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— Na próxima vez que seu irmão vier, vou perguntar aonde ele comprou aquele terno — Lucas brincou.

— Povavememte — engoli um dos doces que estava na boca — Você não conseguiria, é muito caro.

— Tá bom riquinha do pedaço!-ele brincou — Não vai nem me oferecer um? — ele disse tentando pegar um.

— Ei! Você pode sair e comprar, eu não saio desse lugar pra essas coisas! — eu disse colocando um deles na boca.

Ele fechou a cara e encostou na grade da sela. E me deu língua e eu ri, parecia uma criança.

— Olá Senhora Constance. — eu falei vendo a senhora atrás de Lucas e colocando os doces rapidamente embaixo do travesseiro — Lucas essa é nossa querida médica/psicóloga.

Constance esse é Lucas meu guardinha.

Ele olhou feio pra mim, e sibilou com a boca guardinha?

— Você falando com um guarda? Bem estamos progredindo Clari! — a mulher falou sorrindo.

Antes de Lucas ela foi a única que tentou me conhecer, e me ajudar. Ela era a psicóloga  do pedaço, ela foi uma das únicas a saber que eu não sou tão durona quando tento aparentar.

— Clari? — Lucas disse rindo do apelido que a Dona Constance me dá

— Haha engraçadinho você — eu disse irônica

Constance bateu com a bolsa no ombro dele, aquelas bolsas de Senhora, que deve ter umas 400 toneladas

— Algum problema cavaleiro? — ela perguntou seria e ele segurou o riso.

— Não senhora,desculpe.

— Pode nos dar licença Senhor? — ela deu um sorriso — esqueci que é novo, as consultas são particulares.

— Ah sim desculpe — ele falou e saiu.

Ela o observou até ele sair pelo corredor.

— Que partidão é esse que colocaram de guarda em! Até pra mim que sou coroa aquilo não é um homem, é um Deus.

— Meu Deus Constance! — eu ri do comentário Dela

— O que ? Não é porque que sou velha que não posso observar. É só uma idade — ela falou e colocou a maleta sobre a mesa — Como está sua saúde?

— Estou ótima. E não estou incomodada com sua idade, estou por causa do seu comentário sem noção! E se ele ouvir?

— Deixa disso, se ele ouvir e dai? Se ele ouviu, não disse nada que não é verdade.E o coração? — ela olhou pra mim com aquela carinha.

— Meu Deus! Lucas? Não não, ele é bonito, charmoso, engraçado, simpático... — ela me olhou sorrindo-mas não faz meu tipo. — eu completei seria.

— Sei — ela colocou o aparelho nas minhas costas — Respire fundo. Expire...Mas então você e o Lucas tem algo? Sente algo por ele? Algo estranho?

— O que?? Claro que não? — falei nervosa — Ele e meu guarda, isso não é assim que funciona

— Então porque quando eu pergunto seu coração quase me ensurdece? — ela falou com a sobrancelhas levantadas.

— Porque, Porque são perguntas constrangedoras ora! — falei

— Aham...Tussa.

— COF! Me diz sinceramente, esse traje laranja me deixa feia?

— Sempre que venho aqui você me pergunta! Não Clari, não te deixa feia!-ela respondeu — Porque acha que o Lucas te acha feia?

— Vai mesmo me encher com isso pelo resto da minha horrível vida? — falei

— Logo vou me aposentar Clari,tenho que te irritar o quanto eu posso.

— Iria sentir saudades, você é como uma mãe, você e Lucas são os únicos que sabem a verdade, de porque estou aqui, pelo menos os únicos que acreditaram...

— Eu trato todos desse hospício maluco! A maioria tem o desejos de matar pessoas, se matar, matar os inimigos, torturar pessoas, mas você não, então percebo que você é diferente, você não é culpada.

— Obrigada Constance-eu sorri e ela colocou a mão no meu ombro — Queria que você tivesse sido a juíza naquele dia. É bom ouvir alguém falar isso.

— Você confia nele? — eu a olhei confusa-Confia no Lucas?

— Eu confiaria minha própria vida a ele. — eu afirmei — Ele é confiável, companheiro e leal. Ele é uma boa pessoa

O Policial e a Prisioneira {MINI} (COMPLETA) Onde histórias criam vida. Descubra agora