Amor Verdadeiro: Não Era Pra Ser

OPS, DESCULPE

Olha quem voltou...

Até que fim você terminou com ele...

Ele era um cara legal... mas agora percebo que não o amei, só gostava. E da pra parar! Tenho uma coisa muito importante acontecendo agora. Então, se mim der licença... tchau!

-Não vou sem você. -Falei indo para a sala e deito no sofá.

-Você não tem escolha.-Ele falou sentando em minhas pernas.

-Mãe! -Falei um pouco alto para que escutasse, ela colocou apenas a cabeça ao lado da parede que separava a sala da cozinha.

-Ela não vai...-Minha mãe falou de forma convicta. Voltei a olha-lo e ele tinha um sorriso de canto.

-Agora sai de cima de mim. Você está gordo, precisa perder uns quilos.-Dei também um sorriso de lado.-Aproveita e vai daqui até lá no Canadá à pé. Talvez você perde uns... cinco quilos.- Ele mim olhou atravessado e eu ri. Kauã levantou minhas pernas e sentou no sofá colocando minhas pernas em seu colo. Ele deu um sorriso perfeito mostrando suas covas... tem tanto tempo que não as vejo... quando ele percebeu que eu já estava com um sorriso na cara, pegou meus pés e colocou no chão fazendo eu cair do sofá de bunda no chão.

-Mãe! -gritei, ela saiu correndo da cozinha. -Kauã mim jogou do sofá! -Falei igual quando criança, os dois estavam rindo da minha cara. Ele mim pegou no colo e mim colocou novamente no sofá. Ele estava mim olhando com aqueles olhos... aqueles olhos que mim queriam. Cheguei a pensar em também o querer... mas lembrei... mim lembrei de quando crianças... lembrei que ele é meu irmão. Desviei o olhar e ele tirou as mãos de mim se sentando no outro sofá.

-Eu vou ajudar sua mãe...-Ele começou a subir as escadas.

-Kau. -Ele mim olhou.-Minha mãe ta na cozinha.- Ele desceu as escadas e seguiu para cozinha. Suspirei e também fui pra cozinha.

Os dois estavam em frente ao fogão conversando.

-Já tentei, eu até falei pra ela... mas ela só mim vê como um irmão-amigo. -Quando ele falou isso mim senti super mal, mim escondi e subi as escadas indo para meu quarto. Abri meu guarda roupa vendo se tem algo pra fazer, peguei minha outra mala, só que pequena. Abri as gavetas e... esqueci de apegar os colares de meu pai, peguei todos. Peguei apenas meus batons e algumas fotos. Até encontrar uma com Victor.

-Não acredito que ele quis mim matar...-Peguei a foto e coloquei dentro na mala à fechando em seguida. Suspiro fundo ao lembrar dos momentos felizes que tivemos juntos, mas ao invés do Victor surgiu foi Kauã. Sorri.-É, talvez não existiu momentos felizes com Victor. -Aí eu lembrei da palavra de Deus, e dei conta que faz muito tempo que ele não falou comigo. Parei pra pensar o que o fez se afastar de mim... eu mesma. Victor, Ele nunca, nunca quis que eu ficasse com ele! -Mim desculpa Pai, me mostre. Peço que mim mostre sempre o que escolher, que caminho seguir.-Não ouvi o Espírito Santo falar comigo, ou eu não quis ouvir.-Pai peço que cuide do Victor, e quero agradecer pelo livramento de ontem. -Peguei minha bíblia em cima da mesinha do computador e coloquei dentro da mala.

Desci e minha mãe estava ainda na cozinha com o Kau.
-Por não deixamos a casa aqui, talvez um dia possamos voltar.-minha mãe pensou um pouco e concordou. -Queria sair daqui o quando antes, ainda são dez da manhã. Vamos umas três da tarde?

-Estava pensando em sair daqui o quanto antes, meio dia.-Kauã falou.

...

Já estamos no avião, minha mãe estava do outro lado, enquanto o Kau ao meu lado. Eu estava com a cabeça em seu ombro.

-Ainda dói? -Ele estava falando do meu queixo ou do meu coração?

Do seu coração bocó. Claro que é do queixo!