Hoje resolvi chegar bem pontual na empresa. Acordei bem disposta, principalmente a encontar um noivo. Será que vou ter que contratar um ator pra isso? Bem, se essa for minha última opção, sim. Só vou ter que domar meu papi, já que minha boca grande disse que ele conhecia meu noivo. Esperei pelo elevador, e graças a Deus não tem ninguém pra dividi-lo comigo.
-Segura aí! - ouvi alguém gritar, mas como eu não sou muito caridosa resolvi apertar o botão pra que o mesmo se fechasse. Mas a geringonça não estava querendo colaborar. Olhei para frente e vi que o desgraçado do Montanari corria para chegar a tempo do elevador fechar, comecei a apertar incessantemente o botão para fechar, e um sorriso lindo surgiu em meus lábios quando as portas começaram a se mover. Da mesma forma que o sorriso surgiu, ele foi embora, quando o infeliz segurou as portas e num pulo já estava ao meu lado. Eu mereço.
-Bom dia Bittencourt! - disse sorrindo. Esta muito alegre pra quem teve o salário cortado quase ao meio.
-Acho que ouvi o zunido de algum inseto! Acho que devo chamar a dedetização! - falei debochando, sem olhá-lo. E ele começou a rir. Ignorei.
-Concordo plenamente. Principalmente sua sala, lá tem uma barata muito asquerosa. - se tremeu como se tivesse tido arrepio.
-Muito engraçado! - ri sem humor. -Você devia ir trabalhar em um circo, pra palhaço só faltaria a roupa. - tirei meus óculos e o encarei.
-Pois é né, tenho muitos dotes. - deu um sorriso de canto bem sexy. Peraí, eu não disse isso.! -Sou ótimo funcionário, palhaço, chefe de cozinha, dono de casa, até ator minha querida chefe. - jogou-me um beijo no ar, o que me fez revirar os olhos. Espera!! Ele disse ator? Foi isso Nova York? (Soa melhor Brasil, eu sei! Tenho uma amiga que mora lá e vive falando isso, mas como eu moro em NY, tenho que ser conivente, certo?)
Por um momento uma ideia louca se passou pela minha cabeça, mas ela foi embora igual chuva de verão.-Não vejo um que preste Montanari! - falei com desdém. -Então, pensei que estivesse com raiva de mim. Vim tão feliz para cá hoje pensando que não iria ver sua cara e muito menos ouvir sua voz.
-Se engana minha cara! - sorriu, um riso meio rouco, que se fosse outra mulher no meu lugar teria se arrepiado. -Eu não estou com raiva de você - me encarou com uma cara brincalhona, e eu me surpreendi ao ouvir essas palavras. Como assim não esta com raiva? Cadê o Montanari? -Eu vivo com raiva de você, esse é um estado que não passa. -agora sim. Respirei aliviada, Montanari ainda esta aí. -E como eu sou seu assistente, tenho que te suportar assim mesmo. - fez cara de "porque eu meu Deus"?
O elevador abriu. Finalmente! Será que só eu percebi que esse elevador tava lento? Bom, eu sei que nosso andar fica no décimo quinto, mas qual é? Ninguém quis descer? Ninguém quis subir? O elevador não parou em nenhum andar! Isso é obra do capiroto, só pode!
A manhã foi bem tranquila. Montanari trouxe minha agenda, e é claro que trocamos algumas alfinetadas. Hoje tinha três reuniões. Uma era bem importante, um acordo com a New York Cosmetic, uma empresa bem importante, que fechado contrato, nos rendeira alguns bilhões. E adivinha? A gatissíma aqui, conseguiu essa acordo (na verdade, acho que aquele velho babão se interessou em mim, por isso fechou o acordo bem rapidinho. Só lamento por ele, pode até ter-me, mas só em sonhos). Então uma parte das minhas preocupações foram embora.
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Meu Noivo De Mentira
Romance-Nossa Bittencourt, você sabe sorrir? -Hoje é um dia especial, por isso não consigo conter o riso, sabe? -Ou ou, hoje ainda não é 31 de Outubro, não é dia das bruxas, então porque a felicidade? -Que gracinha, então esse é um dos meus apelidos? -Si...