Capítulo 2

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Quando o médico me examina ja estou conseguindo abrir melhor meus olhos, mais percebo que meu rosto esta machucado devido os repuxões que estou sentindo.

- Bem vinda Ana Clara, sou o Doutor Benjamin Lacerda e estou te acompanhando desde que deu entrada no hospital, você fraturou a coluna e quebrou a perna, além dos hematomas e arranhões pelo corpo.
Agora gostaria de saber o que esta sentindo.

Com um pouco de dificuldade falo:

- Dor na cabeça e sinto meu rosto repuxar...

Com um aparelho que parece uma pequena lanterna ele passa a luz nos meus olhos.

- Seus reflexos estão bons e vou pedir para a enfermeira te dar uma dosagem maior de remédios para dor.
- Doutor e a água? ela deve estar com sede.

Minha cabeça da um estalo e antes de o doutor falar qualquer coisa eu me apavoro e todos se voltam para mim.
Ainda não consigo abrir bem os olhos mais não entendo o que está acontecendo, estou sentindo meu corpo dolorido e estou começando a ficar inquieta.

- Ana Clara você tem que ficar calma.

Nesse momento a enfermeira chega com a medicação.
O Doutor já vai aplicando no soro.

- Meu amor eu estou aqui, logo vamos para casa.

Ele novamente fala e me beija.

- Quem? Não eu não... eu não s...
- Amor...  porque você está me olhando assim, como se não me conhecesse...  sou eu Henrique...
- Não ... eu não conheço você ...

O doutor se aproxima mais uma vez e começa a me fazer perguntas.

- Como você se chama?
- Não sei, não me lembro.
- Que ano você esta?
-Não sei, não sei...

E começo a chorar.

- Calma, Ana Clara calma, por favor enfermeira aplique uma dosagem de calmante na veia para que ela não fique agitada.

E em fração de segundos vejo uma enfermeira tirar o homem do quarto e vem outra e ja aplica algo no meu braço e tudo vai sumindo, meu corpo vai ficando pesado, cada vez mais pesado, até não ver nem sentir mais nada.

Estou em um lugar vago e vejo um homem bem distante de costa para mim, eu estou triste e sozinha tem um buquê de rosas vermelhas em minhas mãos, são lindas mas elas murcham e se despedaçam...
Em seguida vejo aquela menina de novo com as orquídeas e o vestido rosa ela esta feliz...
E ai vem um clarão...

- Oi querida!

Ouço uma voz suave e delicada, uma senhora esta sentada do meu lado me observando.
- Oi...
- Você esta sentindo alguma coisa?
- Sede
- Acho que você ainda não vai poder beber água, mas posso perguntar para o médico.
- Espere...
- Oi, pode falar meu amor.
- Não estou me lembrando do que aconteceu... não me lembro da senhora...
- Esta tudo bem, sua memória vai voltando aos poucos, não precisa ficar nervosa e nem fazer muito esforço.
Eu sou Joyce sua mãe.
- Eu não me lembro...
- Tudo bem, vou chamar o médico.

Ela me da um beijo no rosto e por mais que não me lembro dela ela me transmite segurança e paz.
E sai a procura do médico.

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