OPS

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Cheguei em casa e fui direto pro banho relaxante, vesti uma blusa azul marinho de manga e shorts branco e desci. Precisava de um tempo com eles... cheguei na sala e os dois estavam à jogar dominó.
-Oi família linda.-Fale mim sentando em um banco entre os dois.

-Vamos uma partida...-Os dois falaram de uma vez só e sorri.

-Não, não. Só quero descansar... daqui a pouco tenho facu e vim passar um tempinho...

-Você é uma péssima amiga sabia? -Meu queixo caiu, mas é verdade. -E uma péssima irmã. -Dei um murro em seu braço.

-Aí.-Meu braço doeu.

-Que foi filha!-Minha mãe pegou minha mão. -Doeu? Só esse tapinha quase murro?

-Foi de mal geito... e você...-Apontei pra Kauã. -É um homem morto.-Ele riu. -Vai ser um homem fuzilado.-O fuzilei com o olhar.

-Estou morto agora? -Ele riu e eu dei um chute em sua canela já que não podia usar os braços.

-Aí. -ele ficou uma década falando "Aí".

-Isso é pra você aprender!-Até eu ver que estava doendo mesmo. -Ta doendo muito... desculpa...

-Ta vendo Lisa, sua filha é a pior amiga...

-Só não vou dar um murro nessa tua cara bonita por que ela é bonita! E eu gosto de suas covas. Se não... eu te daria um soco no olho esquerdo, o impacto seria tanto que o direito que iria ficar roxo.

-Vai ninja. -Minha mãe fala.-Kauã não atente sua irmã. E você,-Ela mim deu um tapa da coxa.-Não o ameace. -Revirei os olhos.

-Tudo bem mamãe, prometo que só irei bater nele... e não matá-lo.-Ganhei um tapa forte.-Ta bom! Sem batidas. -Eles rir. Levantei e deu de cara com Daniel e um sorriso enorme estampado no rosto.-Olha quem está aqui...-Os dois viram e ri.

-Esta vendo Daniel, não suporto está entre eles.-Daniel ri.

-São piores que criança.-Ele diz.

-Estamos aqui!-Falei e todos da uma gargalhada.

-É isso aí! -Olhei para Kauã e ele levantou o braço em redenção. -Não está mais aqui quem falou.-Ele coloca o braço no lugar de antes.

-Quer saber, vou sair daqui antes que os dois aparecessem com os olhos roxos.

-Ela bate mesmo ta! -Minha mãe falou se sentando.

-Você vai pra fora descalça? -Já estava na porta quando Daniel fala.

-Se pudesse, ela iria para qualquer lugar assim.-Kauã falou e ele sorri.

Os fuzilei com o olhar e saí. Fui para o parque onde fiquei no balanço, olhando um bando de árvores. Ate alguém surgir em meu campo de visão.

-Você gosta de mato né?- Daniel fala.

-Gosto. E de bater também, gosta de apanhar? -Ele riu, se sentando ao meu lado.

-Está tão meiga esses dias... o que está acontecendo? Não parecia que era assim quando chegou.

-Você não sabe de quase nada Daniel. Só estou sendo influenciada pela agressividade dos outros.

-Outros?

-Sim, outros. Essa é a terceira vez que alguém mim machuca.

-Te machucaram quão?

-Tanto que tenho traumas até hoje.-Dei uma pausa.-A primeira não inclui, mas a segunda foi intencional. Recebi um soco em meio ao queixo depois de terminar um relacionamento cristão.

-Cristão?

-Sim, sou cristã. Se não fosse o Kauã pra tirar ele de cima de mim, estaria morta agora. -Ele ficou em silêncio, só de lembrar Victor mim ameaçando meus olhos enchem de lágrimas... mas o pior é lembrar... de meu trauma.

-E o primeiro? -Não aguentei. Chorei.-Por que ta chorando?-Levantei.

-M-mim d-desculpa.-saí correndo para o outro lado entrando na casa.

Mim lembrei de tudo, cada detalhe de dor... tudo. Mim joguei na cama a chorar. Meu pior trauma... o único. -Não... sai dentro de minha cabeça!- gritei por dentro... chorei silenciosamente.

Depis de uma hora jogada na cama à chorar, decido mim levantar e tomar um banho longo... lavei meus cabelos e os escovei. Não ia pra faculdade com o olho desce geito. Visto meu pijama do homem aranha. Já disse que sou louco pelo homem arranha? É, eu sou. E mandei fazer um pijama pra mim. Oxe! Não quero ver ninguém... só quero minha cama, meu quarto! Pego os colares e deito tendo as lembranças, perfeitas lembranças de meu pai, e durmo. Acordo com batidas em minha porta. Levanto e abro dando de cara com Daniel. Quando ele viu meu olhos sua expressão mudou para preocupado.

-Não vai para a faculdade?-Faço não com a cabeça, ia fechar a porta mas ele coloca o pé. -Deixa eu te ajudar...

-Ninguém pode mim ajudar Daniel.-Fecho a porta voltando a mim deitar, até dormir no novamente.

...

Acordei cinco e quarenta, estava melhor... muito melhor. Coloquei tudo pra fora hotem, não tinha mais nada que pudesse chorar, talvez não tenha nem lágrimas para isso. Tomo banho e faço minha higiene matinal, visto meu outro terno, passo batom e desço. Todos estavam a tomar café. -Bom dia!-Mim sento a mesa.

-Bom dia.-Tomo um copo de suco de abacaxi. Daniel já mim esperava.

-Tchau mãe, tchau Kau.-Dou um sorriso de lado para Daniel.

-Tchau.

Entramos no carro, e seguimos para o trabalho. Entramos no elevador junto a cinco mulheres histéricas. Mas não liguei, saímos do elevador em silêncio.

-Pegue agenda e caneta. Vamos voltar só à tarde... iremos para Seattle.

Segui para minha sala, peguei uma agenda e caneta. Quando ia sair tinha um bilhete na mesa.

Ele é meu, então não se aproxime se não quiser ver sua família morta, depois mim divirto com você. Lise Karin!


Amor Verdadeiro: Não Era Pra SerOnde histórias criam vida. Descubra agora