Capítulo 14

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- Vamos jantar, fiz um macarrão  com molho branco .

Ele fala com um sorriso instantâneo que não tem como não admirar.

Estou na sala olhando fotos em cima do home, e estas fotos não me fazem lembrar absolutamente nada.
Em uma eu estou abraçando o Henrique, não tenho ideia que lugar seja aquele mas pelo meu sorriso e o dele percebo que foi um momento muito feliz, a outra foto é do nosso casamento, foi feito uma montagem ele realmente esta esbanjando sorrisos, me pego olhando seu traços; suas sobrancelhas, nariz, pescoço, boca. Devo estar ficando doida, tento me concentrar em outra  coisa.
Pego o porta retrato na mão, depois olho para a sala, a casa é aconchegante, alegre, volto a olhar a foto.

- Foi o dia mais feliz da minha vida!

Diz Henrique me tirando do meu devaneio.
Não falo nada, apenas o olho sem piscar.
Ele para na minha frente e eu prendo a respiração.

- Você esta certo...

Minha voz sai quase que um sussurro.

- Não quero me precipitar e só te peço um pouco de paciência.

Ele levanta a cabeça respira e me da um beijo na ponta do nariz e balançando apenas a cabeça que sim, em seguida pega o porta retrato que não sei em que momento o soltei e me ajuda a me sentar no sofá.
Não sei se ele percebeu mais estava acho que o estou observando de uma forma que não estava fazendo na casa dos meus pais.

- E o seu macacão   com molho branco?

Ele passa as mãos  nos cabelos e
Fala bem próximo do meu ouvido.

- Amor conquistei sua mãe com essa receita, ela  fala que o meu molho branco ganha do dela!

Ele fala de um modo natural, mais não quero não aceito que nos aproximemos e tento sair de perto. Estou de muletas, mas a dor no meu braço e ombro não passa.

- Meu amor vou te levar até a cozinha.
E ele me pega novamente no colo com delicadeza.
Não falo nada apenas seguro bem firme o roupão.

 -  Pronto pode me colocar no chão por favor?

Nossa não vejo a hora de melhorar para ele parar de me pegar no colo, realmente acho que eu deveria ter ficado com os meus pais e irmãos.

- Você esta bem?                                                                                                                                                                    - Sim, estou bem.

Como que eu vou fazer para dormir aqui sozinha com ele? e se eu precisar de alguma coisa?          Como por exemplo, preciso colocar as minhas roupas, arrumar meus cabelos.

- Ana não fique se torturando, tentando forçar a sua memória, não sabemos quanto tempo tudo isso vai durar, ja temos  o maior de todos os milagres, que foi você ter se salvado, você pode não lembrar, mas essa desconfiança, medo e aceitação tudo faz parte de você mesmo.                               Eu tive que conquistar a sua confiança, e sei que terei que fazer isso novamente, eu te amo e agora somos um só, em qualquer adversidade. 

- Como que sofri o acidente?                                                                                                                                            - Quer mesmo saber agora?                                                                                                                                              - Quero muito                                                                                                                                                                          - Seguramos ao máximo  para não deixar você agitada, vou te ajudar a sentar.

Depois que eu me sentei fiquei observando ele pegar os pratos e colocar tudo na mesa.                    Ele parece não querer falar do assunto, mais não vou desistir de saber, toda vez que perguntava para minha mãe ela falava que era muito sofrido para ela falar desse assunto, o meu pai ele mudava o assunto e ninguém nunca nem falou nada.

- Você prefere comer primeiro?                                                                                                                                        - Não, prefiro saber primeiro.                                                                                                                                          - Um mês atrás você estava fazendo muitas horas extras, iria ter uma conferencia de arquitetos e você e a Sara, a moça que trabalha junto com você, estavam super atarefadas, eu costumava sempre te levar e buscar nesses dias, para que não voltasse tarde para casa dirigindo, pois você ainda tinha um pouco de insegurança em dirigir em horário de pico.



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