Desconhecidos

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~Eduarda. Narrando~

Vejo um homem caminhando lentamente em direção a porta, lágrimas escorrem incessantemente pelo o seu rosto.

Sinto um forte aperto no peito, seguido por uma sensação de que posso confiar nele.

-Espera_ grito com minha voz fraca. Ele vira para mim com uma expressão de dor. Oh! Será que ele está bem ?

-Sim_ diz ele com a voz extremamente baixa.

-Onde estou?_ pergunto depois que percebo que estou em uma lugar totalmente diferente do que me lembro, afinal nem sei do que me lembro!

-Você não lembra mesmo?_ pergunta ele abismado, eu apenas nego com a cabeça e ele põe a mão no rosto em desespero -Não vou conseguir te explicar isso_ diz ele e sai do quarto a passos rápidos, me deixando sozinha com a minha mente vazia.

Depois de uns dois minutos entra quatro meninas, super alegres, pulando de um lado para o outro, todas vem em minha direção e pulam em cima de mim, me dando abraços apertados, depois todas sentam na beira da maca e me falam coisas do tipo: "você está bem?" "Sentimos tanto a sua falta" "ficamos realmente preocupadas, achamos que vc não ia resistir"

Todas são muito simpáticas e passam uma boa enérgia, mas eu estou ficando preocupada, não sei onde estou e nem sei quem são essa pessoas!

-Duda?_ chama uma garota branquinha, de longos cabelos castanhos.

-Me desculpem, mas não conheço nenhum de vocês_ digo receiosa e com medo da reação delas.

-Duda! Para de brincar, não tem graça_ diz uma morena de longos cabelos lisos, me repreendendo.

-Mas eu não estou brincando!_ digo e elas se assustam com a minha expressão totalmente séria.

-Vai dizer que não lembra os nossos nomes?_ pergunta uma menina pequena.

-Me descupem_ digo e assim como o do cara os rostos delas se consomem em desespero e lágrimas.-Meninas, eu não conheço vocês, mas vocês me parecem ser pessoas de bem, então, onde eu posso encontrar meus pais?_ pergunto preocupada com eles.

-Eles moram em outra cidade_ diz uma de cabelo cacheado.

-E como eu vim parar aqui?_ pergunto mais preocupada ainda.

-A gente vai te contar a história toda, mas primeiro toma um banho, troca de roupa e janta_ diz a branquinha de cabelos lisos.

Elas me explicam onde é o banheiro e eu caminho até o mesmo, entro, tiro a roupa de hospital e tomo uma ducha quente, lavo os meus cabelos que estão completamente embalados.

Quando termino, me enrolo em um roupão e caminho para a frente do espelho, vejo o meu corpo muito magro, minha pele pálida, meus cabelos parecem um ninho de passarinho, meus lábios brancos e rachados e meus olhos sem vida.

Acordo do meu trase com batidas na porta, então abro a porta do banheiro, e vejo as meninas, elas entram quase me atropelando, puxam, um banquinho debaixo da pia, e me põem sentada, elas penteam meus cabelos, passam batom de mantega de cacau nos meus lábios e me mostram produtos hidratantes.

Durante todo aquele trabalho delas descobri que o nome da branquinha de cabelo liso se chama Maria Júlia, mas todas a chamam de Ju. A morena de cabelo liso se chama Manuella, mas todos a chamam de Manu. A baixinha de cabelo liso é a Gabrielly mas todos a chamam de Bibi. E a branquinha de cabelos cacheados é a Amanda, mas todos a chamam de Mada, descobri até que fui eu que lhe dei esse apelido.

Depois que elas terminara vi, meu cabelos extremamente cacheados, mais vivos, e isso me deu uma pequena pontada de felicidade.

Depois vou para um grande closet, onde vejo varia pessas de roupas e calçados, modéstia parte, mas o eu com memória tem bom gosto. Sim, as meninas me explicaram que esse quarto é meu, mas também nada a mais que isso.

Visto um shot folgado, com uma regata básica e chinelos. Saio do quarto e vejo um grande corredor, vejo vários quartos e vou naquela direção, no meio do corredor vejo uma escada e a desço.

Vejo as meninas que já conheço e uns meninos lindos, que nunca vi na vida, todos me olham espantados e outros até com pena. Vejo em baixo da escada o menino que estava no meu quarto, com uma garrafa de vidro.

Jú me puxa para a cozinha luxuosa da casa e eu me sento em um banquinho do balcão ilha.

-Apresento agora a especialidade da casa_ diz Jú mostrando orgulhosamente uma pizza que acabou de sair do forno.

Depois de comer três fatias, lanço um olhar significativo para Jú, para que ela comece a contar a história.

-Tu ainda come que nem um cavalo_ ela diz e eu começo a rir -Mas por onde eu começo?_ pergunta a si mesma pensativa.

-Do começo_ diz o menino que estava comigo no quarto quando acordei.

Uma nova vida 2Onde histórias criam vida. Descubra agora