As Crônicas Estelares - A Espada Rebelde

01.Estrelas caídas.

As estrelas são únicas,
Em suas formas e até na maneira como brilham,
Quando uma estrela morre sua luz se apaga,
Ela retorna como magia,
Mas existe uma que só morreu,
Ela era diferente,
Uma estrela ficou com pena,
E resolveu ajudar,
Ela usou sua magia,
E o pó estelar se fundiu com a areia e lava,
A areia se transformou em terra,
E a lava em água,
A estrela benevolente se dividiu em duas,
Uma se torna o sol e a outra a lua,
E uma persegue a outra eternamente,
Em uma brincadeira divertida.

A origem- por Luccius, o poeta das auras.

______

- Cidade caída de Nilbritmon localizada em Baldric aurel. Tarde, aproximadamente quatro horas -

Stella, como ela gosta de ser chamada, é alta, aproximadamente um metro e oitenta e dois, magra. Os cabelos são negros e lisos, um pouco abaixo dos ombros, algumas mechas são pintadas de azul-escuro. Os olhos negros como a escuridão, sempre umbrosos remetendo mais ainda seu olhar ao de um lince, seu rosto é artisticamente bem esculpido, ela se assemelha muito a uma graciosa princesa, porém não tem nada em comum com uma, até despreza tal comparação. O corpo é bem vigoroso, não possui tantas curvas mas é bem definida, já que ela é bem atlética nesse quesito. Veste uma calça de couro bem ajustada toda preta, um casaco azul-escuro quase preto de mangas longas e por cima uma jaqueta de couro marrom escura.

Ela encosta a palma de sua mão direita na carcaça de um animal morto, um cavalo. O cheiro faz seus olhos lacrimejarem e o estômago se remexer, ela se afasta e sobe na quina da ponte, se equilibra e leva a mão esquerda, ah sim, acho que já viram um pouco da história de Stella não é? Sua mão esquerda na verdade é uma prótese. Existem diversas marcas e modelos de próteses no mundo, o que ela utiliza é da marca "Krobex", uma marca considerada boa, o único problema é que é bem pesada a obrigando a usar mais força que o comum e obviamente gastando mais energia.

-Quer dizer que Nilbritmon foi destruída também?

A pergunta é retórica. A visão de Stella é a de uma cidade devastada, casas, torres de guarita, muralhas, ruas, capelas, prédios, tudo em aos escombros. O tempo está nublado aderindo mais ainda aquele clima apocalíptico de Nilbritmon.

-Foi o que li nos cartazes. -Este é Sirill.

Seu nome completo é Varish Sirill Von Antebrá; Vou explicar um pouco sobre o mesmo. Ele não é humano como Stella, neste mundo existem várias raças, gigantes, anões, pessoas que pegam fogo (sim). Ele é um Rvulus, são seres que medem no máximo um metro e meio, magrinhos e franzinos, a pele é de um azul fosco com tons de azul-marinho. Estes pequenos indivíduos são vistos como aberrações aos olhos dos "outros', até mesmo por raças mais extravagantes, são tratados como medíocres, sem uso algum para os ofícios atuais deste glorioso mundo. Rvulus ou "escravos", para os demais ignorantes. A sociedade atual usam-vos como entregadores, faxineiros, carpinteiros, cozinheiros (os mais confiantes que acham que eles nunca vão cuspir em seus alimentos) ou todos os trabalhos mais braçais e que os façam sofrer em troca de comida ou de ter o direito de continuarem vivos em dia. Ela não aceita nada destes conceitos agregados aos Rvulus, caso aceitasse não teria um como fiel "escudeiro", Sirill foi adotado por Stella quando a mesma o salvou de um armazém onde ele era chicoteado e constantemente maltratado por seus supostos "donos", gordões e como comentado lá encima, filhos da puta. Espere, eu não comentei isso, não é? Sem problemas, são filhos da puta mesmo.

Ele mede um metro e quarenta, a pele é azulada, tem um nariz bem grande e torto, isso por causa de uma pancada que recebeu quando era escravo. Orelhas grandes e caídas, sempre sujas (nojento), dentes tortos e olhos miúdos, castanhos. Vestido com seu tradicional casaco de couro marrom, luvas pretas de algodão e uma calça toda rasgada, botas pesadas pretas foscas e uma mochila grande nas costas com todas provisões e equipamentos que carrega.