Capítulo 2
Dante Molinari aparentemente era um homem de bem, bom caráter, bom papo, amoroso, o sonho de qualquer mulher. Engano de quem não o conhecia, o homem conseguia ser pior que todos os vilões que a Marvel produzia. Ele não tinha pena, para ele o dinheiro era a base de tudo, e foi com esse pensamento, que ele ordenou que a amante matasse a delegada que estava investigando a sua fonte de dinheiro. Sua ex parceira de cama, Lívia Marine, foi uma das pessoas que a delegadazinha colocou atrás das grades, sabia que se continuasse investigando, ela descobriria tudo.
- Feito. - Escutou Catiri, a amante dizer do outro lado da linha. - A delegada virou maionese.
- Tem certeza? Eu não quero mais incompetência da sua parte, Catiri. Já basta os milhões que você me fez perder. Vá até o carro e certifique-se de que ela realmente está morta.
- Eu tenho certeza de que está. O barranco é muito alto e o carro está destruído.
- Não discuta comigo, docinho. Eu posso te trancar com as garotas novamente, e dessa vez ninguém intervirá quando elas te atacaram.
Com medo de que ele realmente cumprisse aquilo, a bandida desce se arrastando por todo aquele lugar, xingando a todos pela roupa de grife sendo estragada por causa de uma imbecil.
- Como é possível? - Após verificar o pulso, a mulher se espanta ao descobrir que a outra estava viva. - Uma viva e outra morta, Dan vai me matar, droga.
- Dante, eu não sei como mas a desgraçada ainda ta viva, o carro está destruído e a mulher parece que está dormindo.
- Qual o estado atual da vadia?
- Alguns machucados superficiais pelo corpo, a barriga está começando a arroxear o que significa que possivelmente ela está com hemorragia. Provavelmente ela bateu a cabeça na janela do carro pelos vidros manchados. Afinal, o que vamos fazer com ela? O lugar é deserto, muitas poucas pessoas passam por essa rodovia. Eu posso mata-la, e depois explodir o carro.
- Melhor. Em 20 minutos, Benjamin estará aí com a nossa equipe, o futuro dela será bem pior do que a morte. Pode apostar.
- O que você pretende fazer?
- Por enquanto ela ficará na clínica, John cuidará dela até ficar estável. Logo após, vamos usa-lá como cobaia para os nossos equipamentos de tortura. Eu também vou pedir para Jeremias aplicar uma grande dose do nosso remédio especial, não queremos correr nenhum risco.
- Mas e o corpo? O pessoal da Interpol vai desconfiar, vai gerar uma confusão enorme. A polícia do Brasil irá nos caçar até o inferno.
- Simples. O que irão achar é o corpo de uma mulher com todas as características da Heloísa, carbonizado claro. Logo, vou contatar a Lucas para forjar o exame de DNA e todos os outros que surgirem. Não se preocupe, eu sou inteligente o suficiente para não deixar pistas.
Alguns dias depois
- Barros? ta tudo bem? - Jô e Ricardo observam o investigador que estava pálido.
- Os exames que solicitamos para confirmar se realmente era o corpo da doutora chegou.
- E aí? Deu tudo negativo não é? Olha, eu tenho certeza que a doutora se perdeu, se continuarmos procurando... - Para ao observá-lo. - Ela ta viva, não ta?
- Os exames deram positivos, Jô. O corpo encontrado é o da Doutora Heloísa. Alguém terá que ligar para o doutor. - Saí da sala antes que os companheiros vejam o quão a ponto de desabar ele estava, ela não era só sua chefe, era sua amiga também.
Casa Sampaio Alencar
- Creusa, tem certeza que a Helô não ligou? Já fazem dias que ela viajou, e nem no tempo de divorciados ela deixou de ligar, muito menos pra você.
- Ligou não, visse. Olhi doutor Stênio, eu tô sentindo uma coisa ruim, sabe? Donelô num ta bem.
- Eu também tô sentindo, Creusa. Mas toda vez que eu vou na PF eles dizem a mesma coisa, " A Doutora Heloísa está em uma viagem sigilosa. Não podemos divulgar informações para ninguém. " - Imita a voz do policial, arrancando um sorrisinho da empregada. - Eu não sei mais o que fazer.
- Tente de novo, homi. Uma hora ela retorna. Também né, Donelô saiu daqui brigada com todo mundo. Talvez ela queira dar um susto na gente.
- Como assim, todo mundo? Quem mais a Helô deixou louco?
- A menina Drika teve aqui uns dias depois de vocês brigarem. Eu nunca vi Donelô do jeito que vi aquele dia, acredita que ela viajou sem dar um abraço na mãe? A bichinha ficou tão triste.
- Por que você não me disse isso, Creusa? Claro, é isso. A Helô quer mesmo dar um susto na gente, a mim por não ter chegado ao aeroporto a tempo, e a Drika por ter ignorado o abraço. Vou tentar ligar de novo. - Com o aparelho em mãos, o advogado se surpreende ao ver que era da PF, geralmente quem ligava era ele.
- Alô?
- Oi, Stênio. Tudo bem?
- Poderia estar, se minha mulher não estivesse sumida e a PF colaborasse me dizendo onde ela está. - Responde frio.
- É sobre isso que eu quero falar. A Helô embarcou para uma investigação, o problema é que ela não chegou. Até chegou mas não onde ela deveria. O policial que estava encarregado de busca-la foi encontrado morto, e algum tempo depois, o carro que supostamente a Helô poderia ter entrado. Enfim, o carro estava todo queimado com um corpo carbonizado, solicitamos exames para comprovar, abafamos a história por um tempo, e... O exame chegou hoje. O resultado deu positivo. Eu sinto muito Stênio, mas a Helô está morta.
- A... Helô? morta... - Aquelas palavras soam como facadas. Sente o corpo fraquejar e a cabeça doer, o celular caí no chão e a única coisa que consegue escutar antes de cair desacordado no chão, é a voz aflita da empregada.
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Eu imaginei a minha vida sem você, e foi insuportável
FanfictionUma viagem a trabalho que prometia ser como outra qualquer, acabou sendo o pior pesadelo de Heloísa.