De Repente... Princesa? [Hiatus]

Capítulo 8 [revisado]

Voltei gente! Terceiro dia de junho... Praticamente o meio do ano já! Bem, queria agradecer os 4.8K, vocês são o máximo! Então, vamos ao que interessa. Bom capítulo!

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Sai para o corredor morrendo de medo. Afinal, o que a família real queria comigo? Justo eu. A pessoa que todos na escola ignoram. Ainda bem que eu pedi para a Mari, a Jade, a Inês e as (chatas) das professoras Karol e Rosamerry me acompanharem. Se fosse apenas eu... Eu não teria coragem de ir. Acho que eu travaria no caminho e... Nossa, não consigo nem sequer imaginar se eu fosse sozinha, só com esses seguranças. Eles são assustadores, mas parece que vão nos acompanhar o tempo inteiro.

Continuamos andando pelo corredor e descemos para o primeiro andar, o tempo inteiro todo mundo em silêncio. Esse silêncio já estava me incomodando, gosto de ouvir vozes, o som das pessoas. O silêncio me dá medo, e eu não sei por que, mas toda vez que algum lugar fica em silêncio, imagino que as pessoas podem ouvir meus pensamentos. É estranho. Eu sou estranha mesmo. Agora, acho que sempre fui estanha, por não ser daqui. A maioria das pessoas daqui são normais, bem... Menos a Mari. E a Jade. E a Inês. Então ninguém é realmente normal. Acho que sim... Exatamente, eu estou falando com o meu subconsciente. Fiquei louca de vez...

No último degrau do primeiro andar a Mari tropeçou e caiu de cara no chão. Aí está a prova de que ela não é muito normal. Ela tem o dom de cair em escadas, parece que são suas inimigas... É muito engraçado. Uma vez, nós, (eu, tia Lauren, Mari, e Inês - já que a Jade estava no Rio de Janeiro), fomos para um shopping em Jundiaí, e não tinha nenhuma escada normal, só escada-rolante. Aí, depois que a gente saiu da livraria, nós tínhamos que descer para ir embora. Mas na hora de descer, a Mari prendeu a sandália na escada-rolante, para tirar ela foi o maior sacrifício. E foi muito engraçado. Por isso a gente chama as escadas de "inimigas da Mari".

- Está tudo bem Mariana? - A professora Rosamerry perguntou com aquela voz irritante. A voz dela agride meus ouvidos, agride os ouvidos de todo mundo.

- Sim professora, foi apenas uma caidinha. - A Mari respondeu, olhando para cima, ainda no chão.

- Queria testar se o chão estava bom, Mari? - A Inês provocou com uma risadinha.

- Não... Só queria beijar ele, sabe? Ele é tão bonito! - A Mari respondeu se levantando e "limpando" a roupa. Nós, as "alunas", começamos a rir. Até que a professora Karol fez um "Shiiiiu" alto o suficiente para chamar a nossa atenção e fazer-nos ficar quietas. Depois disso todas nós olhamos para os seguranças, que nos esperavam pacientemente.

- Vamos descer para a sala de reuniões de baixo da escola e lá encontramos a diretora e a Representante da Família Real. - Um deles falou e continuou a andar. Nós seguimos ele andando pelo corredor.

Ele sabia sobre a sala secreta? Como? Olhei para a Inês procurando uma resposta, mas ela só deu de ombros, continuou andando e perguntou ao segurança:

- Como assim Representante da Família Real?

Eu queria saber a mesma coisa. Eu não estava entendendo mais nada. Eu não estava entendendo por que a Família Real queria falar comigo, nem por que justamente comigo. Isso é realmente estranho. E eu já estava com medo o suficiente.

- Veio apenas uma Representante da Família Real pois a própria Família Real não poderia vir, seria perigoso demais nessa região. - Explicou a outra segurança. - Mas podem ter certeza de que a Família Real já está na cidade.

Eu queria saber o nome deles, já que os seguranças vão nos seguir em todos os lugares.

- Então... Vocês tem permissão de dizer o nome de vocês? - Perguntei praticamente fazendo a minha voz de criancinha. Eu precisava fazer essa voz para convencer eles, vai que eles não podiam dar essa informação. E minha voz de criancinha convencia qualquer pessoa, pelo menos pessoa humana. Nunca convenceu a Mari... Pensando bem, ela não parece humana. Ela é um extraterrestre que veio parar na minha vida apenas para me atazanar. Mentira, ela alegra a sua vida. Sim, ela é minha melhor amiga. Ela me atazana e me alegra. Amizade estranha...