Capítulo 8

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A semana passo rapidamente não tive mais pesadelo e continuo sem lembrar de nada, ainda estou imobilizada, só que agora estou meia familiarizada com todos.
Amanhã tenho que ir embora, para a casa do Henrique e estou desesperada.
Tento não demonstrar, mas é o que eu sinto, essas duas semanas ele veio todos os dias me ver, quando não dava na hora do almoço vinha no jantar mas sempre o via de manhã, a maioria das vezes sem ter me levantado ainda.
Ele é um homem bom e carinhoso, tenho certeza que eu devo ama-lo, mas no momento só tenho insegurança e medo.
Estou parada olhando para um ponto fixo, lembrando das últimas palavras do Henrique, tem uns dez minutos que ele saiu e continuo no meu quarto ja me preparando para dormir.

- Henrique se eu precisasse de mais um tempo, você...

Ele me olhou com um olhar de desespero, mas não disse não.

- Amor sinto tanto, tanto a sua falta, mas só quero te ver bem, feliz.
Fique o tempo que precisar...

Ele me deu um beijo na testa como sempre e antes de sair me disse mais uma vez que me amava.
Ele chegou tão feliz me contando da nossa casa e depois que pedi para ficar mais uma semana ele foi embora triste.
Ouço uma batida na porta, que me tira desse estado de transe.

- Pode entregar.
- Oi filha.
- Oi mãe.
- Tudo bem?
- Tudo.
- Henrique saiu daqui triste, ele me disse que você pediu para ficar mais uma semana.
- Não estou pronta para voltar!
- Minha filha se você soubesse o quanto ele te ama...
Ele se tornou mais um filho para mim, meu amor você o ama tanto que nunca o magoaria, não quero influenciar sua decisão, mas sei que quando voltar sua memória você ficara muito triste com tudo isso.

Não falo nada, eu não quero realmente me arrepender quando minha memória voltar.
Minha mãe também me da um beijo e sai.
Demoro pegar no sono e sei qual é o motivo.
Sei que lá dentro eu devo ama-lo mas no momento não, estou confusa porque ja estou começando a conhece-lo e sei que realmente ele nunca me magoaria.
No outro dia acordei decidida a dar uma chance para o Henrique, sei que ele vem agora cedo para me ver e vou dizer que vou com ele. Pensei sobre isso a noite toda, devo estar com olheiras horríveis, tentei evitar até assuntos do nosso casamento, para não faze- lo criar expectativas.
Estou deitada, ele sempre me coloca na cadeira, dou um sorriso, uma vez o Guilherme tentou me colocar e me deu o maior susto, meu pai as vezes sente dor na coluna mas o Henrique ele é forte, me faz parecer uma pluma.

Ele me disse que faz academia três vezes na semana em casa. Me sinto tímida com ele e sei que deve ter sido sempre assim.
Ouço uma batida na porta, ainda não sei se estou tomando a decisão certa.

- Pode entrar.


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