Morta. Não sabia se chorava ou se me derramava em ódio. Ambulância seria inútil. Eles iriam acionar a polícia e eu não queria dar nenhum depoimento do que aconteceu. Resolvi eu mesma enterrar minha mãe, por mais doloroso que seja, eu tinha que ser forte. Já era tarde da noite. Arrastei o corpo até o cemitério que não era muito longe. Demorei um bom tempo pra cavar um buraco, mais consegui, coloquei minha mãe dentro e a cobri com a terra. Coloquei uma rosa em cima me ajoelhando na terra molhada. Começou a chover como sempre. Continuei ali, totalmente desolada, sem saber o que seria da minha vida agora. Depois de afogar minha lágrimas junto da chuva, me levantei enxugando as lágrimas.

- Você vai me pagar caro Jeff...

Jeff The Killer - Um Amor Proibido.Onde histórias criam vida. Descubra agora